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Escola de jornalismo

Predefinição:Sidebar with collapsible lists Uma Escola de Jornalismo é uma instituição na qual se ensina a profissão jornalística, com suas técnicas e teorias aplicadas à prática.

No Brasil, desde o dia 17 de junho de 2009, o curso superior em Jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão. Só há ensino de Jornalismo no nível da graduação (ou seja, não há cursos de nível técnico) e especialização. Existem atualmente, 2009, cerca de 470 escolas de Jornalismo distribuídas pelo país. Por elas são graduados quase 12.000 jornalistas anualmente.

A legislação brasileira especifica que, para ensinar Jornalismo, é obrigatório ser jornalista de profissão.

Escolas de Jornalismo no Mundo

A primeira escola de Jornalismo do mundo foi a Washington College, fundada na Virgínia pelo general estadunidense Robert E. Lee em 1869. Nas décadas seguintes, foram sendo criados cursos semelhantes em outras universidades dos EUA e da Europa. Na Inglaterra, a primeira a ter uma escola de jornalismo foi a Universidade de Londres, a partir de 1920.

Atualmente, algumas das mais conceituadas escolas de jornalismo na América do Norte são a Columbia University Graduate School of Journalism, a E.W. Scripps School of Journalism, Berkeley Graduate School of Journalism (Universidade da Califórnia) e a Medill School of Journalism. Na Europa, existe a faculdade de jornalismo construída em parceria com a Universidade Autônoma de Madri e o jornal El País.

Escolas de Jornalismo no Brasil

A primeira escola de Jornalismo criada no Brasil foi a Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero fundada em 1947 em São Paulo. Em 1949, profissionais, entidades e empresários ligados à área de Comunicação, em parceria com a Faculdade de Filosofia, integrante da Universidade Católica do Rio Grande do Sul, conceberam o primeiro curso de Jornalismo do Sul do país, hoje integrante da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS. O curso de jornalismo da universidade Federal de Juiz de Fora teve sua autorização em janeiro de 1958, com o início de suas atividades no final daquele ano. Em 1969, o curso foi transformado em Curso de comunicação Social e era oferecido na Faculdade de Direito. Em 1990, foi criada a Faculdade de Comunicação da UFJF. Na década de 60 foram criados os cursos de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco em 1961 (o curso mais antigo em funcionamento no Norte e Nordeste), em 1962 o governo do Estado criara o primeiro curso de jornalismo do Rio Grande do Norte (um ano depois ganharia o nome de Faculdade Eloy de Souza e em 1974 fora incorporada à UFRN), Universidade de Brasília em 1966, do então Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal de Goiás em 1968 e da Universidade Federal do Ceará em 1969. Em 1969, também foi criado o curso de Comunicação Social da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), logo depois desmembrado nas habilitações de Jornalismo e Relações Públicas. Outras escolas são a Escola de Comunicações e Artes (da USP), a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Faculdades Integradas Hélio Alonso - FACHA fundada em 1971 (primeira faculdade privada no Rio de Janeiro), a Escola de Comunicação da UFRJ (1968), o Centro de Comunicação e Letras (da Universidade Presbiteriana Mackenzie), o Departamento de Comunicação Social (da Universidade de Taubaté) o Instituto de Artes e Comunicação Social (da UFF), a Fabico (da UFRGS), o Centro de Comunicação (da UFSC), o Curso de Comunicação Social (da Universidade de Ribeirão Preto) fundado em 1974, a "Faculdade de Comunicação Social" da UERJ, o Curso de Jornalismo da UFMS fundado em 1989, a Faculdade de Comunicação Social (da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio), a Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e a Faculdade de Comunicação Social da ESAMC. Em 2009 teve início a primeira turma do curso de Comunicação Social - habilitação em Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia.

Currículo dos Cursos de Jornalismo no Brasil

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil, o currículo dos cursos de Jornalismo deve incluir, pelo menos, as seguintes disciplinas:

  • Realidade Socio-Econômica Brasileira
  • História da Comunicação
  • História do Jornalismo
  • Técnica de Reportagem
  • Técnica de Redação
  • Diagramação
  • Radiojornalismo
  • Telejornalismo
  • Jornal Laboratório
  • Projeto Experimental em Jornalismo
  • Ciberjornalismo

Desde 1999 não há Currículo Mínimo para os Cursos da área de Comunicação no Brasil. A partir do Seminário sobre as Diretrizes Curriculares realizado na PUC-Campinas, promovido pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e Federação Nacional dos Jornalistas as IES tem liberdade para organizar a estrutura curricular dos Cursos de Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade/Propaganda, Cinema, Editoração e Rádio e TV.

Teoria x Prática

É comum, no ensino brasileiro de Jornalismo, o debate da teoria privilegiada em detrimento da prática, ou vice-versa. As críticas mais comuns são de que o ensino não é orientado para as demandas do mercado e que os acadêmicos da área não se adaptam às mudanças freqüentes da prática profissional. Por outro lado, também é freqüente o comentário de que a função da universidade é ser espaço para experimentações, e não para repetição de cânones pré-existentes.

Muitos dos professores de Jornalismo nas universidades públicas brasileiras não são jornalistas por profissão, vindo de outras áreas de Ciências Humanas, como Sociologia, Filosofia, Lingüística, Economia e Direito.

A pesquisa brasileira em Comunicação é influenciada pela Semiologia de origem francesa e por correntes de pensamento como a Análise do Discurso. Já o ensino da técnica tem muita influência do jornalismo estadunidense dos anos 1940 a 1960, antes da tendência do New Journalism.

Especialização e Pós-Graduação

Algumas faculdades, como a PUC-SP e a Facha, oferecem diversas opções de especialização e pós-graduação lato sensu, como Jornalismo Econômico, Jornalismo Político, Jornalismo Internacional, Jornalismo Cultural e Jornalismo Esportivo, entre outros. Muitos destes cursos são procurados por jornalistas experientes que desejam fazer reciclagem profissional.

Outras universidades, como a UFRJ e a PUC-RS preferem investir na pós-graduação stricto sensu, ou seja, voltada para a pesquisa acadêmica, nos níveis mestrado e doutorado. Estas universidades têm alcançado níveis de excelência em seus programas de pós-graduação.

A Universidade Federal do Amazonas possui desde 2008 o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM), o primeiro do Norte do Brasil. Em 2010, foi implantado o Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia, na Universidade Federal do Pará. Atualmente, esses dois programas são os únicos da Região Norte do Brasil na área de Comunicação.

Em 2007 a Universidade Federal de Santa Catarina iniciou seu programa de Mestrado em Jornalismo. As linhas de pesquisa propostas são Fundamentos do Jornalismo e Processos e Produtos Jornalísticos. Entre os professores do programa estão Eduardo Meditsch, Daisi Vogel, Elias Machado, Francisco Karam, Gislene Silva, Jorge Ijuim, Mauro Silveira, Orlando Tambosi, Raquel Longhi e Tattiana Teixeira. A primeira turma iniciou as defesas em agosto de 2009. Em 2013, a UFSC implanta o primeiro Doutorado em Jornalismo do país, passando a agregar, também, outros professores como Rogério Christofoletti, Valci Zuculoto, Antonio Brasil, Rita Paulino, Flavia Guidotti, Stefanie Carlan da Silveira, Samuel Pantoja Lima e Cárlida Emerim.

Associações de Professores e Pesquisadores de Jornalismo

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