Ipecacuanha | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Psychotria ipecacuanha | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Carapichea ipecacuanha, Callicocca ipecacuanha, Cephaelis ipecacuanha, Evea ipecacuanha, Uragoga ipecacuanha |
A ipecacuanha (Psychotria ipecacuanha), também chamada cagosanga, poaia, raiz-do-brasil[1] e ipeca, é uma planta da família Rubiaceae, muito comum nos solos das florestas dos estados da Bahia e de Mato Grosso, no Brasil[1].
Etimologia
"Ipecacuanha" vem do termo tupi ipega'kwãi, que significa "pênis de pato"[1]. "Poaia" vem do tupi pu'aya[2].
Emetina
As suas raízes contêm um poderoso emético (estimulante do reflexo do vómito) denominado "emetina"[1] ou "ipecacuanha". Foi introduzida na Europa em 1672 por Legros, um viajante na América do Sul. Foi usada no tratamento da disenteria e vendida pelo médico francês Adrien Helvetius sob licença de Luis XIV. Hoje em dia, os fármacos purificados cefaleína e emetina ainda são usados como eméticos. Eles estimulam o centro neuronal vomitivo (área postrema medular).
A emetina também é usada contra amebíase, pois atua como limitador na formação das proteínas, além de efeitos circulatórios. Por volta de 1930, foi sintetizado a dehidroemetina (diferente da primeira apenas por uma dupla ligação próxima a um radical etil), que possui menos efeitos colaterais.
Segundo Cristina Brandt Friedrich, que fez uma pesquisa sobre a influência das doenças trazidas por colonizadores na formação do Brasil, de todo conhecimento da flora medicinal indígena, ipecacuanha, também conhecida como “planta de doente de estrada”, foi a planta que mais interessou aos europeus por ser usada como purgativo e antídoto para qualquer veneno. [3].
Abuso
O xarope da planta, chamado xarope de ipeca, já foi usado por bulímicos a fim de induzir o vômito, mas o seu uso repetido causa acumulação no fígado e problemas no músculo cardíaco.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 966.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 350.
- ↑ Livro revela papel de doenças (e curas) na formação do país. http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=8830