Cural, jimbelê ou canjica é uma iguaria típica da culinária brasileira. Doce, pastosa e de origem africana, tem como principais ingredientes creme de milho verde, leite de vaca ou de coco, açúcar e canela em pó ou em casca.[1] É um prato típico das Festas Juninas.[1] Na região Nordeste do Brasil o prato é conhecido como canjica, enquanto nas regiões de cultura caipira e no interior do estado do Rio de Janeiro é denominado sobretudo de cural e papa de milho. Já na cidade do Rio de Janeiro é chamado de canjiquinha.[1] É consumida especialmente no período das festas juninas e julinas. O termo é oriundo do quimbundo kanjika.[1]
O curau é elaborado com grãos de milho, leite de vaca, manteiga, açúcar, água, amendoim, leite de coco e canela.[2][1]
Em 24 de fevereiro de 1989, a Portaria n.º 109 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovou a norma de identidade, qualidade, apresentação e embalagem, dão curau de milho brasileiro, definindo assim o conceito comercial de «milho de canjica».[3]
Na região Norte do Brasil, o termo "curau" remete também a uma comida feita de carne salgada pilada junto com farinha de mandioca.[4][5]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 FERREIRA, Aurélio B.H. Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. [S.l.]: Nova Fronteira. 337 páginas
- ↑ «Aprenda a fazer o curau de milho tradicional do Nordeste» telejornal Bom Dia Campo, Canal Rural (RS).
- ↑ Gabinete do Ministro em Exercício (24 de fevereiro de 1989). «Portaria nº 109, de 24 de Fevereiro de 1989». Ministério da Agricultura. Consultado em 19 de fevereiro de 2014
- ↑ Dicionário da terra e da gente do Brasil. [S.l.]: Companhia Editora Nacional. 1939
- ↑ Editores do Aulete (2007). «Verbete canjica». Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 19 de fevereiro de 2014