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Fábio Pinto

Fábio Pinto
Informações pessoais
Nome completo Fábio Nascimento Pinto
Data de nasc. 9 de outubro de 1980 (43 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de nasc. Itajaí, Santa Catarina, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,81 m
Informações profissionais
Posição Atacante
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1996–1998
1998–2000
2000–2002
2002–2003
2004
2005
2006
2007
2007
2008
2008–2010
Internacional
Predefinição:Futebol Real Oviedo
Internacional
Galatasaray
Grêmio
São Caetano
Coritiba
Cruzeiro
Cabofriense
Guarani
Predefinição:Futebol Pakhtakor

Fábio Nascimento Pinto (Itajaí, 9 de outubro de 1980) é um ex-futebolista brasileiro que atuava de atacante.[1].

Carreira

Copa São Paulo de 1998. O Internacional comprova o ótimo e constantemente elogiado trabalho realizado em suas categorias de base e conquista, pela quarta vez, o título do torneio júnior mais importante do Brasil. Daquele time, como de praxe, muitos nomes eram grandes esperanças, mas poucos estouraram. Um dos poucos que explodiu foi Lúcio, que, quatro anos depois, conquistou o pentacampeonato mundial com a seleção, além de se firmar como um dos melhores zagueiros do mundo. No entanto, um atacante daquele time já era, então, visto como jóia no Beira-Rio: Fábio Pinto.

O avançado já era referência na base colorada desde os anos anteriores, quando se sagrou bicampeão estadual júnior pelo Inter e, principalmente, quando foi artilheiro da seleção brasileira que conquistou, em 1997, o Mundial Sub-17. Tudo indicava que o novo fruto do pomar vermelho tendia ao sucesso. Hoje, dez anos depois, ele é atleta do Pakhtakor, do... Uzbequistão. Pois é. De futuro craque a atacante esquecido em um país sem a menor tradição futebolística. Com isso, vem a pergunta: o que aconteceu com Fábio Pinto? Muito se deve a características que vão além das quatro linhas, e passam por seu preparo psicológico.

Além do gramado

Fábio Pinto foi a grande revelação brasileira do Mundial Sub-17, além de ser eleito o melhor jogador da competição. Um exemplo é o fato de que, na época, além de ter ficado com o terceiro lugar na artilharia do torneio, com quatro gols, e ter conduzido a seleção ao título inédito, deixou no banco ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho. Para muitos, o atacante era considerado o melhor do mundo, ao menos, em sua categoria. Junte a isso o fato de ser o principal nome, no ano seguinte, do Colorado campeão da Copinha. Pronto: estava feito o mito, tal como se faz hoje com Alexandre Pato.

Ainda em 1998, o atacante deixou o Inter rumo a sua primeira experiência fora do país — com menos de 18 anos —, assinando com o Real Oviedo, da Espanha. O time das Astúrias estava longe de ser uma potência, o que já dificultaria a adaptação de Fábio Pinto. Afinal, apesar da tenra idade, já chegava para fazer chover. O começo foi bom, mas logo o ex-colorado deixou de apresentar o rendimento que o consagrou nas categorias de base do Beira-Rio. Com o panamenho Dely Valdez salvando as pontas dos Azules na Liga Espanhola, o brasileiro foi sendo deixado de lado, até que, em 2000, o Internacional declarou interesse em seu retorno.

O que levaria alguém que, anos antes, chegou a ser cogitado como futuro melhor do mundo, a ser reserva do Oviedo — e em outros clubes por onde viria a passar? É algo que, como já dito, transcende as quatro linhas: sua facilidade para entrar em depressão. Doença essa que passa por muitos aspectos, e, principalmente, por sua rápida ascensão. Rápida até demais, vale lembrar. Se Ronaldinho, antes de ir à Europa, já havia se firmado no time principal do Grêmio e já era, com certa freqüência, convocado para a seleção brasileira, Fábio Pinto, com menos de 18 anos e sem ao menos ter feito passagens efetivas pelo time principal do Internacional, já fora negociado com o futebol europeu.

Além disso, enquanto o então candidato a melhor do mundo chegava ao PSG como promessa a ser lapidada, Fábio Pinto chegou a Oviedo já para ser ídolo. Com um futebol inconstante, um elenco limitado do qual fazia parte, e por ser jovem demais, mostrou não estar preparado, naquele momento, para experiências mais avançadas. E, claro, em seu retorno ao Brasil, Fábio já precisaria ser uma realidade, e não mais uma promessa. A pressão foi demais para o psicológico, visivelmente limitado, do jogador.

