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Ducado da Estônia (1219–1346)

Predefinição:Info/Estado extinto2 Ducado da Estônia (português brasileiro) ou Estónia (português europeu)[1] (em dinamarquês: Hertugdømmet Estland;[2] em latim: Ducatus Estoniae[3]) foi um Estado subordinado à Dinamarca, fundado em 1219 com a conquista da região da atual Estônia pelo rei Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap[4] e que existiu até 1346, quando Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap vendeu a região à Ordem Teutônica.[5]

A Estônia dinamarquesa 1206–1346

Em 1219, Valdemar reuniu uma armada de centenas de navios contra os estonianos, comandados pelo arcebispo, bispos e o exército dos rúgios sob a liderança do príncipe Wizlav. Eles desembarcaram no porto de Lyndanisse (Taline) na província de Revelia (Revala, Rävälä, mais tarde unida à província de Harria) no norte da Estônia. De acordo com uma lenda, a bandeira da Dinamarca caiu do céu e ajudou os dinamarqueses a vencerem a batalha contra os Revelianos e Harrianos. A data da batalha, 15 de junho, é ainda celebrado como Valdemarsdag (o "dia da bandeira" nacional) na atual Dinamarca.

A Ordem da Livônia e a Dinamarca concordaram em dividir a Estônia, mas não chegaram a um consenso sobre os limites exatos. Em 1220 o Rei da Dinamarca concordou em conquistar as províncias meridionais da Estônia de Sakala e Ugaunia que já eram controladas pelos Irmãos da Espada. O bispo Alberto conquistou para a Dinamarca as províncias de Harria (Harju), a Virônia (Viru) e Jerwia (Järva). Em 1227 a Ordem da Livônia conquistou todos os territórios dinamarqueses, mas, de acordo com o Tratado de Stensby, devolveu a Harria e a Virônia para a Dinamarca em 1238 enquanto que a Jerwia foi cedida para a Ordem da Livônia. Devido a sua posição de território dinamarquês, a Estônia foi incluída na lista de taxação nacional da Dinamarca Liber Census Daniæ (dinamarquês: Valdemar Sejrs Jordebog) (122041), um importante documento histórico e geográfico. A lista contém cerca de 500 nomes de locais estonianos e nomes de 114 localidades vassalas.

A capital da Estônia dinamarquesa era Lindanisse (Taline) desde sua invasão em 1219. Os dinamarqueses construíram um forte no local que é chamado de Castrum Danorum na crônica de Henrique da Livônia ou "castelo dinamarquês". Os estonianos ainda chamam a sua capital de "Taline", que de acordo com uma teoria popular é derivado de Taani linna, tendo exatamente o mesmo significado. Os dinamarqueses construíram um grande castelo em pedras na área de Domberga (Toompea). Lindanisse tornou-se então a sede de um bispado que foi um sufragâneo para o arcebispo de Lund. Em volta do castelo, os colonos alemães fundaram uma importante cidade de comércio. Lindanisse (Reval, em alemão) ganhou a garantia da Lei de Lübeck (1248) e uniu-se à Liga Hanseática. Mesmo hoje, a influência dinamarquesa pode ser vista no brasão de armas da cidade de Taline que traz no escudo a cruz dinamarquesa; e no brasão de armas da Estônia que utiliza três leopardos (ou leões) muito parecidos com os do brasão de armas da Dinamarca, porém nas cores da Estônia, o amarelo e o azul.

Na Virônia, os centros de poder principais eram Uesemberga (Rakvere) e Narva, construídas ao lado de um velho forte estoniano conhecidas nas crônicas em Antigo Eslavo Oriental como Rakovor e Rugodiv, respectivamente. Uesemberga recebeu os direitos da Lei de Lübeck em 1302 do Rei Érico Menved. Narva recebeu esses direitos em 1345.

O governo da Dinamarca não foi muito forte na província. O exército dinamarquês foi enviado para a província apenas ocasionalmente. Em 124042, a Dinamarca entrou em guerra contra Novogárdia e tentou estender seu governo para a terra dos vótios. O rei Valdemar enviou seus filhos Abel e Canuto para apoiar a campanha de seus vassalos, mas não ganhou nenhum novo território. O rei dinamarquês Érico visitou a Estônia em 1249 e a esquadra dinamarquesa esteve em Lindanisse em 1268 e 1270 devido às ameaças russas e lituanas.

O poder militar local estava baseado em vassalos poderosos do rei dinamarquês, que recebiam grandes porções de terras em troca dos serviços militares. A maioria dos vassalos era alemã da região da Vestfália, mas outros (Clemens Esto, Otto Kivele, Odwardus Sorseferæ etc.) eram anciãos locais estonianos. O cronista Ditleb Alnpeke (1290) reclama que o rei da Dinamarca aceita os estonianos como seus vassalos. Em 1248, os vassalos e os burgueses de Lindanisse já possuíam um corpo legislativo local ritterschaft.

Enquanto a província estava dividida entre o partido pró-dinamarqueses (bispo Olavo de Lindanisse) e o partido pró-alemães (capitão Marquard Breide), os estonianos de Harria iniciaram uma grande revolta em 1343 (Revolta da Noite de São Jorge). Como conseqüência, a província foi ocupada pela Ordem da Livônia. Em 1346, os domínios dinamarqueses na Estônia (Harria e Virônia) foram vendidos por 10 000 marcos para a Ordem da Livônia, ignorando a promessa de Cristóvão II em 1329 de nunca abandonar ou vender seus territórios na Estônia. O rei da Dinamarca chegou a fazer declaração pública dizendo "arrepender-se" de ter quebrado aquela promessa e pediu desculpas ao Papa.

Governadores dinamarqueses da Estônia

Segue a lista de governadores:[6][7]

Referências

  1. Orrman 2003, p. 269.
  2. Lind 2004, p. 323.
  3. Paucker 1842, p. 36.
  4. Skovgaard-Petersen 2003, p. 353.
  5. Jensen 2007, p. 40.
  6. Truhart 2006, p. 278-279.
  7. Engelmann 1860, p. 236-237.

Bibliografia

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  • Engelmann, Avgust Yegorovich (1860). Chronologische Forschungen auf dem Gebiete der russuschen und livländischen Geschichte des XIII. und XIV. Jahrhunderts. Riga: Nicolai Kymmel 
  • Jensen, Janus Møller (2007). Denmark and the Crusades: 1400 - 1650. Leida: Brill 
  • Lind, John (2004). Danske korstog: krig og mission i Østersøen. Copenhague: Høst & Søn 
  • Orrman, Eljas (2003). «Rural conditions». In: Helle, Knut. The Cambridge History of Scandinavia. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Paucker, Carl Julius Albert (1842). Monumenta Livoniae Antiquae. Riga e Lípsia: Eduard Frantzen 
  • Skovgaard-Petersen, Inge (2003). «(b) The Danish kingdom: consolidation and disintegration». In: Helle, Knut. The Cambridge History of Scandinavia. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Truhart, Peter (2006). Regenten Der Nationen. Munique: Saur 

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