Da Lama ao Caos | |||||
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Da lama ao caos.jpg | |||||
Álbum de estúdio de Chico Science & Nação Zumbi | |||||
Lançamento | abril de 1994 13 de junho de 1995 1995 | ||||
Gravação | Estúdio Nas Nuvens, Rio de Janeiro-RJ, entre 1993 e janeiro de 1994 | ||||
Gênero(s) | Manguebeat | ||||
Duração | Aprox. 50 minutos. | ||||
Idioma(s) | (em português) | ||||
Formato(s) | CD/LP | ||||
Gravadora(s) | Chaos | ||||
Produção | Liminha | ||||
Cronologia de Chico Science & Nação Zumbi | |||||
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Singles de Da Lama ao Caos | |||||
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Predefinição:Críticas profissionais Da Lama ao Caos é o primeiro álbum de estúdio da banda pernambucana Chico Science & Nação Zumbi, lançado em 1994. Considerado um verdadeiro clássico da música brasileira, apresentou um som revolucionário, com canções energéticas, muito bem elaboradas, mesclando funk rock com maracatu, embolada, psicodelia e música Afro. Além disso, foi o disco que inaugurou a cena Manguebeat e foi também um dos responsáveis pela "abertura de portas" para o rock dos anos 90 exercendo uma influencia muito forte para o que surgiria depois. O álbum está na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da Rolling Stone na 13ª posição.
Gravações
Em 1993, o movimento manguebeat ganhou força e repercussão em todo o Brasil. Depois de alguns shows em Recife e região, e apenas uma apresentação em São Paulo e outra em Belo Horizonte, o grupo assina contrato com a Sony Music, em julho do mesmo ano. A banda entra em estúdio pouco tempo depois no Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, sob comando do experiente produtor Liminha. O produtor teve dificuldades iniciais por se tratar de um grupo que usava riffs de guitarra pesados, baixo no estilo funk e percussão do maracatu, sem bateria e sem pratos. Em janeiro de 1994, o álbum já estava pronto, e foi lançado em Abril. O resultado foi de difícil assimilação de público e crítica no primeiro momento. Finalmente, em 1995 o álbum chega a Disco de Ouro.
Liminha havia limpado o som da grupo, tendo frustrado alguns fãs, entusiastas da energia da banda ao vivo. Mesmo assim, "Da Lama ao Caos" progressivamente tomou espaço no cenário musical brasileiro, consolidando-se como um dos álbuns mais importantes do país. Os singles de sucesso, "A Cidade", ganha clipe, entrado na grade de exibição da MTV, pouco depois fazendo parte da trilha sonora da telenovela Global Irmãos Coragem e "A Praieira" vira trilha de Tropicaliente, ambas consequentemente tocando nas rádios.
Capa
A capa do álbum, desenvolvida pelo cineasta Hilton Lacerda, trata-se de uma colagem em que imagens parecem estar "granuladas", sendo que cada pequeno quadrado é uma colagem.[1] A contracapa traz o detalhe de uma pata de caranguejo, propositalmente aproximada de maneira excessiva para que os pixels fiquem bem visíveis e assim fique claro que ela foi desenvolvida em computador.[1]
A primeira versão da arte era em preto-e-branco, com alguns tons azulados, mas a gravadora recusou, exigindo cores, e assim nasceu a versão final.[1]
Livro
Em 2019, o álbum foi incluído no projeto "Discos da Música Brasileira", série de e-books sobre álbuns importantes da música brasileira sob a organização do jornalista Lauro Lisboa Garcia.[2] O livro lançado sobre o álbum foi intitulado “Da Lama ao Caos: que som é esse que vem de pernambuco?” (selo "Edições Sesc").[3]
Faixas
- Todas as faixas foram compostas por Chico Science, exceto onde indicado.
Versão CD
Versão LP
Lado A Predefinição:Lista de faixas
Lado B Predefinição:Lista de faixas
Ficha técnica
Chico Science & Nação Zumbi
- Alexandre Dengue - baixo
- Canhoto - caixa
- Chico Science - voz, samplers em "Lixo do Mangue"
- Gilmar Bolla 8 - alfaia
- Gira - alfaia
- Jorge du Peixe - alfaia, tonel em "A Cidade"
- Lúcio Maia - guitarras
- Toca Ogam - percussão e efeitos
Participações Especiais
- André Jungmann - berimbau em "Maracatu de Tiro Certeiro"
- Chico Neves - samplers em "Rios, Pontes & Overdrives", "A Cidade", "Samba Makossa", "Antene-se" e "Côco Dub (Afrociberdelia)"
- Liminha - grito em "Lixo do Mangue"
Produção musical
- Liminha - produtor, engenheiro de gravação, mixagem
- Jorge Davidson - direção artística
- Ronaldo Viana - coordenação de mixagem
- Guilherme Calicchio - engenheiro de gravação
- Vitor Farias - engenheiro de gravação
- Renato Muñoz - assistente de estúdio
- Ricardo Garcia - assessoria técnica
- Alberto Fernandes - assessoria técnica
- Steve Hall - masterização
- Eddy Schreyer - masterização
- Gravado e mixado no Estúdio Nas Nuvens, Rio de Janeiro-RJ
- Masterizado na Future Disc, Oregon, EUA
Produção gráfica
- Dolores & Morales - projeto gráfico
- Fred Jordão - fotos
- Luciana K - arte final
- Helder - ilustrações, arte final
- Hilton Lacerda - texto HQ, arte final
- Cláudio Almeida - edição de imagens/textos, arte final
- Estado da Arte - colaboração
- João Belian - colaboração
Ver também
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 «Arte na Capa / Da Lama ao Caos - Nação Zumbi». Canal Brasil. Grupo Globo. 18 de setembro de 2017. Consultado em 10 de fevereiro de 2021
- ↑ correiobraziliense.com.br/ Livro revela bastidores e explica conceitos do álbum "Da lama ao caos"
- ↑ diariodonordeste.verdesmares.com.br/ Álbum clássico de Chico Science & Nação Zumbi, “Da Lama ao Caos” ganha livro sobre seus 25 anos