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A Ermida do Espírito Santo localiza-se na rua do Conselheiro Nicolau Anastácio de Bettencourt (antiga rua do Pintor), na cidade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nos Açores.
História
Pouco se conhece sobre esta ermida sob a invocação do Espírito Santo, erguida por iniciativa de Francisco Ornelas da Câmara em 1643.
No contexto da Restauração da Independência Portuguesa, João IV de Portugal encarregou Francisco Ornelas da Câmara de proclamá-la na Terceira, missão que desempenhou com grande dificuldade, uma vez que foi necessário desalojar a guarnição espanhola entrincheirada na Fortaleza de João Baptista em Angra.
Por queixas feitas por seus inimigos, Ornelas da Câmara veio a cair no desagrado do soberano, vindo a ser julgado no Tribunal de Lisboa. De acordo com a lenda, no momento em que a sua sentença era lavrada, uma pomba terá entrado no recinto por uma janela, vindo a entornar o tinteiro do escrevente sobre os papéis. Tal acontecimento fez supor a inocência do réu, tendo em atenção e religiosidade dos povos da altura, sendo Ornelas da Câmara liberto e isento de toda a culpa. Para agradecimento da graça obtida, terá feito o voto de edificar a ermida do Espírito Santo.
Ao longo dos anos a ermida foi passando para os seus descendentes, até que, por um deles foi posta à venda em hasta pública, sendo arrematada por Manuel Inácio Lourenço em 1894. O imóvel passou por sua morte à filha, Isabel Maria Lourenço Rocha, que faleceu em 1974.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 45 327, de 25 de outubro de 1963, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.
Características
Externamente nela se vê apenas uma porta lateral com vários ornatos, a torre sineira e a cruz a encimar o edifício. No interior o altar apresenta um valioso painel representando o Espírito Santo em forma de pomba, e o coro alto uma balaustrada de madeira.
Bibliografia
- LUCAS, Alfredo (Pe.). Ermidas da ilha Terceira. 1976.