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Dinho (cantor)

Disambig grey.svg Nota: Se procura outros significados para Dinho, veja Dinho (desambiguação).
Dinho
Dinho-mamonas.jpg
Show em Fortaleza, Ceará, em 1995
Informação geral
Nome completo Alecsander Alves Leite
Também conhecido(a) como Dinho
Nascimento 5 de março de 1971[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de nascimento Irecê, Bahia
Morte 2 de março de 1996 (24 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de morte São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) Hard rock, rock cômico
Ocupação(ões) Cantor, apresentador, compositor, músico e humorista
Instrumento(s) Vocal e violão
Período em atividade 1989-1996
Gravadora(s) EMI
Afiliação(ões) Utopia
Mamonas Assassinas

Alecsander Alves Leite[1][2] (Irecê, 5 de março de 1971São Paulo, 2 de março de 1996), mais conhecido como Dinho, foi um cantor, apresentador, compositor, humorista e músico brasileiro, vocalista da banda Mamonas Assassinas.

Biografia

Dinho nasceu em Irecê, na Bahia, mas com apenas dois meses de vida migrou com os pais, Hildebrando Alves e Célia Ramos, para Guarulhos, em São Paulo, onde a família buscaria um futuro melhor. Seu apelido foi dado pela avó materna, Carmen Ramos, de origem espanhola, que não conseguia pronunciar Alecsander e por isso o apelidou de Dinho.

Carreira

Começou a cantar ainda na infância, e aos cinco anos de idade já era a grande atração do coral infantil da igreja que frequentava. Ainda durante a infância, teve suas primeiras aulas de canto na igreja Assembleia de Deus de Guarulhos em Vila Barros (Ministério de Madureira), dadas pelo professor Donizete Severo. Em 1993, o professor de canto morreu em um acidente na fábrica em que trabalhava e desde então Dinho nunca mais voltou à igreja.

Desde a infância seu carisma era notável. Na escola, Dinho fazia sucesso com as meninas e era um verdadeiro terror para diretores e professores. Certa vez, em uma reunião de pais e mestres, uma professora desabafou para o pai de Dinho: "Botei o Dinho no fundo da sala, e ele não deixou ninguém do fundão estudar. Então o passei para o meio, e ele começou a incomodar os alunos da frente e os de trás. Então decidi colocá-lo na primeira fila, mas aí ele não me deixou dar aula. O que eu faço?". Aos dezessete anos, após ser eleito Garoto Verão de Guarulhos, vencer um concurso de dança no Programa Silvio Santos, do SBT, e se apresentar algumas vezes no Perdidos na Noite, da Rede Bandeirantes, Dinho completou o segundo ano do segundo grau e decidiu largar os estudos.

Em julho de 1989, Dinho estava assistindo um show da banda Utopia, formada à época por Sérgio Reoli, Samuel Reoli e Bento Hinoto no Parque Cecap, em Guarulhos, quando subiu ao palco para cantar a música "Sweet Child O' Mine", dos Guns N' Roses. Apesar de não saber cantar em inglês, seu carisma e sua presença de palco lhe garantiram o posto de novo vocalista do grupo, que posteriormente teria Márcio Araújo (tecladista) e Júlio Rasec (Então percussionista, posteriormente tecladista) como integrantes. A banda fazia pequenos shows em Guarulhos, especialmente no Parque Cecap, porém as músicas sérias do Utopia jamais fizeram o sucesso que os músicos esperavam. O fracasso pareceu ficar mais nítido em 1992, quando o LP da banda vendeu menos de cem cópias. Apesar das adversidades, Dinho não desistiu, e chegou a ir até a prefeitura de Guarulhos pedir para que o Utopia fizesse um show na inauguração do Ginásio Paschoal Thomeu, em Guarulhos. O fato de ser um completo desconhecido fez com que Dinho fosse destratado e humilhado pelos responsáveis do evento, que recusaram de maneira hostil a participação do Utopia na inauguração do ginásio.

