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Fernandinho Beira-Mar

Fernandinho Beira-Mar
Nome Luiz Fernando da Costa
Pseudônimo Fernandinho Beira-Mar
Data de nascimento 4 de julho de 1967 (56 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de nascimento Duque de Caxias (RJ)
Nacionalidade(s) brasileiro
Ocupação Predefinição:Hlist
Crime(s) Assalto, homicídio, tráfico de armas e drogas
Pena 309 anos e 2 meses[1]
Situação Preso

Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar (Duque de Caxias, 4 de julho de 1967), é um ex-narcotraficante, ex-líder da organização criminosa Comando Vermelho, e teólogo brasileiro.

É considerado pelos órgãos federais um dos maiores traficantes de armas e drogas da América Latina.

Biografia

Fernandinho Beira-Mar foi criado na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Aos 20 anos, Fernandinho foi preso por roubo, tendo chegado a furtar armas pesadas do Exército e revendê-las para traficantes cariocas. Ao cumprir sua pena de dois anos, voltou a morar na Favela Beira-Mar onde, aos 22 anos, tornou-se um dos "cabeças" do tráfico local.[2]

Para fugir aos cercos da polícia local, decidiu se refugiar no Paraguai com seu principal fornecedor de maconha. Já com o intuito de dominar a distribuição de drogas no Rio de Janeiro, Fernandinho Beira-Mar providenciou uma festa e chamou parentes e aliados. A polícia por sua vez fez um cerco para prendê-lo, mas ele escapou e, por se sentir traído por seus aliados, ordenou mortes e assumiu a distribuição de drogas local.

Fernandinho Beira-Mar fugiu ao Uruguai, como não tinha muitos recursos, se aliou com as FARC na Colômbia para estudar como unir facções, mas foi preso pelo exército colombiano e deportado ao Brasil.

No presídio, Beira-Mar conseguiu adquirir pistolas automáticas dentro da penitenciária Bangu I e executou o desafeto , líder da ADA, que tinha recusado unir as facções para se pôr contra o Estado.[3]

Está preso desde 2002. Desde aquela data até 2008, foi sendo transferido constantemente, de presídio em presídio, devido ao fim do regime especial de prisão e de decisões da Justiça.

Em dezembro de 2010, durante a ocupação do Complexo do Alemão, foram encontradas cartas atribuídas a Beira-Mar, possivelmente enviadas da prisão, em Mato Grosso do Sul. Nessas cartas, o prisioneiro sugere que seus comandados se aliem às milícias do Rio de Janeiro e organizem sequestros de autoridades para trocá-las por milicianos que se encontrem presos. Com base na apreensão das cartas, é possível que Beira-Mar volte a ser enquadrado no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).[4]

Em 2 de fevereiro de 2012, foi transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.[5] Atualmente, cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Em 2015, Beira-Mar foi condenado a 120 anos de prisão pela morte de quatro traficantes durante uma rebelião ocorrida em Bangu I, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em setembro de 2002.

Em agosto de 2016, Fernandinho foi condenado a mais 30 anos de prisão pela morte de estudante em 1999, cumprindo pena na Penitenciária Federal de Porto Velho.

Em maio de 2017, foi novamente transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró no Rio Grande do Norte.

Em agosto de 2019, concluiu sua graduação em Teologia na Faculdade Batista do Paraná (Fabapar).[6] Em seu trabalho de conclusão de curso, critica o capitalismo e o define como subversão dos valores de Jesus Cristo.[6] Ao mesmo tempo, divulgou planos para lançar sua própria marca comercial.[7]

Livros e estudos sobre narcotráfico

O sistema criminoso montado pelo narcotraficante Fernandinho "Beira-Mar" já foi objeto de estudo acadêmico. Encontra-se, ainda, analisado na literatura nacional, por vários autores, como o jornalista Percival de Souza (Narcoditadura: o caso Tim Lopes, Crime organizado e jornalismo investigativo no Brasil, de 2002), a filósofa Alba Zaluar (Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas, de 2004) e o bancário Wagner Fonseca Lima (Violência corporativa e assédio moral, Edições Armazém Digital/RJ, de 2005). Também é citado no livro A Irmandade do Crime, de Carlos Amorim (Editora Record) e no livro Direito Informal e Criminalidade: os códigos do cárcere e do tráfico, de Roberto Barbato Jr (Editora Millennium).

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Referências

  1. G1. «Beira-Mar é condenado outra vez, e pena agora ultrapassa 300 anos». Consultado em 19 de outubro de 2016 
  2. «Conheça a história de Fernandinho Beira-Mar». Extra. 22 de novembro de 2007. Consultado em 22 de setembro de 2020 
  3. «Folha Online - Cotidiano - Sepultura do traficante Uê vira atração em cemitério no Rio - 11/07/2003». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 14 de janeiro de 2017 
  4. Jornal Midiamax (5 de dezembro de 2010). «Preso em Campo Grande, Beira-Mar envia cartas para traficantes no RJ, diz polícia». Consultado em 19 de julho de 2020 
  5. alagoas24horas.com.br: Fernandinho Beira Mar é transferido para Mossoró (6 de fevereiro de 2011)
  6. 6,0 6,1 «Fernandinho Beira-Mar escreve sobre Jesus Cristo e critica capitalismo em seu TCC». ISTOÉ Independente (Da Redação) (em português). 15 de agosto de 2019. Consultado em 9 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 22 de junho de 2020 
  7. Ramalho, Sergio (22 de maio de 2019). «Fernandinho Beira-Mar planeja site para vender produtos com a sua marca». noticias.uol.com.br (em português). Consultado em 7 de abril de 2022 

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