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Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança

Predefinição:Info/Nobre Pedro Gastão de Orléans e Bragança (Eu, 19 de fevereiro de 1913Villamanrique de la Condesa, 27 de dezembro de 2007), foi chefe do chamado Ramo de Petrópolis, um desdobramento da família imperial brasileira. Pedro Gastão pretendia, juntamente com alguns membros do ramo de Petrópolis, reaver sua pretensão à sucessão dinástica do extinto trono do Brasil, renunciada por seu pai.

Biografia

Pedro de Alcântara Gastão João Maria Filipe Lourenço Humberto Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz foi o segundo filho de Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e de Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz, neto de Isabel, Princesa Imperial do Brasil, e do príncipe Gastão de Orléans, Conde d'Eu, e bisneto do último imperador do Brasil, Pedro II. Sua mãe era uma aristocrata de origem boêmia, que contraiu bodas morganáticas com seu pai, que foi obrigado por sua mãe, a princesa Isabel, a abdicar de suas pretensões ao extinto trono brasileiro. Tal fato deu-se por Isabel considerar a nora de nobreza inferior.

Pedro Gastão com seu avô, o Conde d'Eu, durante a Primeira Guerra Mundial

Nascido durante a vigência do banimento da família imperial brasileira, na propriedade de seus avós paternos, o Castelo d'Eu, Pedro Gastão chegou ao Brasil aos nove anos de idade, no ano de 1922, quando a Lei do Banimento foi revogada pelo então presidente da república Epitácio Pessoa. Ao nascer, seu tio Luís Maria Filipe de Orléans e Bragança já detinha o título de Príncipe Imperial do Brasil e seu primo Pedro Henrique de Orléans e Bragança o de Príncipe do Grão-Pará.

Ao longo de sua adolescência, o príncipe viveu entre a França natal e o Brasil, aonde veio algumas vezes.

Pedro Gastão concluiu seus estudos na Europa e casou-se com a Infanta Maria de la Esperanza de Espanha, na Sicília, em 1944. Estabeleceu-se no Brasil a partir da Segunda Guerra Mundial e foi viver na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Lá, se tornou uma das figuras mais populares da família imperial, principalmente após a morte de seu pai. Morando no Palácio do Grão-Pará, antigo alojamento dos semanários do Museu Imperial, ele passou a ser conhecido como o "Príncipe de Petrópolis".

Nessa época, Pedro Gastão passou a empenhar-se na anulação do documento em que seu pai abdicou da linha sucessória imperial. Graças a isso, a família imperial dividiu-se em dois ramos: o chamado "Ramo de Petrópolis" e o "Ramo de Vassouras", que abrigava os primos de Pedro Gastão e cujos direitos dinásticos são reconhecidos pela maioria dos monarquistas e pelas casas reais estrangeiras.

O príncipe dirigiu a Companhia Imobiliária de Petrópolis até o final do século XX. Ainda na cidade serrana de Petrópolis, na década de 1950, adquiriu o jornal Tribuna de Petrópolis, fundado em 1902, e atualmente administrado por seu filho, Francisco de Orleans e Bragança.[1][2]

Como morador de Petrópolis, Pedro Gastão tornou-se uma espécie de embaixador da causa monárquica e representante vivo do passado imperial do Brasil. Acumulou nos arquivos de sua residência milhares de documentos e obras de arte que até hoje ajudam a contar a história da dita "Cidade Imperial". Era Pedro Gastão também quem recebia os presidentes da república em vilegiatura na cidade. Ele orgulhava-se de haver conhecido todos os chefes de estado brasileiros, desde Epitácio Pessoa até Fernando Henrique Cardoso.

No início da década de 1990, durante o plebiscito em que o povo brasileiro deveria optar pela monarquia ou pela república, Pedro Gastão foi um dos mais empenhados na campanha pela monarquia. Mas com a derrota da causa, o príncipe afastou-se do país e desautorizou a iniciativa de alguns correligionários de fundar um partido monarquista no Brasil. Com o avanço da idade, Pedro Gastão retirou-se para a propriedade de sua esposa, em Villamanrique, próximo de Sevilha, na Espanha.

Os últimos anos de vida do casal foram passados na propriedade da Infanta, onde ambos faleceram. Pedro Gastão morreu na madrugada do dia 27 de dezembro de 2007, aos 94 anos de idade, e foi sepultado no dia seguinte, na capela de Villamanrique de la Condesa.

