𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Dalmo Dallari

Dalmo Dallari
Dalmo Dallari
Dados pessoais
Nascimento 31 de dezembro de 1931[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Serra Negra, SP, Brasil
Morte 8 de abril de 2022 (90 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
São Paulo, SP, Brasil
Alma mater Universidade de São Paulo
Prêmio(s) Prêmio Juca Pato (1980)
Profissão professor e jurista

Dalmo de Abreu Dallari (Serra Negra, 31 de dezembro de 1931São Paulo, 8 de abril de 2022)[1] foi um professor universitário e jurista brasileiro.

Professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, pela qual se formou e da qual foi diretor, foi um prolífico escritor na área do direito. Entre suas obras destaca-se Elementos de Teoria Geral do Estado.

Biografia

Dalmo nasceu na cidade paulista de Serra Negra, em 1931. Seu pai era descendente de italianos e era dono de uma sapataria. A família se mudou para a capital paulista em 1947 para que os filhos homens pudessem estudar. Dalmo cresceu ouvindo o pai explicar as matérias de jornal para o povo humilde do campo, que era analfabeto. Sua liderança política entre a população da cidade influenciou muito a vida de Dalmo. Seu tio morreu na Revolução de 1932.[2]

O hábito da leitura veio da mãe, que era uma leitora assídua e admirava autores como Castro Alves e Álvares de Azevedo. Dalmo terminou o então curso clássico em Serra Negra e já estava disposto a cursar direito quando se mudou para São Paulo. Formou-se em direito pela Universidade de São Paulo em 1957. Foi aprovado, em 1963, no concurso para livre-docente em teoria geral do estado na USP, e no ano seguinte passou a integrar o corpo docente dessa universidade.[1][2] Aposentou-se da USP em 2001.

Após o golpe de 1964, passou a fazer oposição ao regime militar. A partir de 1972, ajudou a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, ativa na defesa dos direitos humanos.[1]

Em 1974, venceu o concurso de títulos e provas para professor titular de teoria geral do estado. Foi diretor da Faculdade de Direito da USP de 1986 até 1990. Na sua gestão foi iniciada a construção do prédio anexo da Faculdade.[1]

Foi secretário dos Negócios Jurídicos da prefeitura de São Paulo de 1990 a 1992, na gestão da prefeita Luiza Erundina.[1]

Em 1996 tornou-se professor catedrático da UNESCO na cadeira de Educação para a Paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, criada na Universidade de São Paulo,[3] tendo participado de seu primeiro Congresso em 1998.

Em 2001, publicou obra pioneira acerca de perspectivas do Estado para o futuro, O Futuro do Estado, em que trata do conceito de Estado mundial, do mundo sem Estados, dos chamados Super-Estados e dos múltiplos Estados do Bem-Estar.

Morte

Dalmo morreu em 8 de abril de 2022, aos 90 anos, na capital paulista, por insuficiência respiratória.[4][5] Deixou esposa (Sueli Gandolfi Dallari, também jurista e professora na Faculdade de Saúde Pública),[6] 7 filhos, 13 netos e 2 bisnetos.[4][5] Do seu primeiro casamento, foi pai de Maria Paula Dallari Bucci e Pedro Dallari, também professores na USP.[4]

Artigos e obras

  • O município brasileiro. São Paulo: s.c.p., 1961.
  • Da atualização do Estado. São Paulo: s.c.p., 1963.
  • Elementos de teoria geral do Estado. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 1989.
  • O renascer do direito: direito e vida social; aplicação do direito, direito e política. São Paulo: José Bushatsky, 1976.
  • O pequeno exército paulista. São Paulo: Perspectiva, 1977.
  • O futuro do Estado. São Paulo: Moderna, 1980.
  • Que são direitos da pessoa. São Paulo: Brasiliense, 1981.
  • Que é participação política. São Paulo: Brasiliense, 1981.
  • Constituição e Constituinte. São Paulo: Saraiva, 1982.
  • O direito da criança ao respeito. São Paulo: Summus, 1986.
  • O Estado Federal. São Paulo: Ática, 1986.
  • Direito ambiental. Revista Politécnica. São Paulo, n. 204-205, jan./jun. 1992. p. 23-24.
  • A participação popular e suas conquistas. In: Cidadão constituinte: a saga das emendas populares. Coord. Carlos Michiles et al. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. p. 378-388.
  • O Poder Judiciário e a filosofia jurídica na nova Constituição. In: Poder Judiciário e a nova Constituição. São Paulo: Lex, 1990. p. 9-23.
  • Direitos Humanos e Cidadania
  • O poder dos juízes, ed. Saraiva
  • Os Direitos da Mulher e da Cidadã por Olímpia de Gouges, ISBN-10: 8547210792 ISBN-13: 978-8547210793

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 «Dalmo de Abreu Dallari». Universidade de São Paulo. Consultado em 20 de abril de 2017 
  2. 2,0 2,1 Circe Bonatelli (ed.). «O guia vivo dos direitos humanos». Espaço Aberto USP. Consultado em 9 de dezembro de 2014 
  3. UNESCO, International University Cooperation[ligação inativa]
  4. 4,0 4,1 4,2 «Jurista Dalmo Dallari morre em São Paulo aos 90 anos». G1. Consultado em 6 de abril de 2022 
  5. 5,0 5,1 «Morre Dalmo de Abreu Dallari, aos 90 anos». JOTA Info (em português). 8 de abril de 2022. Consultado em 11 de abril de 2022 
  6. «O Novo Diretor da Faculdade de Direito: Professor Doutor Dalmo de Abreu Dallari». Consultado em 6 de abril de 2022 

Ligações externas

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Dalmo Dallari
Ícone de esboço Este sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

talvez você goste