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Família Matarazzo

Matarazzo é um ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo de Itália, cujos membros são donos das indústrias de mesmo nome. Atualmente conta com membros em vários setores da elite da sociedade brasileira, como a política, as artes, a magistratura, a medicina, o empresariado ou nos meios de comunicação. Atualmente, José Eduardo Matarazzo Kalil detém o título de 3º Conde Matarazzo di Licosa, bisneto de dom Francesco Antonio Maria Matarazzo, o 1.º Conde de Matarazzo di Licosa, assim sendo é o atual chefe da Casa de Matarazzo di Licosa.[1]

Personalidades

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Francisco Matarazzo Sobrinho e Soninha Cattoni na VII Bienal de Artes de São Paulo.tif
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Conde Francesco

Francesco Antonio Maria Matarazzo (1854-1937) era um italiano que chegou ao Brasil em 1881 em busca de melhores condições de vida. Começou trabalhando como mascate, e mais tarde ele montara uma pequena fábrica para processar banha de porco, depois passou a fabricar as embalagens metálicas do produto o que o levou a montar uma metalúrgica. Mais tarde começou a vender arroz, massas, óleos, peixe e trigo em um supermercado. Logo ele funda a companhia Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.

O império Matarazzo crescia cada vez mais em diversos setores como alimentício, têxtil, navegação de cabotagem, indústrias siderúrgicas, altos investimentos em ferrovias e hidrelétricas.

Francesco não pertencia à nobreza italiana nem à nobreza de outros países da Europa, no entanto, no Brasil, já bilionário, alguns de seus filhos vieram a se casar com membros da alta nobreza italiana. Entre os quais, suas filhas Olga e Cláudia Matarazzo, que casaram-se com Francesco Ruspoli, 8º príncipe de Cerveteri, e o príncipe Giovanni Alliata Di Montereale, respectivamente; e seus filhos Giuseppe e Attilio Matarazzo, casados com Anna de Notaristefani dei Duchi di Vastogirardi e Adele dall'Aste Brandolini, respectivamente. Para que não ficasse mal perante a nobreza, em função de entes da alta nobreza italiana estarem casados com plebeus, as referidas famílias com que os filhos de Francesco Matarazzo estavam casados fizeram um lobby com o rei Vítor Emanuel III da Itália. Após várias respostas negativas por parte do então rei da Itália, a Itália entra na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nesse cenário, o monarca italiano disse que dadas as circunstâncias, por se tratar do pai de consortes de membros da alta nobreza italiana, se Francesco Matarazzo doasse milhões de dólares estadunidenses ao Reino da Itália, o rei da Itália conferiria um título nobiliárquico ao mesmo. Após o envio de milhões de dólares estadunidenses e demais mercadorias, recebe do rei Vítor Emanuel III o título nobiliárquico de O Muito Honorável Conde Matarazzo, em 1917.[carece de fontes?]

Matarazzo morreu em 1937, após uma crise de uremia, na condição de homem mais rico do país, com uma fortuna de 10 bilhões de dólares estadunidenses, sendo proprietário de mais de 350 fábricas.

Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo

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Fundada em 1896, por Francesco Matarazzo, foi o maior grupo empresarial da América Latina, chegando a englobar em torno de 350 empresas de diversos ramos, como têxtil, químico, comercial, bancário e alimentício. Empregou cerca de 6% da população da Grande São Paulo e possuía a quarta maior renda bruta do Brasil.

A primeira grande construção do grupo foi o Moinho Matarazzo, em 1900, na esquina da Rua Monsenhor Andrade com a Rua Bucolismo, no Centro, era a maior unidade industrial da cidade de São Paulo na época.

Em 1920, foi inaugurado o complexo industrial da Água Branca, na Zona Oeste de São Paulo, em uma área com 100 mil metros quadrados. Este foi o primeiro parque industrial paulista com noção verticalizada de produção, utilizando energia de uma usina própria, a Casa do Eletricista e a Casa das Caldeiras, únicos edifícios remanescentes até os dias de hoje de todo o complexo industrial.

