O Forte de São Gonçalo localizava-se na margem direita do rio Piratini, próximo à foz deste no sangradouro da Lagoa Mirim, hoje canal São Gonçalo, na região sul do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
História
Fortificação de campanha erguida em 1755, com a função de depósito dos víveres da comissão demarcadora da Coroa portuguesa, cujos trabalhos foram ameaçados pelas hostilidades dos Guaranis-missioneiros no contexto da Guerra Guaranítica (1754-1756) (SOUZA, 1885:132). Este primeiro forte foi abandonado em 1762.
Durante a Revolução Farroupilha (1835-1845), o mesmo local foi ocupado pelos farrapos, para controlar o acesso a Porto Alegre, ocupada de 20 de Setembro de 1835 a 15 de Julho de 1836 pela Lagoa Mirim e a Lagoa dos Patos.
SOARES (1978) reporta que esta posição sofreu bombardeio pelas forças legalistas representadas pela barca a vapor "Liberal", comandada pelo Segundo-Tenente Joaquim Raimundo de Lamare, as canhoneiras "Oceano" e "São Pedro Duarte", tendo o fogo das baterias farroupilhas afundando esta última (1836).
Acredita-se que esta posição tenha sido retomada pelas forças legalistas sob o comando do Capitão de Mar-e-Guerra John Pascoe Grenfell, quando da reconquista de Porto Alegre em Agosto de 1836, tendo sido arrasada na ocasião.
Bibliografia
- BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
- GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
- SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
Ver também
Ligações externas
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