Economia de guerra é um conjunto de práticas econômicas excepcionais, aplicadas durante certos períodos históricos de fortes agitações ou extrema isolamento econômico, geralmente, mas nem sempre, ligadas à ocorrência de conflito armado. Tais práticas tem como objetivo manter as atividades econômicas indispensáveis ao país, a autosuficiência, a dissuasão do consumo privado e a garantia da produção de alimentos e itens básicos ao consumo, bem como das necessidades militares Estado, que, para tanto, precisa exercer total controle da economia.[1][2][3]
Características
Algumas das características mais frequentes das economias de guerra são:
- Política monetária extremamente austera, visando evitar processos de hiperinflação
- Priorização da autosuficiência em termos de produtos básicos e material bélico
- Aplicação de medidas para redução de consumo de energia
- Recurso à mão de obra feminina de baixo custo para preencher postos de trabalho antes ocupados por homens convocados pelas forças armadas
- Mudanças na política agrícola, visando fomentar a produção de grãos, e na administração dos preços agrícolas
- Aumento da produção da indústria pesada e da indústria militar
- Aplicação de medidas de redução do consumo privado, incluindo o racionamento, tanto para a indústria quanto para as famílias
Referências
- ↑ Le Billon, Philippe (ed.) Geopolitics of Resource Wars: Resource Dependence, Governance and Violence. Londres: Frank Cass, 2005.
- ↑ Le Billon, P. The political economy of war: an annotated bibliography. HPG Report 1. Londres: Overseas Development Institute, 2000.
- ↑ Le Billon, P. The Political Ecology of War: Natural Resources and Armed Conflicts, Political Geography, vol.20, nº 5 (2001), pp.561-84.