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O Doge (do latim dux, "chefe") era o dirigente máximo da República de Veneza.
Prerrogativas
O doge era o primeiro magistrado da república veneziana. Os seus atributos simbólicos eram ainda reminiscências do Império Bizantino.
Os venezianos procuraram sempre limitar o poder dos doges, através, por exemplo, do promissio ducalis, uma carta de princípios e promessas que deviam jurar na data de entrada em funções. O texto foi fixado em 1172, quando foi eleito Enrico Dandolo ; foi alvo de alterações em 1192 e 1229. A partir deste último ano, a eleição do doge ficou submetida ao exame do Celhos dos Cinco Correctores. A partir de 1501, a promissio foi lida todos os anos ao doge em funções. Em 1646, a dogeza (a mulher do doge) foi interdita à coroação. Durante o século XVII, os membros da família do doge estavam interditos na magistratura e embaixadas venezianas.
O primeiro título de doge em Veneza foi dado no século IX como dux Veneciarum ("chefe dos Venezianos"), título que se manteve durante toda a existência do cargo.
Do século IX ao século XII, os doges juntaram ao título os de dux Croatorum ("chefe dos Croatas"), dux Dalmatinorum (chefes dos Dálmatas), totius Istriæ dominator (" soberano de toda a Ístria"), dominator Marchiæ ("soberano das Marcas"), traduzindo assim o domínio veneziano no mar Adriático. Em 1095, o epitáfio do doge Vitale Faliero de' Doni proclamava-o mesmo rex et corrector legum ("rei e promulgador das leis").
Enrico Dandolo, no fim do século XII, intitulava-se dominator quarte et dimidie partis totius Imperii Romanie ("soberano de um quarto e meio de todo o Império Romano"). O título prolongou-se até 1356 e foi abandonado por Giovanni Delfino.
Lista de doges de Veneza
Ver também
Bibliografia
- Philippe Braunstein e Robert Delort, Venise, portrait historique d'une cité, Paris, Seuil, 1971
- Tramezzinimag : lista de doges venezianos