A segunda passagem do atacante por terras vermelhas teve bons e maus momentos. Se conquistou o Gauchão de 2002, com direito a gol na final contra o XV de Campo Bom, viu, em seguida, o jovem Mahicon Librelato, revelado pelo Criciúma e que, no final daquele ano, sofreria uma morte trágica, tomar-lhe o posto de titular na campanha que quase rebaixou o Inter para a segunda divisão. Apagado no fim da temporada, foi negociado com o Galatasaray.

Mais uma vez, um bom começo, com atuações constantes na SuperLig e na Liga dos Campeões. Apesar disso, rapidamente, Fábio Pinto mostrou não suportar a pressão das expectativas que o permeavam, e, surrado pelas críticas e pela falta de regularidade, ficou encostado no banco de reservas turco. Em fóruns sobre o futebol do país, torcedores tratam o atacante brasileiro como “garoto com dito grande futuro, mas que não era capaz de nada”, ou ainda como “um rapaz totalmente perdido”. E muitos nem sabiam mais por onde andava o atleta, o que comprova sua irrelevância para o futebol local.

Psicológico defasado

Curiosamente, foi o arqui-rival de seu Inter que, em 2004, proporcionou-lhe a volta aos gramados brasileiros e, conseqüentemente, à titularidade: o Grêmio. Bom ou ruim? Sabia-se que, se, em suas outras experiências, Fábio Pinto foi recebido com festa por torcedores cheios de esperança. Na Azenha, no entanto, sua chegada já foi tumultuada, só pelo fato de ter sido revelado pelo Colorado. Além disso, em nenhum momento chegou a deslanchar e apagar a desconfiança que havia por parte da torcida tricolor. Foi nesse período que seu grave problema de depressão ficou evidenciado, sendo assunto de matérias nos jornais da época.

Na ocasião, o jogador, muito criticado pela torcida, viu seu lugar no time titular se perder para um garoto de 17 anos — curiosamente, a idade com a qual começou a se destacar no futebol brasileiro —, de nome Marcelinho. Então com 24 anos, já passava por uma situação de “final de carreira”. Para piorar, fez parte da equipe em seu momento mais triste: o segundo rebaixamento para a Série B. Mais: com a pior campanha e o menor aproveitamento dentre as disputas em pontos corridos.

Fábio Pinto nunca mais se acertou, e fracassou em suas passagens por São Caetano e Coritiba. No Azulão, fez parte da então pior campanha do time do ABC desde que subiu para a elite. No Coxa, foi eleito um dos responsáveis pelo não retorno dos paranaenses à Série A. Em 2006, voltou a ter chance em um grande, indo para o Cruzeiro, mas, após um longo período sem jogar e visivelmente desmotivado, até pela forte concorrência — como a de Geovanni —, viu o fundo do poço no começo de 2007, quando foi emprestado à Cabofriense para a disputa do Campeonato Carioca.

Em 2008, foi uma das esperanças do Guarani em seu retorno à elite paulista, contratado para “dar a volta por cima”. No entanto, machucado, ficou de fora do Paulistão e só pôde voltar a jogar em seu atual clube, o Pakhtakor. No Uzbequistão, até que Fábio Pinto vem assinalando seus gols e tendo boas chances no time principal, embora, tamanha a atual obscuridade onde está o ex-colorado, sua nacionalidade esteja inscrita como “italiana”. Pouco para quem já deixou Ronaldinho no banco e era considerado projeto de melhor do mundo.

Em dezembro de 2015, Fábio Pinto foi preso na cidade de Itajaí pela Polícia Federal no que foi batizado de Operação Ex-Câmbio. As circunstâncias da prisão do ex-jogador e o seu envolvimento no esquema não foram revelados pela Polícia Federal. A operação foi realizada nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Dionísio Cerqueira, Porto Belo, Joinville (SC); Curitiba, Barracão (PR); e Porto Alegre.

De acordo com a PF, os grupos movimentavam US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) por ano.[2]

Títulos

Internacional
Brasil

Referências

  1. Samba Foot (26 de setembro de 2008). «Fábio Pinto» (em português). Consultado em 24 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 21 de novembro de 2008 
  2. «Ex-jogador da dupla Gre-Nal é preso em Santa Catarina». Consultado em 23 de setembro de 2015 

Ligações externas

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