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Dança dos mascarados

Segundo dados do IBGE (2018), Poconé é uma das sub-regiões do Pantanal localizada no Estado de Mato Grosso que tem aproximadamente 32.768 habitantes, que são conhecidos como poconeanos. Seus limites geográficos são as cidades de Nossa Senhora do Livramento, Barão de Melgaço, Cáceres e o estado de Mato Grosso do Sul.



Sobre a origem da Dança dos Mascarados de Poconé, não há uma só versão, acredita-se que a manifestação é de origem indígena, através dos Beripoconés, assim eram nominados os indígenas dessa região. Embora haja pouco material contendo informações sobre ela, vale mencionar que se trata de uma manifestação religiosa e Profana, realizada em Festas de São Benedito, Festa do Divino Espírito Santo e Noite de iluminação.



A despeito disso, Figueiredo (2006), explica que todas estas festas que envolvem a religiosidade e a profana, configuram ambiente favorável à presença da Dança dos Mascarados de Poconé. Em Poconé, por muito tempo o cortejo foi uma das ações realizadas pelos mascarados descritas como fragmento ficcional da realidade, presente nas histórias e lembranças da comunidade. A movimentação do cortejo era considerada um momento especial, contava com o envolvimento e participação dos moradores, a ação era extraordinária nas atividades do grupo, realizada como parte das festividades do Divino. O cortejo era combinado e organizado previamente entre os dançantes e partilhado com a comunidade, todos podiam participar, cada indivíduo desempenhando um papel no processo no qual os elementos são recombinados. (SANTOS; HOFFMANN; JESUS, 2018).

Cabe mencionar que constituem elementos importantes da Dança dos Mascarados de Poconé personagens como o Galã (ou Galão) e as Damas; o Marcante (Sr. Daniel Martins Leão); as Máscaras e a Indumentária completa. A Banda que integra a manifestação tem como instrumentos usados na execução da sonoplastia da dança Saxofone, Tuba, Pistões, Pratos e Tambores.

No que se refere à execução propriamente dita da dança, é importante esclarecer que a apresentação é configurada mediante uma sequência pré-determinada. Tal sequência do espetáculo acontece na seguinte ordem: Entrada ou Cavalinho, Primeira, Segunda, Trança Fitas, Joaquina, Arpejada, Caradura, Maxixe de Humberto, Carango, Lundu, Vilão e Retirada. Embora todos os momentos da apresentação sejam importantes, cabe destacar que o “Trança Fitas” (semelhante à dança do Pau de Fitas, em alguns lugares) e a “Arpejada” são, geralmente, as mais esperadas da noite por parte do público espectador, devido à sua energia e vivacidade.


Segundo Amaral (2015, p. 103), após a dança das fitas, o grupo segue com apresentações e exibições de outras peças, como Lundu, damas de um lado, galãs de outro. E em seguida juntam-se os pares e rodam num círculo imaginário trocando de pares. Em cada peça formam-se novos passos e posicionamentos dos dançantes. Formações diferentes vão se formando: círculos, fileiras e aos pares, unidos pelos braços ou por lenços. Essa diversidade torna a apresentação mais atrativa.

A partir destas informações e características aqui apresentadas, reiteramos o interesse em seguir pesquisando tal manifestação folclórica brasileira, reforçando que a investigação ainda está em processo. Também cabe mencionar nossa preocupação em que a referida dança possa ser registrada e difundida, de modo que não seja esquecida.



A dança é executada exclusivamente por homens, em pares de 8 a 14 pessoas. Os trajes masculinos representam os galãs e os trajes femininos representam as damas. O marcante tem a função de conduzir a dança, e os balizas de segurar o mastro com fitas coloridas e a bandeira de São Benedito.[1]


Referências

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