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Eletropaulo

Eletropaulo
Razão social Eletropaulo
Empresa estatal
Atividade Distribuição de energia elétrica
Fundação 1981 (43 anos)
Fundador(es) Paulo Maluf
Destino Privatizada
Encerramento 1999 (25 anos)
Sede São Paulo, SP, Brasil
Produtos Serviços de Energia Elétrica
Serviços de Telecomunicação
Antecessora(s) Light S.E.S.A.
Sucessora(s) Eletropaulo Metropolitana, AES Eletropaulo, Enel Distribuição São Paulo

A Eletropaulo foi uma empresa estatal de distribuição de energia elétrica localizada em São Paulo, Brasil, cindida em outras empresas de tamanho menor.

Antecedentes

Desde 1899, a Light São Paulo - São Paulo Tramway, Light and Power Company, uma empresa privada de capital canadense, era a responsável pelos serviços de energia elétrica em São Paulo capital e arredores.

Posteriormente, a Light também passou a operar serviços de energia elétrica no Rio de Janeiro.

No final da década de 1970, o contrato de concessão da Light com o governo federal, assinado no início do século e com validade de 70 anos seria encerrado, com a entrega dos ativos investidos tanto no Rio de Janeiro, como em São Paulo ao governo brasileiro. Porém em circunstâncias obscuras, principalmente no momento político vigente (ditadura militar brasileira), o então ministro das minas e energia Shigeaki Ueki, através da Eletrobrás, adquiriu o controle acionário da Light – Serviços de Eletricidade S/A, estatizando-a.

A criação da Eletropaulo

Em 1981 o governo do estado de São Paulo (gestão Paulo Maluf) adquiriu a parte paulista da Light e criou a sua própria empresa de energia, com o nome de Eletropaulo.

Durante toda a década de 1980 e início da década de 1990, a Eletropaulo foi uma das maiores empresas estatais do estado de São Paulo, chegando a ter cerca de 27 mil empregados. Era considerada uma das maiores distribuidoras de energia elétrica do mundo.

A cisão da empresa para privatização

A partir de 1995, o então governador Mário Covas criou o PED - Programa Estatual de Desestatização, para iniciar um processo de privatização de inúmeras empresas estatais paulistas, além de trechos de rodovias e ferrovias.

Considerada pelos técnicos do governo estadual como uma empresa grande demais para ser privatizada num único bloco, a Eletropaulo foi dividida em quatro empresas menores:

  • Empresa Paulista de Transmissão de Energia, conhecida atualmente apenas como Transmissão Paulista, foi incorporada pela CTEEP (criada a partir da cisão com a CESP) em 2001 que mais tarde foi privatizada em 2006;
  • Empresa Metropolitana de Águas e Energia ou EMAE, encarregada de controlar o volume de água do Rio Pinheiros, da Represa de Guarapiranga, da Estação Elevatória da Traição e Usina Henry Borden, mantida sob controle estatal até o momento.

Extinção da empresa e sobrevivência da marca

Oficialmente, a marca e razão social Eletropaulo não existe mais desde 1999, com a cisão da empresa em empresas menores, mas clientes e usuários em geral ainda não estão habituados as novas denominações das empresas cindidas: o caso da AES Eletropaulo foi mais gritante, até pela certa similaridade de nome.

Muitos clientes mais antigos, com mais de 50 anos, chamavam a AES Eletropaulo da extinta Light (veja Antecedentes), ao reclamarem das contas altas junto a familiares e amigos.

Muitas instalações e placas das novas empresas sucessoras da Eletropaulo também não foram modificados no decorrer do tempo, contribuindo para a confusão.

A Fundação Energia e Saneamento, criada em 1998 para preservar e divulgar o patrimônio histórico-cultural do setor energético, herdou boa parte de documentos e objetos antigos da Eletropaulo e de outras antigas empresas de energia e saneamento já extintas.

Ver também

Predefinição:Empresas de energia do Brasil Predefinição:Empresas Estatais do Brasil Predefinição:Governo do Estado de São Paulo

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