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Freguesia | ||||
Capela de Santo Abdão da Correlhã | ||||
Localização | ||||
Localização no município de Ponte de Lima | ||||
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Coordenadas | ||||
Região | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região | |||
Município | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | Maria de Fátima Cerqueira de Oliveira (PPD/PSD) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 8,04 km² | |||
População total (2011) | 2 936 hab. | |||
Densidade | 365,2 hab./km² | |||
Código postal | 4990 (parcial) | |||
Outras informações | ||||
Orago | São Tomé | |||
Sítio | http://www.correlha.pt e http://www.inforcentro.net/juntacorrelha/ |
Correlhã é uma freguesia portuguesa do município de Ponte de Lima, com 8,04 km² de área e 2 936 habitantes (2011)[1]. A sua densidade populacional é 365,24 hab/km². Foi, até ao início do século XIX, cabeça de couto que incluía também a freguesia de Paradela de Seara.
Correlhã é uma das mais antigas e ricas freguesias do concelho. Localiza-se a menos de três quilómetros de Ponte de Lima.
População
População da freguesia de Correlhã [2] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
1 578 | 1 498 | 1 545 | 1 606 | 1 657 | 1 587 | 1 814 | 1 991 | 2 188 | 2 165 | 2 289 | 2 575 | 2 891 | 3 068 | 2 936 |
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 576 | 512 | 1 532 | 448 | 18,8% | 16,7% | 49,9% | 14,6% | |
2011 | 466 | 338 | 1616 | 516 | 15,9% | 11,5% | 55,0% | 17,6% |
História
No livro Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais na Torre do Tombo, pode ler-se textualmente:
«A primeira referência conhecida a esta freguesia data de 915 e reporta-se à doação feita por Ordenho II a Santiago de Compostela da "in ripa Limie villam quam vocitant Cornelianam (…) et in ea ecclesiam Sancti Thome apostoli".
No século XI, há documentação relativa a esta igreja nos anos de 1061, 1063 e 1065[3].
Em 1097, o conde D. Henrique e D. Teresa confirmaram a Santiago de Compostela a doação da "villa Corneliana".
São Tomé de Correlhã aparece, em 1220, inserida na Terra de Ponte.
Em 1258, nas Inquirições de D. Afonso III, enquadrava-se no julgado de Correlhã.
No catálogo das igrejas, organizado em 1320, a igreja de São Tomé de Correlhã, foi taxada em 300 libras. Gozava, pois, de uma razoável situação económica.
No registo da cobrança das "colheitas" dos benefícios pertencentes ao arcebispado de Braga, feita entre 1489 e 1493, D. Jorge da Costa refere que o rendimento desta igreja era de 30 libras ou, em dinheiro com "morturas", 2.280 reis. Pertencia então à Terra de Penela.
Em 1528, o Livro dos Benefícios e Comendas atribui-lhe 70 mil réis de rendimento.
Américo Costa descreve-a como reitoria da apresentação do Ordinário e comenda da Ordem de Cristo, da Casa de Bragança.»
Segundo documentos existentes, a Correlhã foi pioneira em organizar um grupo de Lavradores e Lavradeiras que se deslocou ao Palácio de Cristal, no Porto, onde, no dia 4 de Setembro de 1892, apresentou as suas danças e cantigas, deslumbrando as gentes da Cidade Invicta. Logo pode-se atribuir o nome de "Berço do Folclore".
Património
Igreja Matriz
A sua igreja matriz é um templo românico, atribuível ao século XIII, de uma única nave e abside quadrangular. Modificada no interior de uma forma quase radical, mantém, todavia, externamente a estrutura primitiva - se bem que com diversos ultrajes.
Destaca-se no edifício o curioso conjunto dos modilhões, a toda a volta da igreja, representando figuras humanas, animais ou motivos fito mórficos.
Capela de Santo Abdão
Obra igualmente românica, de mestres provincianos do século XIII, a Capela de Santo Abdão desperta interesse pelas suas proporções reduzidas e pela decoração.
Curioso o facto de, na porta principal, entre duas composições esculpidas, ter existido, em relevo, uma figura masculina desnuda (de Adão?) que, por ordem eclesiástica e por ser considerada imagem impúdica, se picou em 1750.
No interior do pequeno templo assinala-se o arco triunfal da abside, sustentado por colunelos românicos com capitéis. Um retabulozinho dos começos do século XVIII enquadra a escultura de madeira do padroeiro da capela - eremita e peregrino lendário.
Situado na encosta da Nó, numa aprazível clareira que o verde dos pinhais circunda, o Santuário de Nossa Senhora da Boa Morte é um templo de romaria cujo exterior banal e arcaizante de maneira alguma denuncia a espectacular máquina escultórica encerrada no seu coração.
A construção do santuário iniciou-se pelos fins do século XVII ou princípios da centúria seguinte, tendo-se trabalhado na obra durante boa parte da primeira metade do século XVIII. Só em 1740 se começou a erguer o coro, devendo todo o monumento ter ficado concluído dois anos depois.
No seu interior - malgrado alguns atropelos acrescentados e repintados - guarda-se um monumental, uma vibrante composição de talha e imaginária, verdadeiramente estranha para Portugal, antes a recordar soluções do barroco espanhol, que sobressai, sumptuosa, na monumental capela-mor.
Trabalho realizado, em 1720, pelo entalhador bracarense Francisco Ferreira de Castro, resulta numa aparatosa e insólita composição de talha estilo nacional, emoldurando uma vasta tribuna com dossel, destinada a uma série de grandes estátuas em madeira (de autor coevo mas desconhecido), e posteriormente (seguramente depois de 1731) rematado por Alexandre Coelho e Vitório Soares, artistas douradores de Ponte de Lima. Em linguagem exuberante ou mais serena, através dele se evocam os passos das vidas, mortes, ressurreição e assunção de Cristo e da Virgem.
Referências
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)» (em português). Informação no separador "Q601_Norte". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 4 de Março de 2014
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ https://digitarq.advct.arquivos.pt/details?id=1070657