Este artigo não cita fontes confiáveis. (Maio de 2012) |
Fogo Morto | |||||
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Autor(es) | José Lins do Rego | ||||
Idioma | Português | ||||
País | Brasil | ||||
Gênero | Romance, ficção brasileira | ||||
Localização espacial | Município de Pilar | ||||
Arte de capa | Santa Rosa | ||||
Editora | J. Olympio | ||||
Lançamento | 1943 | ||||
Páginas | 386 (69ª edição) | ||||
Cronologia | |||||
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Fogo Morto é a obra-prima do escritor José Lins do Rego, livro que mostra com linguagem forte e poética a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar. É inserido pela crítica literária como parte da 2ª fase do modernismo brasileiro.
Publicado em 1943, é a última obra do mais expressivo dos ciclos de José Lins do Rego: o da cana-de-açúcar. Apesar de marcar o término da série, com a decadência dos senhores de engenho, o romance também assinala seu auge, seu momento de superação, constituindo uma obra-prima da literatura regionalista, de caráter neo-realista.
Fogo morto é a denominação dada a um engenho que já não mói mais.
Enredo
O romance, narrado em terceira pessoa, é dividido em três partes. Cada uma conta com seu próprio protagonista, como se fossem três histórias distintas e sucessivas. Os três protagonistas, conforme atesta Bosi, "são expressões maduras dos conflitos humanos de um Nordeste decadente".
Os personagens principais se inter-relacionam durante toda a narrativa. Estes são:
- Mestre José Amaro
- Coronel Lula de Holanda
- Capitão Vitorino
Cada uma das personagens principais representa, na verdade, uma classe social da população nordestina. As três personagens centrais estão envolvidas no cenário de miséria, doenças, e por uma politicagem e prepotência policial que defendem as minorias fortes e, como saída, o cangaço. A Narrativa está quase inteiramente ambientada no Engenho Santa Fé.
Primeira parte
Na primeira parte, o mestre José Amaro, seleiro orgulhoso e conservador, espalha rancor à sua volta. Temido pelo povo da várzea, por sua aparência horrível e pela raiva acumulada, ele surra a filha histérica com o intuito de curá-la, e também maltrata a esposa.
Segunda parte
Na segunda parte do romance, o coronel Lula de Holanda, também orgulhoso, não consegue fazer prosperar o engenho que recebera de herança. Autoritário, não permite que nenhum homem se aproxime da filha, que permanece melancólica e solteirona. Depois de sofrer um ataque de epilepsia na igreja, torna-se devoto. Gasta todo o dinheiro que lhe restou. Por fim, leva o engenho a fogo morto (propriedade que não produz mais).
Terceira parte
Na terceira parte, o capitão Vitorino, primo do rico senhor de engenho José Paulino, demonstra sua personalidade ao entrar em conflito, em duas ocasiões distintas, com o capitão Antonio Silvino e com o tenente Maurício, que se polarizavam como a ilegalidade e a legalidade no nordeste do início do século XX. Ele recebe o filho que o convida para mudar para o Rio de Janeiro, mas prefere o ambiente decadente da Paraíba, onde possui interesses políticos.