Chegou a trabalhar como office boy e como animador de comícios, especialmente para o vereador Geraldo Celestino, fazendo imitações cômicas de celebridades como Maguila, Silvio Santos e Luiz Inácio Lula da Silva. Em meados de 1992, começou a trabalhar como apresentador de um quadro musical do extinto programa Sábado Show, da Record, que era comandado pelo ex-sogro Savério Zacanini, que foi o responsável por dar as primeiras oportunidades de Dinho e da banda Utopia se apresentarem na televisão.

Com o passar do tempo, Dinho acabou percebendo que seu lado cômico e algumas músicas de brincadeira faziam mais sucesso do que as músicas sérias do Utopia. Após uma gravação despretensiosa das músicas "Mina" (que posteriormente seria reescrita e rebatizada como "Pelados em Santos") e "Robocop Gay", o grupo Utopia acabou sendo convencido pelo produtor Rick Bonadio a trocar o rock sério pela música cômica, e assim, em 1995, surgiu o grupo Mamonas Assassinas.

Com o sucesso instantâneo, inesperado e arrebatador que o grupo Mamonas Assassinas teve em 1995, Dinho passou de um completo desconhecido para frontman da banda mais popular do Brasil, tornando-se uma das celebridades mais assediadas do país em questão de semanas. Com a fama, conheceu alguns de seus ídolos, como Humberto Gessinger, Chitãozinho & Xororó, Roberto Leal e Morten Harket, vocalista da icônica banda A-ha, com quem Dinho e os Mamonas Assassinas dividiram o palco em um show na casa noturna Toco Dance Club, tocando o clássico hit "Take on Me".

Em 6 de janeiro de 1996, os Mamonas Assassinas voltaram para Guarulhos para realizar um inesquecível show no Ginásio Paschoal Thomeu, onde foram humilhados anos antes. Antes da apresentação como Mamonas Assassinas, os cinco integrantes da banda subiram ao palco sem as famosas fantasias e fizeram um show como se fossem Utopia, tocando as músicas "Será", do Legião Urbana, "Bichos Escrotos", dos Titãs e "Horizonte Infinito", música do fracassado disco do Utopia. Em tom irônico, Dinho agradeceu aos Mamonas Assassinas pela chance de realizar o sonho do Utopia de tocar no ginásio. Em seguida, eles foram ao camarim para vestir as fantasias de presidiário e voltar ao palco como Mamonas Assassinas. No fim do show, Dinho sentou-se no palco e num raro momento de seriedade fez um desabafo para o público: "Há cinco anos eu estava aí, no meio de vocês, querendo estar aqui. E as pessoas olhavam pra mim e diziam: 'É impossível chegar até aqui'(...) Nós somos a banda Mamonas Assassinas, de Guarulhos, e levamos o nome dessa cidade pelo país e fora. E vamos levar o nome dessa cidade pro exterior também! Porque a gente ainda é daqui. O sucesso não sobe na cabeça das pessoas. Sobe apenas na cabeça das pessoas fracas. E nós não somos pessoas fracas. Se a gente fosse fraco, nós teríamos desistido há cinco anos, quando as pessoas diziam que a gente nunca ia chegar até aqui. Mas nós estamos aqui!(...)

Morte

Disambig grey.svg Nota: Artigo Para ver o artigo do acidente, veja Acidente do Learjet 25D prefixo PT-LSD em 1996.