Outros importantes prédios, também fizeram parte da companhia, como: a Tecelagem Mariângela, construída em 1903, no Brás; os Edifícios industriais da Rua Borges de Figueiredo, construídos em 1906, na Mooca, que incluí as Antigas Officinas Casa Vanorden, construídas em 1909; o prédio que abriga o Museu de Armas, Veículos e Máquinas Eduardo André Matarazzoo, em Bebedouro; o Edifício Matarazzo, construído em 1937, por Francisco Matarazzo Jr., que serviu como sede da IRFM, de 1938 a 1972, quando foi vendido ao Grupo Audi, porém, dois anos depois, foi adquirido pelo Banco Banespa e depois em 2004 se tornou a atual sede da prefeitura da cidade de São Paulo.

Mansão Matarazzo

Mansão Matarazzo em sua primeira versão, no estilo eclético. Foto da década de 1910.
Ver artigo principal: Mansão Matarazzo

Foi um casarão construído em 1896, na Avenida Paulista, em São Paulo, pelo conde Francesco Matarazzo.

O palacete foi construído em estilo neoclássico, com área de 4.400 metros quadrados, implantado num terreno de doze mil metros quadrados de jardins. A casa foi cenário de festas grandiosas, frequentadas pela alta sociedade paulistana.

Foi demolida em 1996 e o terreno foi vendido à Cyrela Commercial Properties e a uma empresa do grupo Camargo Corrêa, por 125 milhões de reais, que no local construiu o Shopping Cidade São Paulo.

Fazenda Amália

O palacete é uma mansão construída pelo conde Francisco Matarazzo Jr. para a ser a residência oficial da sua família na Fazenda Amália situada em Santa Rosa de Viterbo na região de Ribeirão Preto.

Foi construída em 1931 nos moldes da Mansão Matarazzo na Avenida Paulista, em São Paulo, onde morou com o pai, o conde Francesco Matarazzo.

O conde ainda construíu uma estrada particular para o acesso exclusivo da família e de suas visitas. A entrada da estrada está no centro da cidade, abaixo da Praça Guido Maestrello onde fica a igreja matriz. Foi construído um portão monumental com dois leões um de cada lado do portão, e seu entorno foi criada a Praça Maria Pia, homenagem à filha caçula do conde.

O palacete e seu entorno permaneceram sob administração da família Matarazzo, algo em torno de 66,6 hectares.

Hospital Matarazzo

Ver artigo principal: Hospital Umberto I
Cidade Matarazzo 15, São Paulo (SP), Brasil.jpg

Foi um hospital construído em 1904, por Francesco Matarazzo, em um terreno de 27 419 mil metros quadrados no bairro Bela Vista, em São Paulo. Faz parte de um conjunto de prédios em estilo neoclássico que foram tombados em 1986.

A propriedade faliu, e encerrou suas atividades em 1993 e ficou fechada durante 20 anos. Em 2011, o imóvel foi adquirido pelo grupo francês Allard e está em processo de restauração cuja previsão de abertura é para meados de 2018. Além da reforma das edificações pré-existentes, haverá a construção de um complexo de luxo, com sede do hotel seis estrelas da rede Rosewood, o primeiro do tipo na América Latina, residências, escritórios, shoppings e áreas para uso comercial.

Referências

  1. «Esporte dos Matarazzo, polo se profissionaliza no interior de SP - 21/05/2018 - Serafina - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 25 de outubro de 2021 
  2. 2,0 2,1 UOL/Folha Online (18 de julho de 2008). «Neto de Maysa será filho dela em minissérie da Globo, diz Daniel Castro» 
  3. Rosângela Honor; Rodrigo Cardoso. «Espanhol em Terra Nostra» (htm). Istoé Gente 
  4. Redação Online (7 de janeiro de 2011). «Jayme Monjardim e Tânia Mara publicam fotos de Maysa Almeida Matarazzo». Contigo! 

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