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Dia do Mestiço

Predefinição:Formatar referências Predefinição:Info/Efeméride O Dia do Mestiço foi feito data oficial do município de Manaus pela Lei n.º 934, de 6 de janeiro de 2006, sancionada pelo prefeito Serafim Corrêa e de autoria do vereador Williams Tatá, além de idealização do jornalista Assis Pinho do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (Nação Mestiça).

O Dia do Mestiço tem como patronos Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro e é data oficial também nos estados do Amazonas, da Paraíba[1] e de Roraima, bem como nas cidades de Boa Vista (RR) e Autazes (AM), onde é feriado. As leis do Dia do Mestiço reconhecem os mestiços como um grupo étnico-racial e cultural.

Antecedentes e oficialização

O Dia do Mestiço é data oficial na Paraíba, onde mais de cinquenta porcento da população se autodeclara mestiça, segundo dados do IBGE.

O dia 27 de junho, é uma referência aos 27 delegados eleitos durante a I Conferência Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ocorrida em Manaus, Amazonas, de 7 a 9 de abril de 2005, e também ao mês de junho, no qual, Helda de Sá,[2] uma mestiça cabocla amazonense, após sistemática oposição de militantes do movimento negro e indígena, cadastrou-se como a única delegada mestiça a participar da primeira Conapir – Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, ocorrida em Brasília, Distrito Federal, de 30 de junho a 2 de julho de 2005.[3]

Em 21 de março de 2006, no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, o governador Eduardo Braga sancionou a Lei n.º 3.044, de autoria do deputado Sabá Reis, com substitutivo do deputado Evilázio Nascimento e importante colaboração do deputado Belarmino Lins, tornando o Dia do Mestiço uma data oficial do Estado do Amazonas.

País em miscigenação

O Dia do Mestiço objetiva homenagear todos aqueles que possuem mais de uma origem racial no Brasil (mulatos, caboclos, cafuzos, ainocos, entre outros) e seu papel na formação da identidade nacional. A comemoração ocorre três dias após o Dia do Caboclo,[2] que foi o primeiro mestiço brasileiro.[3]

No livro Machado de Assis: Multiracial Identity and the Brazilian Novelist, o autor narra:

«O movimento multirracial faz campanha para que o IBGE mude o termo que designa cor (‘pardo’) pelo termo que designa etnia (‘mestiço’) na coleta de dados oficiais dos censos decenais.»[3]

Já no artigo «Ainda sobre a farsa racialista», de 2007 na revista Veja, o articulista Reinaldo Azevedo discorre:

«A história do Brasil de maioria negra é uma farsa montada pelos racialistas. Aí fazem um truque: dividem a sociedade entre 'negros' e 'não-negros'. E chamam de negros os pretos os pardos e de não-negros os demais. É uma piada grotesca. Os militantes racialistas sequestraram os pardos, os mestiços. (...) A queda substancial de brancos, a enorme queda de pretos e a brutal elevação de pardos podem ter muitas explicações, mas uma é inescapável, inegável, escandalosamente óbvia: a vocação racial do Brasil é a miscigenação.»[4]

No artigo «Pardos», veiculado na Folha de S.Paulo, o professor Demétrio Magnoli diz:

«Nesse Censo Escolar 2005, uma diretora de escola de Belo Horizonte 'corrigiu', por conta própria, todas as fichas de alunos que se declararam 'pardos', transformando-os em 'pretos'. A diretora trapaceou, mas o resultado que obteve é a meta de uma vertente significativa do movimento negro: a construção de uma raça negra no Brasil. Esse programa de reengenharia racial almeja "retificar" a obra do Império, passando uma borracha sobre a mestiçagem e suprimindo os 'pardos'.»[5]

O fato é que no Censo de 2010 o IBGE divulgou que os brancos deixaram de ser maioria no país, se comparados ao total das outras classificações de cor/raça. Segundo tais dados, 47,73% dos brasileiros se declararam brancos, 43,13% pardos, 7,61% pretos e 1,53% indígenas e amarelos.[6] E a população parda não para de crescer ano após ano.[6]

Predefinição:Notas

Referências

  1. Adm. da Casa Civil (9 de novembro de 2007). Governo do Estado da Paraíba http://alpb1.pb.gov.br:8082/sapl/sapl_documentos/norma_juridica/8886_texto_integral. Consultado em 11 de janeiro de 2015  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
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  4. AZEVEDO, Reinaldo (1 de outubro de 2007). «Ainda sobre a farsa racialista». Revista Veja. Consultado em 14 de outubro de 2015 
  5. MAGNOLI, Demétrio (21 de abril de 2005). «Pardos». Opinião – Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de janeiro de 2015 
  6. 6,0 6,1 VARELLA, Thiago, (29 de abril de 2011). «Brancos são menos da metade da população pela primeira vez no Brasil». Cotidiano – UOL. Consultado em 14 de janeiro de 2015 

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