Flexibilidade pode ser definida como a capacidade de a estrutura muscular esquelética se estender, sem danos, ferimentos ou lesões e com ampla movimentação numa articulação ou grupos de articulações como a capacidade de uma articulação mover-se com facilidade em sua amplitude de movimento. Embora exista vasta literatura científica sobre o assunto, ainda não há consenso quanto a definição precisa da flexibilidade e outras definições podem ser encontradas.
A flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações e nos movimentos corporais, sendo comum, em um dado indivíduo, que sua amplitude máxima seja boa para determinados movimentos e limitada para outros.
Tipos de flexibilidade
Flexibilidade ativa
Flexibilidade ativa é a maior amplitude de movimento alcançada usando apenas a contração dos músculos agonistas e sinergistas, enquanto os antagonistas são alongados. O desenvolvimento deste tipo de flexibilidade pode ser mais difícil pois requer a flexibilidade passiva para assumir a posição inicial e da contração dos músculos agonistas para mantê-la. Algumas atividades que necessitam o desenvolvimento deste tipo de flexibilidade são: Ginástica rítmica, Ginástica olímpica, ballet, Artes marciais, entre outras.[carece de fontes]
Flexibilidade passiva
Flexibilidade passiva é a maior amplitude de movimento que se pode assumir utilizando forças externas, por exemplo: peso do corpo, a ajuda de um parceiro, o uso de aparelhos, entre outros. sobre flexibilidade. A flexibilidade passiva é sempre maior que a flexibilidade ativa,[1] e a diferença entre as duas é chamada de "reserva de movimentos".
Manutenção e aprimoramento
Alongamentos são exercícios destinados a manutenção e aprimoramento da flexibilidade. Existem vários métodos de exercícios alongamento, entre eles podemos citar: [carece de fontes]
- Alongamento ativo (estático e dinâmico);
- Alongamento passivo (estático e dinâmico); e
- Alongamento com a combinação dos dois métodos acima.
Fatores que afetam a flexibilidade
Vários fatores como idade, sexo, estrutura articular, ligamentos, tendões, músculos, pele, lesões, tecido adiposo, temperatura corporal e temperatura ambiente podem influenciar a flexibilidade e, consequentemente, a amplitude dos movimentos.[carece de fontes]
- Tecido conjuntivo
Quando o músculo alonga, o tecido conjuntivo adjacente fica mais tenso. Além disso, o tipo de tecido desempenha um papel importante na rigidez de uma articulação. Tendões, ligamentos, cápsulas articulares podem ter uma melhora muito limitada na capacidade de alongamento.[2]
- Estrutura articular
A flexibilidade por ser afetada pela forma e a direção dos ossos que, por motivos genéticos, são anatomicamente diferentes de indivíduo para indivíduo. Uma melhora da capacidade articular pode ser induzida, de maneira limitada, pelo treinamento intenso.[2]
- Massa muscular
Quando muito desenvolvida (como em um fisiculturista), a massa muscular por ser um fator de limitação mecânica. No entanto, isto não afeta a capacidade de alongamento do músculo.[2] A força e a flexibilidade são compatíveis e não eliminam um ao outro.[3]
- Idade
Na transição entre a infância e a adolescência a flexibilidade apresenta o seu valor máximo. Por isto, em esportes como Ginástica olímpica, que dependem de uma flexibilidade ótima, os atletas já alcançam o alto nível nesta idade. A musculatura apresenta alterações em função do avançar da idade, como a perda de água e elasticidade dos tecidos, refletindo na perda de capacidade de alongamento muscular. O treinamento regular não é capaz de evitar esta perda fisiológica, mas pode retardá-la até certo ponto.
- Sexo
O sexo feminino apresenta maior capacidade de alongamento e elasticidade da musculatura, ligamentos e tendões. Isto pode ser explicado por diferenças na composição corporal, retenção de líquidos e nas diferenças hormonais.[carece de fontes]
- Temperatura
A temperatura ambiente, a temperatura corporal geral e a temperatura muscular específica influem na flexibilidade. A flexibilidade muscular pode aumentar cerca de 20% sob boas condições de aquecimento. Por este motivo, os exercícios de alongamento devem ser realizados após um bom aquecimento, como corrida leve ou exercícios calistênicos.[3]
Benefícios
Embora o aprimoramento e manutenção de uma boa amplitude de movimento ajuda a melhorar a qualidade de vida e auxilia no desempenho esportivo, a flexibilidade é um componente frequentemente negligenciado em um programa de condicionamento físico. Entre alguns benefícios, podemos citar:
- Profilaxia de lesões;
- Profilaxia postural, profilaxia de desequilíbrio muscular;
- Otimização das capacidades motoras condicionantes e coordenativas;
Testes de flexibilidade
Diversos testes foram propostos para a avaliação deste componente da aptidão física, dentre os quais podemos citar: [carece de fontes]
- Teste de Leighton
- Goniometria
- Teste de Beighton-Hóran
- Teste de "Sentar e Alcançar"[4]
Um dos métodos mais aplicados em avaliação da aptidão física em flexibilidade é o teste de "sentar e alcançar".
Ver também
Referências
- ↑ WEINECK, Jurgen. Treinamento Ideal. São Paulo: Manole, 2003.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. Barueri, SP: Manole, 2005.
- ↑ 3,0 3,1 BOMPA, Tudor O. Periodização: Teoria e Metodologia do Treinamento. Phorte Editora. São Paulo, 2002.
- ↑ WELLS K.F., DILLON E.K. The sit and reach - a test of back and leg flexibility. Res Quart; 23:115-8,1952.
Bibliografia
- ACHOUR JUNIOR, Abdallah. Alongamento e flexibilidade: definições e contraposições Revista Brasileira de atividade Física & saúde, v. 12,n.1,2007.
- ARAÚJO, Claudio Gil Soares de. Flexiteste - Um Método Completo para Avaliar a Flexibilidade. São Paulo: Manole, 2004.
- WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. Barueri, SP: Manole, 2005.