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Diocese de Campina Grande

Diocese de Campina Grande
Campinae Grandis
Localização
País Brasil
Arquidiocese metropolitana Arquidiocese da Paraíba
Estatísticas
Área 19.836,51 km²
Informação
Rito Romano
Criação 14 de maio de 1949 (75 anos)
Governo da diocese
Bispo Dulcênio Fontes de Matos
Jurisdição Diocese
Página oficial diocesecg.org
dados em catholic-hierarchy.org

A Diocese de Campina Grande (em latim Dioecesis Campinae Grandis) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil, pertencente à Província Eclesiástica da Paraíba e ao Conselho Episcopal Regional Nordeste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sendo sufragânea da Arquidiocese da Paraíba. A episcopal está na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Campina Grande, no estado da Paraíba.

Histórico

A Diocese de Campina Grande foi erigida a 14 de maio de 1949, pelo Papa Pio XII, desmembrada da Arquidiocese da Paraíba.

A Diocese de Campina Grande foi criada a 14 de maio de 1949, através de um documento Papal chamado Bula, com o título “Supremum Universi” do Papa Pio XII, desmembrada da Arquidiocese da Paraíba, pertencendo ao Regional Nordeste 2 da CNBB.

A Diocese de Campina Grande está entre as cinco dioceses da Província Eclesiástica da Paraíba: A Arquidiocese da Paraíba com sede em João Pessoa - criada em 1892; a Diocese de Cajazeiras, criada em 1914; a Diocese de Patos, criada em 1959 e a Diocese de Guarabira criada em 1980.

O primeiro bispo desta diocese foi Dom Frei Anselmo Pietrulla, vindo da Prelazia de Santarém, no Pará. Ele tomou posse no dia 13 de novembro de 1949, um dia após a instalação da Diocese e ficou até 1955, quando foi transferido para a Diocese de Tubarão (Santa Catarina), onde morreu como bispo emérito em 25 de Maio de 1992.

A 19 de maio de 1956, o Papa Pio XII nomeou para a Diocese de Campina Grande seu segundo bispo, Dom Otávio Barbosa Aguiar, antes bispo auxiliar de São Luís (Maranhão), tendo ele governado até ser transferido, em 8 de julho de 1962, para a Diocese de Palmeira dos Índios (Alagoas), onde governou até renunciar em 29 de março de 1978, tornando-se bispo emérito e residindo em Maceió até sua morte ocorrida em 8 de dezembro de 2004.

O Papa João XXIII nomeou Dom Manuel Pereira da Costa, antes bispo da Diocese de Nazaré da Mata (Pernambuco), que tomou posse como terceiro bispo de Campina Grande a 30 de setembro de 1962, ficando no pastoreio até 1981, quando renunciou por motivos de saúde. Primeiro bispo emérito de Campina Grande, viveu os últimos anos de vida no Lar da Providência em João Pessoa (Paraíba) após um longo período de enfermidade e morreu no dia 26 de julho de 2006, sendo sepultado no cemitério do Senhor da Boa Sentença em João Pessoa.

O Papa João Paulo II, aos 12 de setembro de 1981, nomeou Dom Luís Gonzaga Fernandes, antes bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória (Espírito Santo), como quarto bispo diocesano de Campina Grande, cargo do qual tomou posse a 17 de outubro de 1981. No dia 29 de agosto de 2001 o Papa João Paulo II aceitou a renúncia de Dom Luís Fernandes. Após passar dois anos enfermo Dom Luís Fernandes morreu em João Pessoa no dia 4 de abril de 2003. Seu corpo foi sepultado à frente do altar de Santa Teresinha do Menino Jesus na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Conceição em Campina Grande.

Em 12 de julho de 2000, João Paulo II, nomeou como bispo coadjutor da diocese, Dom Matias Patrício de Macedo que assumiu sua missão em 22 de setembro de 2000, transferindo-o da Diocese de Cajazeiras. No dia 29 de agosto de 2001 Dom Matias foi nomeado quinto bispo diocesano de Campina Grande e governou até 26 de novembro de 2003 quando foi promovido a arcebispo e transferido para a Arquidiocese de Natal (Rio Grande do Norte).