Títulos e honrarias

Títulos e estilos

  • 19 de fevereiro de 1913 – 29 de janeiro de 1940: Sua Alteza Real, o Princípe Pedro Gastão de Orléans e Bragança
  • 29 de janeiro de 1940 – 27 de dezembro de 2007: Sua Alteza Real, o Princípe Títular de Orléans e Bragança

Honrarias

Predefinição:BRA1822
Ordre national de la Croix du Sud Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul (1946)[3]
Ordre de Pierre Ier Grã-Cruz da Imperial Ordem de Pedro Primeiro (1946)[3]
Ordre de la Rose Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa (1946)[3]
Predefinição:Flagicon image Reino das Duas Sicílias
Ordre de Saint-Janvier Cavaleiro da Ordem de São Januário (1960)[3]
Ordre sacré et militaire constantinien de Saint-Georges Grã-Cruz da Sagrada e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge[3]
Predefinição:Flagicon image Reino de Espanha
Real Maestranza de Caballería de Séville Cavaleiro da Real Maestranza de Caballería de Sevilha[3]
Predefinição:Flagicon image Reino da Grécia
Ordre du Sauveur Grã-Cruz da Ordem do Salvador[3]
Predefinição:Flagicon image Ordem de Malta
Ordre souverain militaire hospitalier de Saint-Jean de Jérusalem, de Rhodes et de Malte Grã-Cruz de Honra e Devoção da l'Ordem Soberana de Malta (1966)[3]
Predefinição:Flagicon image Reino de Portugal
Ordre du Christ Grã-Cruz da Ordem de Cristo[3]

Descendência

Pedro Gastão e Maria da Esperança tiveram seis filhos:[4]

Ancestrais

  1. REDIRECT Predefinição:Ahnentafel top
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. Luís Filipe I de França
 
 
 
 
 
 
 
8. Luís de Orléans, Duque de Nemours
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Maria Amélia de Bourbon-Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
4. Gastão de Orléans, Conde d'Eu
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota
 
 
 
 
 
 
 
9. Vitória de Saxe-Coburgo-Koháry
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19. Maria Antônia de Koháry
 
 
 
 
 
 
 
2. Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. Pedro I do Brasil
 
 
 
 
 
 
 
10. Pedro II do Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21. Maria Leopoldina de Áustria
 
 
 
 
 
 
 
5. Isabel, Princesa Imperial do Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22. Francisco I das Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
11. Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. Maria Isabel da Espanha
 
 
 
 
 
 
 
1. Pedro Gastão de Orléans e Bragança
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. Johann Wenzel Dobrzensky de Dobrzenicz
 
 
 
 
 
 
 
12. Johann Nepomuk Dobrzensky de Dobrzenicz
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25. Maria Anna Pergler von Perglas
 
 
 
 
 
 
 
6. Jan Vaclav II, conde de Dobrzensky
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. Josef Joachim Wanczura von Rzehnicz
 
 
 
 
 
 
 
13. Maria Friederike Wanczura von Rzehnicz
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Maria Friederike La Motte von Frintropp
 
 
 
 
 
 
 
3. Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. Josef Johann Kottulinsky von Kottulin
 
 
 
 
 
 
 
14. Josef Kottulinsky von Kottulin
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29. Josefa Katzianer von Katzenstein
 
 
 
 
 
 
 
7. Elisabeth Kottulinsky von Kottulin
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30. Franz Anton von Attems-Heiligenkreuz
 
 
 
 
 
 
 
15. Adelheid von Attems-Heiligenkreuz
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31. Ernestine Khuen de Belasi de Lichtenberg e Gandegg
 
 
 
 
 
 
  1. REDIRECIONAMENTO Predefinição:Fim

Ver também

Referências

  1. Oazinguito Ferreira (18 de maio de 2008). «Jornais do interior em Petrópolis». Petrópolis no Século XX. Consultado em 4 de janeiro de 2018 [ligação inativa]
  2. «Dom Francisco de Orleans e Bragança». Mapa de Cultura do Rio de Janeiro. Consultado em 4 de janeiro de 2018 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 3,8 Predefinição:Lien web
  4. «A Casa Imperial do Brasil». www.gabriel.soledade.nom.br. Consultado em 17 de novembro de 2017 
  5. «Person Page». www.thepeerage.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 
  6. «Person Page». www.thepeerage.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 
  7. Época A casa de veraneio da princesa Isabel, em Petrópolis, é restaurada e transformada em centro culturalArquivado em 23 de maio de 2009, no Wayback Machine.)
  8. «Person Page». www.thepeerage.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 
  9. «Person Page». www.thepeerage.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 
  10. «Person Page». www.thepeerage.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 
  11. «Person Page». www.thepeerage.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 

Predefinição:Pretendentes ao trono brasileiro

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