Ford Kuga | |||||
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Visão geral | |||||
Produção | 2007 - presente | ||||
Fabricante | Ford | ||||
Modelo | |||||
Classe | SUV | ||||
Carroceria | Station Wagon | ||||
Ficha técnica | |||||
Motor | 2.0 TDCi 140cv 4x2 2.0 TDCi 163cv 4x4 2.5 T (Motor do Ford Focus ST) | ||||
Transmissão | 6 vel. manual | ||||
Modelos relacionados | Citroën C-Crosser Peugeot 4007 Suzuki SX4 Volkswagen Tiguan | ||||
Dimensões | |||||
Comprimento | 4443mm | ||||
Entre-eixos | 2290mm | ||||
Largura | 2128mm | ||||
Altura | 11.5mm | ||||
Peso | 1573kg ou 1613kg | ||||
Tanque | 56 litros | ||||
Consumo | 6.4l/100 | ||||
Cronologia | |||||
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O Ford Kuga é um utilitário esportivo da Ford europeia. O carro é baseado na plataforma C1 da Ford pelas qual também gira o C-MAX e o Focus. Este carro vai ter tracção à frente e opcionalmente tracção integral (4x4). Os motores serão semelhantes aos diesel e aos a gasolina do Focus e do C-MAX.
O carro está a ser construído na Alemanha e estará à venda no princípio de 2008. Na América do Norte o carro chamar-se-à Escape.
Concebido a partir da plataforma dos Focus e C-Max, o Kuga é o primeiro SUV da Ford na Europa. A proliferação deste tipo de proposta, encarada mais como uma moda do que como uma necessidade, levou a marca norte-americana a incluir na sua oferta um modelo que aposta no estilo e na polivalência de utilização. Pretende atribuir uma visão diferente aos conceitos da vida quotidiana e confere à Ford uma configuração nunca antes vista.
Produzido exclusivamente na fábrica de Saarlouis, Alemanha, juntamente com toda a gama Focus e C-Max, o Kuga foi apresentado em Portugal no Salão de Lisboa. Contudo, a sua comercialização terá início a 21 de maio, dia em que termina a mais importante competição europeia de clubes de futebol: a Liga dos Campeões (da qual a Ford é um dos principais patrocinadores).
Disponível em versões FWD e AWD, níveis de equipamento Trend e Titanium e motor 2.0 TDCi de 136 cv, o Kuga tem uma previsão de vendas em Portugal de cerca de 300 unidades até final deste ano, o que, a confirmar-se, corresponderá a 10% do segmento SUV no nosso país. A versão que se prevê ser a mais vendida será a 2.0 TDCi Titanium AWD.
Estilo, muito estilo direccionado para uma condução essencialmente estradista, o novo crossover da Ford tem estilo. Muito estilo. É o mais recente exemplo do kinetic design que muitos adeptos tem conquistado e que muita tinta tem feito correr. As formas gerais do Kuga já tinham sido reveladas quando a Ford apresentou, no Salão de Paris de 2006, o concept Iosis X. O coeficiente de penetração aerodinâmica (0,37) não é brilhante, mas o apelo visual, esse, é grande.
A imponente grelha, o pára-choques dianteiro dominado por uma enorme entrada de ar e faróis de nevoeiro redondos, os volumosos grupos ópticos, as jantes de 17”, os vidros escurecidos, os “piscas” nos retrovisores, as barras no tejadilho, as cavas das rodas pronunciadas, a elevada linha de cintura, as nervuras existentes ao longo da carroçaria e a dupla saída de escape são os elementos estilísticos que tornam deveras atraente este SUV.
Quem conhece os actuais modelos da Ford não estranha o interior do Kuga. Isto porque o design é muito semelhante ao dos restantes produtos da marca norte-americana. O volante, de quatro braços, é revestido a pele e dispõe de inserções cromadas. O painel de instrumentos conta com iluminação vermelha, fundo escuro e agulhas estilizadas. A consola central é dominada pela cor titânio.
Novidade absoluta, mas apenas para o nível Trend, é a possibilidade de se optar pela decoração azul ou cor-de-laranja: bancos, portas e prolongamento da consola central. O mais completo nível Titanium pauta-se pela maior discrição, dispondo de inserções em cinzento claro e cinzento titânio.
O Ford Kuga pretende, acima de tudo, conferir uma visão diferente aos normais conceitos de uma vida quotidiana.
Com uma distância entre eixos de 2690 mm, a habitabilidade do Kuga é francamente boa. Tal como a mala, cujo portão de acesso dispõe de abertura bipartida: 410 litros com o banco traseiro na posição normal; 1405 litros com ele rebatido. Convém referir que, de série, o Kuga vem equipado com um kit de reparação de pequenos furos, característica que permite ganhar 50 litros na zona onde, em opção, pode ser colocado o pneu de emergência. O conteúdo tecnológico está, também, em alta. Tudo depende, novamente, dos níveis de equipamento e opções: pneus Runflat; tecto panorâmico em vidro; sensores de estacionamento à frente e atrás; sensores de pressão dos pneus; sistema de navegação; sensores de luz e de chuva; câmara de estacionamento traseira (disponível mais tarde); ligação para leitores MP3; tomada de 230 Volt atrás.
Acoplamento Haldex dos Focus e C-Max, o Kuga herdou, também, a plataforma. Contudo, a suspensão apresenta diferenças. Os esquemas mantiveram-se, mas foram introduzidos reforços, de modo a fazer face ao aumento do peso, ao incremento do centro de gravidade e, claro, à filosofia do produto.
O Kuga exibe, por isso, um rolamento em curva superior ao de qualquer outro Ford à venda na Europa, como pudemos comprovar no primeiro contacto dinâmico efectuado no Sul de Espanha. Contudo, conjuga boa eficácia com um nível de conforto razoável. Os pneus, de medida 235/55R17, asseguram elevadas estabilidade e aderência.
A direcção, de assistência electrohidráulica (11,6 metros de diâmetro de viragem), é agradável q.b. Os travões (discos ventilados, de 300 mm, na frente; discos maciços, de 302 mm, atrás) são convincentes. O comando da caixa manual de seis velocidades é preciso. No entanto, quer este, quer, sobretudo, o pedal da embraiagem exigem algum esforço.
Embora esteja direccionado, tal como a maioria dos SUV, para uma condução essencialmente em estrada, o Kuga não teme as incursões por caminhos fora dela. Convém ter presente, como sempre, as naturais limitações deste modelo. Desde que os desníveis de terreno não sejam muito acentuados, e o piso não seja muito exigente, este novo Ford passa o teste com nota positiva. Com uma altura ao solo de 188 mm (com o veículo vazio), o Kuga anuncia ângulos de ataque, saída e ventral de 21°, 25° e 22°, respectivamente. Para além disso, afirma estar apto a atravessar cursos de água de 450 mm, embora, neste caso, seja indispensável adoptar uma protecção específica contra a lama e a sujidade.
Face à versão FWD, a versão AWD é 40 kg mais pesada (1613 contra 1573 kg). Tal deve-se à presença do componente essencial que aumenta a segurança e torna a condução fora de estrada mais eficaz: o acoplamento Haldex localizado perto do eixo traseiro. Em condições normais, o Kuga AWD tem apenas tracção dianteira. Em função das condições de aderência e do estilo de condução, o sistema electrónico envia binário para o eixo traseiro, numa relação que nunca ultrapassa os 50%. Tal como em muitos SUV, no Kuga não existe qualquer botão no interior para seleccionar a tracção.