No dia 16 de fevereiro de 2005, o Papa João Paulo II, nomeou Dom Jaime Vieira Rocha como sexto bispo de Campina Grande, transferindo-o da Diocese de Caicó (Rio Grande do Norte). Dom Jaime passou a exercer o seu ministério episcopal à frente do nosso governo diocesano no dia 23 de abril de 2005. No dia 21 de dezembro de 2011, o Papa Bento XVI, o nomeou como sexto arcebispo metropolitano de Natal transferindo-o da Diocese de Campina Grande.

No dia 8 de agosto de 2012 o Papa Bento XVI nomeou Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz o sétimo bispo de Campina Grande, transferindo-o da Diocese de Caicó. Dom Delson tomou posse em concelebração na Catedral Diocesana de Campina Grande no dia 29 de setembro de 2012. No dia 08 de março de 2017, o Papa Francisco, o nomeou como sétimo Arcebispo Metropolitano da Paraíba transferindo-o da Diocese de Campina Grande.

No dia 11 de outubro de 2017 - aniversário de 153 anos de emancipação política de Campina Grande - o Papa Francisco nomeou Dom Dulcênio Fontes de Matos o oitavo bispo de Campina Grande, transferindo-o da Diocese de Palmeira dos Índios no Estado das Alagoas.

Demografia

Em 2011, a diocese contava com uma população aproximada de 913.499 habitantes. Coloquem a demografia completa, nomeando cada município a qual pertence a nossa diocese... O território da diocese é de 19.836,51 km², organizado em 58 Paróquias e 1 Quase-paróquia.

Bispos

Bispos responsáveis pela diocese:[1]

Nome Período Notas
Bispos
Dom Dulcênio Fontes de Matos 2017
Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, O.F.M.Cap. 20122017 Nomeado Arcebispo da Paraíba.
Dom Jaime Vieira Rocha 20052011 Nomeado Arcebispo de Natal.
Dom Matias Patrício de Macêdo 20012003 Nomeado Arcebispo de Natal.
Dom Luís Gonzaga Fernandes 19812001 Renunciou por limite de idade.
Dom Manuel Pereira da Costa 19621981 Renunciou.
Dom Otávio Barbosa Aguiar 19561962 Nomeado Bispo de Palmeira dos Índios.
Dom Frei Anselmo Pietrulla, O.F.M. 19491955 Nomeado Bispo de Tubarão.
Bispo-coadjutor
Dom Matias Patrício de Macêdo 20002001

Uma Igreja em Permanente Mudança...

* Pe. José Assis Pereira Soares

O Concilio Vaticano II afirma o estado de “reforma permanente” da Igreja: “A Igreja peregrina é chamada por Cristo a essa reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma.” (“Unitatis Redintegratio” 6) Acredito que a melhor palavra para definir a Igreja de Campina Grande sem ufanismo é esta sob o cenário do Concilio: “Igreja em permanente mudança”.

Sendo assim devemos nos colocar, bispo, padres e ministros leigos, sob o dinamismo dessa história em permanente construção. E quem sabe aproveitarmos o próximo quinquênio que nos prepara para a celebração dos 70 anos da criação desta diocese para vivenciarmos um processo de “avaliação” e “construção” de um novo projeto pastoral e de redefinição, ou melhor, de maior consciência da nossa própria identidade e missão como Igreja na contemporaneidade.

Se nas décadas passadas a mudança, social e eclesial, parecia lenta, hoje em tempos de pós-modernidade a mudança da Igreja é mais urgente diante da acelerada e contínua transformação social. A sociedade moderna é uma sociedade que se sabe histórica, que não põe no centro a ideia do “ser imutável”, mas a ideia de um “ser-no-devir; é uma cultura que pensa a identidade não como um permanecer num elemento adquirido uma vez por todas, mas como construção progressiva de uma identidade jamais concluída, o “espírito da eterna revisão” que falam os pensadores, permeia todos os âmbitos sociais (economia, trabalho, política, vida pessoal etc.) e também a Igreja é inspirada nesse pensamento: a identidade eclesial é uma identidade sempre em mudança; buscando uma resignificação, a Igreja não é uma instituição sempre igual a si mesma, mas é uma realidade que se estende no tempo, que sempre se inculturou nas diversas culturas ao longo de sua história nos povos e nações onde ela se fez presente, uma Igreja que vive na história. Como toda outra instituição humana, ela vive do tempo, teve uma origem, um processo de institucionalização progressiva e uma trajetória histórica, uma evolução.

