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Força de gradiente de pressão

Carta meteorológica de 11 de março de 2008, mostrando as curvas de nível (isóbaras) sobre a Europa Ocidental e o nordeste do Oceano Atlântico, da Agência Estatal Espanhola de Meteorologia. O mapa contém uma seta (vetor) que indica a direção da força de gradiente de pressão. A pressão atmosférica de cada isóbara está expressa em hP.

A força de gradiente de pressão é a principal causa dos ventos. Surge como resultado da diferença de pressão atmosférica de uma região para outra: o ar em regiões onde a pressão é mais alta flue para regiões onde a pressão é mais baixa. A intensidade desta força será maior quanto maior for a diferença de pressão atmosférica e menor a distância entre duas regiões.[1]

Uma parcela de ar situada em uma região de onde existe força de gradiente de pressão será acelerada e ganhará velocidade a medida em que se aproxima da região de baixa pressão atmosférica, resultando em vento. A intensidade do vento é proporcional à diferença de pressão atmosférica entre uma região e outra, e inversamente proporcional à distância que separa estas regiões. Se a parcela de ar encontra-se em uma região onde a força de gradiente de pressão é intensa, será fortemente acelerada e terá grandes velocidades ao se aproximar da região de baixa pressão atmosférica. Por outro lado, se a parcela de ar estiver situada onde a força de gradiente de pressão não for tão intensa, mas estiver atuando por longas distâncias, o vento também terá uma velocidade alta quando se aproximar da região de baixa pressão.

Em meteorologia, é uma das variáveis de maior importância, não sendo possível a elaboração de uma previsão do tempo desconhecendo a intensidade e o local de ação e o comportamento em um futuro imediato da força de gradiente de pressão. Várias entidades meteorológicas, como ciclones, sistemas frontais, entre outros, estão intimamente ligados à força de gradiente de pressão.

A intensidade da força de gradiente de pressão é dada por:

[2]

Onde é a força de gradiente de pressão, é o volume da parcela de ar em estudo e é o vetor gradiente de pressão, que é igual a , sendo que são as derivadas parciais ou as taxas de variação da pressão atmosférica ao longo dos eixos cartesianos x, y e z, e os versores canônicos do sistema cartesiano de coordenadas.[2]

Em meteorologia, a aceleração de gradiente de pressão tem mais significado do que a própria força de gradiente de pressão, pois utiliza a densidade do ar, bastante conhecida, em vez do volume da parcela de ar em questão, que pode ser arbitrário. A aceleração de gradiente de pressão pode ser obtida a partir da segunda lei de Newton (), e é dada por:

[2]

onde é a aceleração de gradiente de pressão e é a densidade do ar.

O vetor gradiente de pressão naturalmente aponta para onde a taxa de variação é a maior. Sendo assim, o vento flui na mesma direção do vetor, que é perpendicular às curvas de nível (isóbaras) da pressão atmosférica. Entretanto, outras forças desviam o fluxo de ar da direção do vetor de gradiente de pressão, como as forças inerciais de Coriolis e centrífuga. A força de Coriolis é o pelo movimento rotacional de ciclones e anticiclones, por exemplo.[1]

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 «Dinâmica planetária de tempo e clima». Departamento de Astronomia, Universidade de São Paulo. Consultado em 14 de maio de 2011 
  2. 2,0 2,1 2,2 Grimm, Alice Marlene. «Força de gradiente de pressão». Departamento de Física, Universidade Federal do Paraná. Consultado em 14 de maio de 2011 
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