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Filipa de Vilhena

Filipa de Vilhena

Filipa de Vilhena (morta em Lisboa, 1 de abril de 1651), primeira e única Marquesa de Atouguia, foi uma nobre portuguesa que se tornou símbolo do patriotismo de seu país durante a Restauração da Independência. Sua história foi adaptada por Almeida Garrett em uma peça homónima, o que contribuiu para sua idealização.

Biografia

Filipa de Vilhena era filha e herdeira de D. Jerónimo Coutinho e de D. Luísa do Faro. Seu pai, conselheiro de Estado e presidente do Desembargo do Paço, embora tenha sido nomeado vice-rei da Índia em 1619, não aceitou tal cargo.

Casou-se com o 5.º conde de Atouguia, D. Luís de Ataíde, que veio a morrer antes de 1640. Já viúva, D. Filipa de Vilhena teve conhecimento de todos os preparativos da revolução da Restauração da Independência, e aconselhou a aderir a ela os seus filhos.

Na madrugada de 1 de Dezembro de 1640, por ser viúva, cingiu ela própria as armas a seus dois filhos, D. Jerónimo de Ataíde e D. Francisco Coutinho, e mandou-os combater pela Pátria, dizendo-lhes que não voltassem senão honrados com os louros da vitória.

Contudo, o seu primogénito não era uma criança, como a tradição e a peça de Almeida Garrett indicam, mas já um homem feito, que foi nomeado governador de Peniche e, mais tarde, vice-Rei do Brasil.

D. Filipa foi chamada ao Paço pela rainha D. Luísa de Gusmão, tendo recebido o cargo de camareira-mor e de aia do príncipe D. Afonso, futuro D. Afonso VI.

É de realçar que D. Mariana de Lencastre também armou seus filhos, mas apenas o nome de D. Filipa de Vilhena se gravou na memória colectiva.

Encontra-se sepultada em Lisboa, na Igreja de Santos-o-Velho.

Títulos

Toponímia

Em 1933 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou a nobre dando o seu nome a uma rua em Lisboa. Localiza-se no prolongamento da Rua de D. Estefânia, entre a Avenida Duque de Ávila e o Largo Dr. Afonso Pena.[1]

A Fama

O episódio de Filipa de Vilhena com os seus filhos no 1º de Dezembro de 1640, foi popularizada por um aguarela de Roque Gameiro e uma tela a óleo de Vieira Portuense, ambos em 1801, bem como pela peça D. Filipa de Vilhena de Almeida Garrett, que foi representada pela primeira vez em Lisboa, no Teatro do Salitre, a 30 de maio de 1840, mas publicada apenas em 1846.[2] Esta peça de teatro será novamente representada para a RTP em 1988 com a realização de Jaime Campos e a encenação de Joaquim Benite. Tendo como intérpretes António Assunção, Fernando Jorge, João Azevedo, Luzia Paramés, Teresa Gafeira e Vítor Gonçalves.[3]

Referências

Ligações externas

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