Percebemos nestas seis décadas de história da nossa diocese duas grandes etapas vividas: A etapa da criação e estruturação da diocese, marcada pela condução pastoral dos seus dois primeiros bispos (Dom Anselmo Pietrula (1949-1955) e Dom Otávio Barbosa Aguiar (1955-1962)) cuja prática pastoral é quase que voltada totalmente para sua dinâmica interna: instalar congregações religiosas, escolas católicas, seminário diocesano, criação de paróquias... A Igreja nesta etapa de sua história relaciona-se com as autoridades e pede o seu apoio para desenvolver algumas de suas atividades essenciais. Mas a Igreja-Instituição e o povo estão um tanto distantes! Nesta época houve por parte da Igreja de Campina Grande um compromisso com a caridade, mas com a atuação assistencialista e paternalista próprias daquele tempo, mas não com um compromisso efetivo com os pobres no esforço de fazê-los sair da situação de abandono em que se encontravam.

A segunda etapa da história da Igreja de Campina Grande é marcada pelos bispos Dom Manuel Pereira da Costa (1962-1981) e Dom Luís Gonzaga Fernandes (1981-2001). A partir do Concílio Vaticano II, a Igreja Católica entra em um dinamismo novo e num processo de adaptação ao mundo moderno e a Igreja de Campina Grande procurou estar atenta aos ventos novos, aos novos clamores, aos novos desafios. O compromisso pastoral da Igreja Campinense vai então superar a visão ou o seu caráter anteriormente moralizador, e vai se constituindo num compromisso com o pobre, o injustiçado. Vai percebendo que deve colocar-se como “a voz daqueles que não tem voz”, como uma instituição crítica da sociedade civil vai se tornando uma Igreja com imensa autoridade por sua coragem de denunciar as injustiças e por solidarizar-se com as numerosas vítimas da sociedade desigual nesta região da Paraíba.

A partir de 1981 a Diocese de Campina Grande tem uma nova ênfase na sua atividade pastoral, com o processo de crescimento de nossas cidades, além do compromisso com os pobres orientou sua ação pastoral na perspectiva da organização das pequenas comunidades cristãs, sobretudo as CEB’s (Comunidades Eclesiais de Base) como espaços de formação e educação da fé do povo, que permitiram ao povo chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso sócio transformador em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos; espaço onde os cristãos integravam a Palavra de Deus, a celebração da fé, a realidade e o compromisso social, sendo o próprio leigo protagonista da ação evangelizadora e de uma nova história.

A Igreja de Campina foi gradativamente, a partir da chegada de Dom Luís, saindo de sua postura de tutora dos pobres para ser solidária com seus esforços na sua luta. É uma Igreja comprometida com os pobres! É uma Igreja libertadora! Ao dizer “adeus” à diocese de Campina Grande Dom Luís fez a seguinte avaliação ou projeção: “Campina é hoje uma Igreja moderna, com grandes apelos e enormes potencialidades. Duas realidades distintas compõem o seu perfil: a bela cidade, famosa no país, e o vasto semiárido do Planalto da Borborema. Os pastores do presente e do futuro terão que arregimentar forças novas para cobrir as demandas muitas e diversas dessas duas realidades humanas e pastorais... Humildemente, queria desafiar toda a nova geração de apóstolos (leigos e clérigos) a investirem o melhor de si na grande empresa.

Para conforto nosso, graças a Deus, temos ilimitados recursos e possibilidades, em nossa querida gente. A riqueza maior da nossa gente, sem dúvida, é essa fé divina que habita sua alma generosa e pura. Os nossos longos anos de labuta apostólica nos fizeram experimentar ao vivo a presença atuante do divino Espírito, como verdadeiro e misterioso construtor da sua Igreja...” (Rietveld. Pe. João Jorge (org.) – A Palavra é filha do silêncio. Campina Grande – PB – Maxgraf, 2011.)

