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E Depois do Adeus

colspan="2" class="topo musica" style="text-align:center; background-color:Predefinição:Info/Canção/cor; font-size:120%; padding:0px;" | "E Depois do Adeus"
colspan="2" style="text-align:center; text-align:center; line-height:1.3em; background-color:Predefinição:Info/Canção/cor;" | Predefinição:Info/Canção/link de Paulo de Carvalho
Letra José Niza
Composição José Calvário

"E Depois do Adeus" é uma canção com letra de José Niza e música de José Calvário, que foi escrita para ser interpretada por Paulo de Carvalho na 12.ª edição do Festival RTP da Canção[1], do qual sairia vencedora. Nessa qualidade, representaria Portugal em Brighton, a 6 de Abril, no Festival Eurovisão da Canção 1974, terminando em último lugar, com apenas 3 pontos, ex aequo com as canções da Alemanha, Suíça e Noruega. "E depois do Adeus" foi a canção que serviu de primeira senha à revolução de 25 de Abril de 1974[2].

A questão das duas senhas do 25 de Abril

Com a transmissão de "E Depois do Adeus", pelos Emissores Associados de Lisboa às 22h55m do dia 24 de Abril de 1974, era dada a ordem para as tropas se prepararem e estarem a postos. O efectivo sinal de saída dos quartéis, posterior a este, seria a emissão, pela Rádio Renascença, de "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso[3].

A razão da escolha de "E Depois do Adeus" é clara: não tendo conteúdo político e sendo uma música em voga na altura, não levantaria suspeitas, podendo a revolução ser cancelada se os líderes do MFA concluíssem que não havia condições efectivas para a sua realização. A posterior radiodifusão, na emissora católica, de uma música claramente política de um autor proscrito daria a certeza aos revoltosos de que já não havia volta atrás, que a revolução era mesmo para arrancar.

O tema

Embora o título, em retrospectiva, pareça remeter para o adeus ao regime do Estado Novo, a canção em si é uma balada sem conteúdo político (ao contrário da vencedora do ano anterior). "E depois do Adeus" é uma tipica canção de amor dos anos 70. É sobre um homem que se encontra perdido depois do fim de uma intensa relação amorosa, como ela é vivida na juventude, provavelmente um primeiro amor. No meio do seu vazio, ele conclui que o amor traz felicidade e sofrimento ("Amar é ganhar e perder"), ao ganhar um novo relacionamento segue-se o perdê-lo. Também como vinha sendo moda nos anos 70, a canção tem um atrevimento na sua letra, para a época. Tal como a "Desfolhada" de Simone de Oliveria continha o verso "Quem faz um filho fá-lo por gosto", esta canção do Paulo de Carvalho tem o verso "Tu vieste em flor, eu te desfolhei"

Referências

  1. «PERFIL COMPLETO do autor de "E Depois do Adeus"» (em português). DN Portugal. 23 de Setembro de 2011. Consultado em 6 de Junho de 2014. Arquivado do original em 3 de junho de 2014 
  2. «E Depois do Adeus (2CD)» (em português). FNAC. Consultado em 3 de Junho de 2014 
  3. Tiago Freire (25 de Abril de 2014). «Canção do Dia: Paulo de Carvalho – E Depois do Adeus» (em português). Altamont. Consultado em 3 de Junho de 2014. Cópia arquivada em 3 de Junho de 2014 

Ligações externas

Predefinição:Esboço-canção

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