Fundação Nacional de Artes - Funarte | |
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fundação | |
Fundação | 16 de dezembro de 1975 |
Presidente | Tamoio Athayde Marcondes |
Website oficial | www.funarte.gov.br |
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) é uma fundação do governo brasileiro, ligada ao Ministério da Cidadania. Atua em todo o território nacional e é o órgão responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, à dança, ao teatro e ao circo.[1]
Objetiva incentivar a capacitação de artistas, técnicos e produtores; a produção, prática, desenvolvimento e difusão das artes; o desenvolvimento da pesquisa; a preservação da memória e a formação de público para as artes no Brasil.
Nesse intuito, a Funarte concede bolsas e prêmios, mantém programas de circulação de artistas e bens culturais, promove oficinas, publica livros, recupera e disponibiliza acervos, provê consultoria técnica e apoia eventos culturais em todos os estados brasileiros e no exterior.
Além disso, mantém espaços culturais no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, e disponibiliza parte de seu acervo gratuitamente na internet.
Histórico
A primeira Funarte
Foi criada em 1975, ainda durante a Ditadura Militar, pelo ministro Ney Braga[2][3] para promover, estimular, desenvolver atividades culturais em todo o Brasil. No início, atuava na música (popular e erudita) e artes plásticas e artes visuais. Na época, trabalhava junto com o Instituto Nacional de Folclore (INF), Fundação Nacional de Artes Cênicas (Fundacen) e a Fundação do Cinema Brasileiro (FCB), todas ligadas ao Ministério da Educação e Cultura, posteriormente nomeado apenas em Ministério da Cultura.[4][5]
Em 1985, a fundação foi presidida pelo cartunista Ziraldo.[6] Sob o comando do cartunista, a Funarte chega a atuar como syndicate (agência de distribuição de tiras de jornal e passatempos).[7]
Dissolução da Funarte original e segunda Funarte
Quando o presidente Fernando Collor de Mello assumiu a presidência em 1990, extinguiu todas as instituições culturais. Em dezembro daquele ano, criou o Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC) – ligado diretamente à Secretaria de Cultura da Presidência da República, secretaria esta que voltou a ser ministério algum tempo depois. O IBAC englobava a Funarte, Fundacen, e FCB. Com o fechamento da Funarte, surge uma nova distribuidora de tiras de jornal, a Pacatatu.[7]
Em 1994 a sigla Funarte substituiu a sigla IBAC.[4][5]
Presidentes
- 1975-1981 - José Cândido de Carvalho
- 1981-1982 - Aloísio Magalhães[8]
- 1983-1984 - Edméa Falcão (Diretora-Executiva)
- 1985 - Ziraldo Alves Pinto[9]
- 1985-1989 - Ewaldo Correia Lima[10]
- 1989-1990 - Edino Krieger[11]
- 1990-1992 extinto
- 1992-1995 - Ferreira Gullar[12]
- 1995-2002 - Márcio Souza
- 2003-2007 - Antonio Grassi
- 2007-2008 - Celso Frateschi[13]
- 2008-2010 - Sérgio Mamberti[14]
- 2011-2013 - Antonio Grassi[15]
- 2013-2015 - Guti Fraga[16]
- 2015-2016 - Francisco Bosco[17][18]
- 2016-2019 - Stepan Nercessian
- 2019 - Miguel Proença[19][20]
- 2019 - Dante Mantovani[21]
- 2021 - Tamoio Marcondes
Estrutura
- Presidência
- Assessoria Especial – AESP
- Programa Nacional de Apoio à Cultura – Pronac
- Centro de Artes Cênicas – Ceacen
- Centro de Artes Visuais – Ceav
- Centro de Música – Cemus
- Centro de Programas Integrados – Cepin
- Assessoria de Comunicação – Ascom
- Auditor Interno
- Procuradoria Jurídica – Projur
- Coordenação-Geral de Planejamento e Administração – CGPA
- Divisão de Informação e Informática – Dinfo
- Divisão de Engenharia
- Coordenação Administrativa – Coad
- Divisão de Serviços Gerais – DSG
- Divisão de Patrimônio – Dipat
- Setor de Compras
- Coordenação de Planejamento e Finanças – Cofin
- Divisão de Planejamento – Diplan
- Coordenação de Recursos Humanos - CRH
Referências
- ↑ «Sobre a Funarte». Funarte. Consultado em 7 de maio de 2020
- ↑ Uma boa ideia batizada Pixinguinha
- ↑ Ney Aminthas de Barros Braga[ligação inativa]
- ↑ 4,0 4,1 Lauretti, Patrícia. «O pêndulo da Funarte». Unicamp. Consultado em 4 de setembro de 2020
- ↑ 5,0 5,1 Guilles, André (2016). «Funarte e a Arte Brasileira Contemporânea: Políticas Culturais Públicas do Inap e Ceav» (PDF) (Tese de Doutorado). Campinas: Instituto de Artes da Unicamp – via Repositório da Unicamp
- ↑ Edmundo Barreiros, Pedro Só (2005). 1985, o ano em que o Brasil recomeçou. [S.l.]: Singular Digital. 9788500018473
- ↑ 7,0 7,1 Gonçalo Junior. (06 de julho de 2001). Maurício de Sousa tenta salvar mercado de tirinhas de quadrinhos. Gazeta Mercantil
- ↑ Aloisio Magalhães Arquivado em 9 de novembro de 2013, no Wayback Machine.. MAMAM
- ↑ Machão, mas sensível. Veja, 10 de abril de 2002
- ↑ ANDRIANI, André Guilles Troysi de Campos. A Atuação da FUNARTE através do INAP no desenvolvimento Cultural da Arte Brasileira Contemporânea nas Décadas de 70 e 80 e Interações Políticas com a ABAPP. Universidade Estadual de Campinas, 2010
- ↑ Edino Krieger[ligação inativa]. Academia Brasileira de Música
- ↑ Ferreira Gullar. Brasil Escola
- ↑ Presidente da Funarte, Celso Frateschi pede demissão. O Globo, 6 de outubro de 2008
- ↑ Sérgio Mamberti é o novo presidente da Funarte. O Globo, 31 de outubro de 2008
- ↑ Ana de Hollanda define primeiro escalão da cultura. Folha de S.Paulo, 21 de janeiro de 2011
- ↑ Guti Fraga aceita convite para assumir a presidência da Funarte. O Globo, 25 de julho de 2013
- ↑ Francisco Bosco é nomeado presidente da Funarte. EBC, 5 de janeiro de 2015
- ↑ Francisco de Castro Mucci é exonerado da presidência da Funarte. DOU, 17 de maio de 2016
- ↑ Pianista Miguel Proença substitui ator Stepan Nercessian na presidência da Funarte. Forum, 15 de fevereiro de 2019
- ↑ «Pianista Miguel Proença é exonerado da presidência da Funarte». EXAME. 4 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2019
- ↑ «Os Beatles foram invenção socialista para fazer garotas abortarem, diz novo presidente da Funarte». Rolling Stone. 2 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2019