Na primeira década deste novo milênio passamos por um breve tempo em nossa história com dois bispos: Dom Matias Patrício de Macêdo, bispo coadjutor e diocesano (2000-2003) e Dom Jaime Vieira Rocha (2005-2011), que pela própria exiguidade do tempo, não tiveram condições de imprimir uma marca mais significativa em nossa pastoral, caracterizando-se esse período como de transição para Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMcap. (2012...) que conduz agora esta Igreja campinense.

Num tempo para muitos pastores e fieis de apatia, desilusão e desencanto sobre o futuro da Igreja, num período no qual os sinais de desconforto e cansaço pastoral se multiplicam e são por alguns com facilidade negados ou subestimados, somos desafiados pela “primavera da Igreja” com o Papa Francisco a sair do imobilismo tradicional, a superar o modelo centralizador da Igreja e assumirmos uma atitude ativa de saída, “uma Igreja em saída”.

A Encíclica programática “Evangelii Gaudium”; as conclusões da Assembleia do Episcopado Latino-americano e Caribenho, “Documento de Aparecida”; e o Documento 100 da CNBB “Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia”, fala-nos de uma conversão pastoral, uma mudança de mentalidade para uma atividade evangelizadora que dialogue com a multiculturalidade da cidade grande ou dos grandes núcleos urbanos em continua expansão; que não tenhamos medo do pluralismo e do fato de que a mensagem da Igreja não seja mais a única referência cultural da cidade e, com frequência nem sequer seja ouvida.

Convida-nos ainda a ser uma Igreja sensível à religiosidade do nosso povo, uma Igreja que sai de si mesma, que não espera que as pessoas venham até ela, mas que sai ao encontro de todos na medida de suas possibilidades, uma “Igreja samaritana”, que quer estar a serviço de todos, principalmente dos mais pobres e marginalizados.

Seria um bom propósito a nos embalar numa nova etapa da nossa história, aproveitar o próximo quinquênio, como preparação para os 70º aniversário da criação da nossa Diocese, neste contexto sociocultural e religioso profundamente mudado, com o nosso bispo Dom Frei Manoel Delson, OfmCap., todas as estruturas pastorais, ministros ordenados e leigos, pastorais, movimentos e demais forças vivas da evangelização, nos empenharmos na construção de uma nova etapa desta Igreja: Indo além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral missionária (cf. DAp 370), ratificando e potencializando a opção preferencial pelos pobres (cf. DAp 396) e com coragem abandonarmos as ultrapassadas estruturas e práticas pastorais anacrônicas que já não favoreçam a transmissão da fé (cf. DAp 365).

Que pela ação do Espírito Santo, força da fé e do Evangelho, a proteção da Senhora da Conceição e com criatividade façamos de nossa Igreja Campinense, nos próximos anos da sua história um sinal do Reino de Deus aqui na Borborema. Pois “não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte.” (Mt 5,14)

* Vigário Geral da Diocese de Campina Grande

Dados estatísticos

  • Área Territorial: 19.836,51 km²
  • População: 913.499 Hab
  • Densidade Demográfica: 46,05 Hab/km²
  • Municípios: 61
  • Foranias: 06
  • Paróquias: 58
  • Quase-Paróquias (Área Pastoral): 1
  • Bispo Diocesano: 1
  • Presbíteros do Clero Diocesano (Secular): 80
  • Presbíteros do Clero Religioso (Regular): 22

Referências

  1. Cheney, David M. (2019). «Diocese of Campina Grande». The Hierarchy of the Catholic Church: Current and historical information about its bishops and dioceses. Consultado em 10 de julho de 2019 

Ligações externas

Predefinição:Dioceses da Paraíba

Small Mitre.svg Circunscrições eclesiásticas católicas do Brasil — Regional Nordeste II
(Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas)
Bandeira de Pernambuco.svg

Bandeira da Paraíba.svg

Bandeira do Rio Grande do Norte.svg

Bandeira de Alagoas.svg

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