Francisco Ferreira de Abreu, primeiro e único barão de Teresópolis (Porto Alegre, 18 de novembro de 1823 — Paris, 14 de abril de 1885) foi um médico, pesquisador e professor brasileiro.
Filho de Guilherme Ferreira de Abreu e Felisberta Luísa de Abreu, formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1845, onde depois foi diretor e aposentou-se como professor.[1] Em 1846 segue para França, onde forma-se doutor pela Universidade de Paris, em 1849, tendo seu nome inscrito no Tableau des savant étrangers da universidade, sendo o primeiro brasileiro a receber tal distinção.[1] Devido à sua contribuição à ciência, o governo francês lhe condecorou com a cruz da Legião de honra.[1]
Foi professor de física e química das filhas do imperador Dom Pedro II e médico do imperador, do qual recebeu o título de barão de Teresópolis em 1874.[1]
Seu irmão, Guilherme, organizou um loteamento rural em Porto Alegre, com colonos italianos, em 1876, no qual, homenageando o irmão, deu o nome de Teresópolis, transformando-se depois em um bairro da cidade.
Pesquisador, representou o Brasil em diversos congressos de medicina e higiene na Europa, tendo se destacado seu trabalho no congresso de Genebra, por ele presidido, em 1883.[1] Estava designado para participar do congresso farmecêutico em Bruxelas, quando faleceu na Europa, sendo enterrado no cemitério de Batignolles.[1] Seus restos mortais foram depois transferidos para o cemitério São Francisco de Paula, no Rio.
Pesquisador, foi o primeiro a generalizar o processo de Douflos e Millon para todos os venenos metálicos.
Referências
- BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario bibliographico brazileiro. Typographia Nacional, Rio de Janeiro, 1893.
- FRANCO, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre., 4a edição, Editora da Universidade (UFRGS), Porto Alegre, 2006.