Em 2 de março de 1996 as 21h58, Dinho e outros integrantes do grupo Mamonas Assassinas, partiram após um show em Brasília partiram em um Learjet 25D prefixo PT-LSD com destino a Guarulhos, na grande São Paulo.[3]A aeronave perto do destino, arremeteu em contato com a torre de controle, após o piloto informar que havia condições visuais para tal. Foi realizada, então, uma curva para a esquerda, mas a direção correta para chegar ao aeroporto era à direita.[4]E cerca das 23h16 o avião em que o grupo estava colidiu na Serra da Cantareira, no norte da cidade de São Paulo.[5]

Homenagens

Em 10 de janeiro de 1996, foi homenageado, ainda em vida, com o título de "Cidadão Emérito de Dracena".[6]

Póstumas

Em 2008, foi interpretado por Fabrízio Teixeira no especial Por Toda Minha Vida - Mamonas Assassinas, que concorreu ao Emmy Internacional de melhor programa artístico.

Em 2016, foi interpretado por Ruy Brissac na peça "O Musical Mamonas". Ruy Brissac voltou a interpretá-lo em Mamonas Assassinas - A Série, realizada em parceria com a RecordTV, com roteiro de Carlos Lombardi e direção de Léo Miranda.[7][8] E virou nome de ruas, Rua Alecsander Alves (nome de batismo do Dinho), em Juiz de Fora (MG) e no bairro Villa Barros em Guarulhos(SP)[9][10].[11]

Em 2019, foi inaugurado uma praça na sua cidade natal de Irecê, o cantor foi eternizado com a instalação de uma escultura de corpo inteiro, em um ato que contou com a presença dos seus pais, Hildebrando Alves e Célia Ramos, que presenciaram apresentações da Orquestra Sinfônica de Irecê e da banda cover do Mamonas Assassinas, composta por artistas locais.[12]

Discografia

Com o Utopia

Álbum demo

Com os Mamonas Assassinas

Álbuns de estúdio

Coletâneas

Álbuns ao vivo

Ver também

Referências

  1. «Família de Dinho dos Mamonas Assassinas coloca propriedade à venda na TV». Notícias da TV (em português). 11 de agosto de 2019. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  2. «Mamonas Assassinas». especiais.opovo.com.br (em português). Consultado em 6 de agosto de 2022 
  3. «Mamonas Assassinas: o acidente que matou o grupo em 1996 nas páginas do Estadão - Notícias». Estadão (em português). Consultado em 13 de agosto de 2022 
  4. Miranda, Igor (2 de março de 2021). «O que causou o acidente de avião que matou os Mamonas Assassinas». Igor Miranda (em português). Consultado em 13 de agosto de 2022 
  5. «26 anos sem Mamonas Assassinas: inexperiência e exaustão do piloto causaram o acidente aéreo». Revista Cifras (em português). 2 de março de 2022. Consultado em 13 de agosto de 2022 
  6. «Mamonas Assassinas ainda marcam o Oeste Paulista, 20 anos após tragédia». Jornal Tijucas. Consultado em 14 de outubro de 2018 
  7. Dehò, Maurício (7 de agosto de 2019). «Série dos Mamonas Assassinas na Record começa filmagens em setembro e já tem elenco». UOL Entretenimento. Consultado em 6 de outubro de 2019 
  8. Vianna, Katiúscia (7 de agosto de 2019). «Mamonas Assassinas: Minissérie sobre a banda define elenco principal». AdoroCinema. Consultado em 6 de outubro de 2019 
  9. Paulo, Paulo Toledo PizaDo G1 São (2 de março de 2016). «Morte dos Mamonas Assassinas faz 20 anos: 'Não vou discutir com Deus'». Música em São Paulo (em português). Consultado em 31 de maio de 2021 
  10. «Lá onde eu moro: conheça histórias de moradores do ABCD, Osasco e Guarulhos - Especial Osasco/ABCD/Guarulhos». especial.folha.uol.com.br. Consultado em 31 de maio de 2021 
  11. Minas, Tribuna de (2 de março de 2016). «Órfãos da irreverência». Tribuna de Minas (em português). Consultado em 31 de maio de 2021 
  12. «Praça da Juventude, que leva o nome de Dinho dos Mamonas, é inaugurada em Irecê». Veja Política (em English). 3 de junho de 2019. Consultado em 13 de setembro de 2020 

Ligações externas

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