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Cromoterapia

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Edwin D. Babbitt, um dos precursores da cromoterapia

Cromoterapia é a prática pseudocientífica[1] de utilizar a luz de diferentes cores no tratamento de doenças. Cromoterapeutas alegam que este método é capaz de equilibrar as "energias" do corpo humano, tratando doenças e trazendo bem-estar.

Não deve ser confundida com espécies de tratamento médico com respaldo científico envolvendo a exposição à luz, tais como a terapia de irradiação do sangue[2] ou outras formas legítimas de fototerapia, como as empregadas no tratamento de condições como icterícia neonatal e psoríase.[3]

O sentido das cores no corpo

Conceptualização new age dos chakras com suas cores e posições no corpo

Cores dos chacras

Praticantes da medicina ayurvédica acreditam que o corpo tenha sete chacras e que estes seriam os centros energéticos de cada humano. Tais chacras estariam localizados ao longo da espinha.

A filosofia New Age associa cada um dos chacras com uma cor do espectro da luz visível, junto com uma função e órgão ou sistema do corpo.[4] De acordo com essa visão, os chacras poderiam se desequilibrar e causar doenças físicas, mas a aplicação de cores apropropriadas teriam a propriedade de regular tais desequilíbrios.[5]

Cores e descrição

Cor Chacra Localização do chacra Função
Vermelho Primeiro Base da espinha Instinto e sobrevivência
Laranja Segundo Baixo abdómen, genitais Emoções, sexualidade
Amarelo Terceiro Plexo solar Poder, ego
Verde Quarto Coração Amor, senso de responsibilidade
Azul Quinto Garganta Comunicação física e espiritual
Índigo Sexto Bem acima do centro das sobrancelhas, meio da testa Perdão, compaixão, entendimento
Violeta Sétimo Coroa da cabeça Conexão com as energias universais, transmissão de ideias e informação

Percepção científica

A cromoterapia é tida como charlatanismo.[6][7] De acordo com um livro publicado pela Sociedade Americana do Câncer, "as evidências científicas disponíveis não sustentam as reivindicações de que o uso alternativo de lâmpadas coloridas são um meio efetivo para a cura do câncer e de outras doenças".[2]

Fotobiologia, que é o termo para o estudo científico contemporâneo do efeito da luz sobre os humanos tem substituído o uso da palavra cromoterapia, num esforço de desassociá-la de suas raízes no misticismo vitoriano, bem como desvinculá-la da associação com simbolismo e mágica. A fototerapia, uma prática distinta, é uma abordagem de tratamento específica que usa luzes de alta intensidade para tratar desordens específicas de humor, sono e pele.

Em 2018, no Brasil, o Ministério da Saúde, incluiu a sua prática no Sistema Único de Saúde (SUS), como parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).[8]

Referências

  1. Williams, William F. (2000). Encyclopedia of Pseudoscience: From Alien Abductions to Zone Therapy. Facts on File Inc. p. 52. ISBN 1-57958-207-9
  2. 2,0 2,1 Ades, Terri (2009). Complete Guide to Complementary & Alternative Cancer Therapies. [S.l.]: American Cancer Society. 210 páginas. ISBN 9781604430530 
  3. Dobbs, R. H.; Cremer, R. J. (1975). «Phototherapy» 11 ed. Archives of Disease in Childhood. 50: 833–6. PMC 1545706Acessível livremente. PMID 1108807. doi:10.1136/adc.50.11.833 
  4. van Wagner, K. «Color Psychology: How Colors Impact Moods, Feelings, and Behaviors». About.com. Consultado em 18 de setembro de 2009 
  5. Parker, D (2001). Color Decoder. [S.l.]: Barron's. ISBN 0-7641-1887-0 Predefinição:Page needed
  6. Raso, Jack. (1993). Mystical Diets: Paranormal, Spiritual, and Occult Nutrition Practices. Prometheus Books. pp. 256-257. ISBN 0-87975-761-2
  7. Swan, Jonathan. (2003). Quack Magic: The Dubious History of Health Fads and Cures. Ebury Press. p. 216. ISBN 978-0091888091
  8. Saúde, Ministério da. «Ministério da Saúde inclui 10 novas práticas integrativas no SUS». portalms.saude.gov.br (em português). Consultado em 18 de abril de 2018 

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