Demétrio I da Macedónia | |
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Demétrio I (337 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — 283 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]), cognominado Poliórcetes, filho de Antígono I Monoftalmo e Estratonice, foi um rei da Macedônia (294–288 a.C.). Ele pertenceu à dinastia antigônida.
Família
Sua mãe se chamava Estratonice, filha de Correu (Corrhagus); ela foi casada com Demétrio, irmão de Antígono Monoftalmo, e, após a morte de Demétrio, se casou com Antígono.[1]
Demétrio Poliórcetes seria filho de Estratonice e Antígono, ou, segundo algumas versões, filho de Estratonice e Demétrio - neste caso, Demétrio, o irmão de Antígono, teria morrido quando Demétrio Poliórcetes era muito jovem, e Estratonice logo se casou com Antígono, que adotou o sobrinho como filho.[1] Outro tio de Demétrio Poliórcetes foi Márcias de Pela, irmão de Antígono Monoftalmo.[2]
Filipe foi outro filho de Estratonice e Antígono, e ganhou o nome do pai de Antígono.[1] Filipe, porém, morreu antes de Antígono, deixando Demétrio como o único herdeiro.[3]
Antes de ser rei
Demétrio tinha uma grande afeição tanto por seu pai quanto por sua mãe; conforme uma anedota contada por Plutarco, uma vez Antígono recebia embaixadores estrangeiros, e Demétrio, vindo de uma caçada, chegou e cumprimentou o pai, mantendo as armas da caçada. Antígono comentou então com os embaixadores para observar a relação dele com o filho, indicando que a harmonia e a confidência mútua eram causas da força e segurança do reino. Dos sucessores de Alexandre, apenas os descendentes de Antígono não viram conflitos entre pai e filho por várias gerações, até a época de Filipe V da Macedônia, que executou o próprio filho. O que era comum nas outras famílias, o assassinato de filhos, mães e esposas, não ocorreu na dinastia antigônida, os únicos crimes sendo o fratricídio que, ainda segundo Plutarco, são quase como um postulado da geometria, uma necessidade para garantir a segurança do príncipe herdeiro.[4]
Quando houve a fragmentação do império construído por Alexandre e seu pai Antígono foi atacado, no quarto ano da 119a olimpíada, Demétrio escapou, fugindo para Éfeso.[5]
Após a morte de Pérdicas, Ptolemeu, que receberia mais tarde o epíteto de Sóter, conquistou a Síria e a Fenícia, recebeu Seleuco, filho de Antíoco, que tinha sido exilado por Antígono Monoftalmo, e se aliou a Cassandro, filho de Antípatro, e Lisímaco, que governava a Trácia, para fazerem frente a Antígono Monoftalmo, por pressentir que o poder de Antígono era perigoso a todos.[6]
Antígono se preparou para a guerra, e tomou a iniciativa quando houve uma revolta na Cirenaica que fez com que Ptolemeu tivesse que voltar-se para a Líbia. A Síria e a Fenícia foram reconquistadas, e entregues a Demétrio, cujos feitos durante a juventude haviam-lhe dado a fama de ter bom juízo, enquanto Antíoco se dirigiu ao Helesponto. Porém, após Demétrio ter sido derrotado por Ptolemeu, Antígono desistiu de cruzar o estreito, e voltou. Demétrio ainda surpreendeu um corpo de egípcios, e, com a chegada de Antígono, Ptolemeu voltou ao Egito.[7]
Ao final do inverno, Demétrio atacou Chipre e derrotou Menelau, sátrapa de Ptolemeu, e, em seguida, o próprio Ptolemeu, que veio trazer ajuda. Ptolemeu fugiu para o Egito, e foi cercado por terra e mar, respectivamente por Antígono e Demétrio. Apesar da desvantagem, Ptolomeu conseguiu resistir em Pelúsio, e Antígono desistiu de tentar conquistar o Egito. Antígono enviou Demétrio contra Rodes com uma grande frota, porém os habitantes mostraram engenhosidade e coragem diante do cerco, enquanto Ptolemeu os ajudou com todas armas à sua disposição.[8]
Antígono, tendo falhado em conquistar o Egito e Rodes, lutou em seguida contra os exércitos de Cassandro, Lisímaco e Seleuco, e perdeu a maioria de suas forças, que já estavam debilitadas pela longa guerra contra Eumenes, e morreu na batalha.[9]
Reinado
Ele reinou por dezessete anos, incluindo os dois anos, a partir do primeiro ano da 120a olimpíada, em que ele reinou junto com seu pai.[5]
Demétrio foi considerado um rei muito violento, e era muito hábil na guerra de sítio, sendo conhecido pelo epíteto de Poliórcetes, o sitiador de cidades.[5]
Fim do reinado
No quarto ano da 123a olimpíada, ele foi capturado por Seleuco I Nicátor, e enviado à Cilícia, onde foi mantido em custódia em uma maneira apropriada para um rei.[5] Quando Seleuco capturou Demétrio, que estava escondido em Rhosus, cidade que havia sido fundada por Cílix, filho de Agenor, encontrou, com ele, sua filha Estratonice, que era muito bonita, e se apaixonou por ela.[10]
Morreu no quarto ano da 124a olimpíada.[5]
Casamentos e filhos
Demétrio se casou várias vezes, tendo várias esposas ao mesmo tempo,[11] e teve vários filhos.
- Com Eurídice, uma ateniense descendente de Milcíades e viúva de Ophelas, governante de Cirene.[12]
- Corrhagus.[13]
- Com Fila, filha de Antípatro e a esposa de mais prestígio:[11]
- Antígono II Gónatas.[13]
- Estratonice,[13] casou-se com Seleuco I Nicátor e teve uma filha, Fila.[10] Depois, casou-se com Antíoco I Sóter, filho de Seleuco, com quem teve um filho, Antíoco II Theos, e duas filhas, Estratonice e Apama[14].
- Deidamia, filha de Eácides, rei dos molossos e irmã de Pirro.[15]
- Com uma mulher da Ilíria:[13]
- Um outro filho chamado Demétrio.[13]
- Com Ptolemaida,[16] filha de Ptolemeu I Sóter[17] e Eurídice, filha de Antípatro.[16]
Ver também
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio (Poliórcetes), 2.1
- ↑ Plutarco, Moralia, Frases de Reis e Comandantes, Antígono Monoftalmo [em linha]
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio (Poliórcetes), 2.2
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio (Poliórcetes), 3.1-5
- ↑ 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 Eusébio de Cesareia, Crônica, 94, Os Reis da Ásia Menor depois da morte de Alexandre, o Grande
- ↑ Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.4 [em linha]
- ↑ Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.5
- ↑ Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.6
- ↑ Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.7
- ↑ 10,0 10,1 João Malalas, Cronografia, Livro VIII [em linha]
- ↑ 11,0 11,1 Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 14.2
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 14.1
- ↑ 13,0 13,1 13,2 13,3 13,4 13,5 13,6 Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 53.4
- ↑ Eusébio de Cesareia, Crônica, 95, Os Reis da Ásia Menor depois da morte de Alexandre, o Grande
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 25.2
- ↑ 16,0 16,1 Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 46.3
- ↑ 17,0 17,1 Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 32.3