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Corpo de Fuzileiros

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Disambig grey.svg Nota: Se procura as unidades equivalentes de outros países, veja Fuzileiros Navais.

Predefinição:Info/Unidade Militar O Corpo de Fuzileiros (CF) MHTEMHL constitui as Forças Especiais da Marinha Portuguesa, estando vocacionado para a realização de operações anfíbias, reconhecimento costeiro, abordagem em alto mar, segurança de navios de guerra e defesa de instalações navais. Como Corpo de Forças Especiais, são-lhe incumbidas missões específicas, que obrigam a uma prontidão operacional permanente, razão pela qual os Fuzileiros têm um treino técnico-militar muito exigente e especializado.

Organização

O Corpo de Fuzileiros é composto por um comando administrativo (Comando do Corpo de Fuzileiros), uma unidade de instrução (Escola de Fuzileiros) e uma unidade base (Base de Fuzileiros). Como unidades operacionais, aquarteladas na Base de Fuzileiros, existem:

Aquartelada na Escola de Fuzileiros temos ainda a Unidade de Meios de Desembarque.

Com o agrupamento de vários dos elementos das unidades operacionais, sempre que necessário, é organizada uma força-tarefa de assalto anfíbio denominada Batalhão Ligeiro de Desembarque.

História

Os Fuzileiros Navais Portugueses têm origem directa na mais antiga unidade militar permanente de Portugal, o Terço da Armada da Coroa de Portugal, criado em 1618. De notar, no entanto, que já desde 1585 existiam tropas especializadas para guarnecer a artilharia e a fuzilaria nos navios de guerra portugueses. O Terço da Armada foi logo considerado uma unidade de elite, ficando inclusive responsável pela guarda pessoal do Rei de Portugal.[1]

No princípio do século XVIII a força foi reorganizada, ficando estruturada em dois regimentos: o e o 2º Regimentos da Armada. Mais tarde foi acrescentado um Regimento de Artilharia de Marinha.


No final do século XVIII, no reinado de D. Maria I, todos os regimentos da marinha foram fundidos na nova Brigada Real da Marinha, a qual passou a incluir três divisões: Fuzileiros, Artilheiros e Lastradores.[2] Em 1808, quando da ocupação napoleónica de Portugal, a Brigada Real embarcou, na sua maioria, com a Família Real para o Brasil, dando aí origem ao Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil.

Em meados do século XIX, dá-se a militarização de todo o pessoal da Armada Portuguesa. Até então os marinheiros não eram militares, só o sendo os Oficiais e os membros da Brigada Real. Com essa militarização é decidido deixar de manter uma unidade permanente de infantaria de marinha, sendo extinta a Brigada Real. A partir dessa data, as forças de infantaria de marinha são organizadas com os marinheiros militares (que passam a receber treino de infantaria) retirados das guarnições dos navios, sempre que existe a necessidade de realizar operações anfíbias. São assim organizados os vários Batalhões e Forças de Marinha que participam nas diversas campanhas coloniais nos sécs. XIX e XX, bem como na Primeira Guerra Mundial.

Em 1924 volta a ser criada uma unidade permanente de infantaria de marinha, a Brigada da Guarda Naval que no entanto é extinta em 1934.[3]

A infantaria naval só volta existir com carácter de permanência a partir de 1961 com o início da Guerra do Ultramar. Nessa altura são criados os Destacamentos de Fuzileiros Especiais (DFE) vocacionados para missões de assalto anfíbio e as Companhias de Fuzileiros Navais (CFN) para patrulhamento e defesa de embarcações e instalações navais. Durante essa guerra e até 1975 mais de 14 000 fuzileiros combatem nos teatros de operações da Guiné, Angola e Moçambique.

Até 1975 não existia um comando unificado dos fuzileiros, sendo que os diversos DAF e CFN estavam dependentes dos vários Comandos Navais e de Defesa Marítima das áreas onde actuavam. Nesse ano é criado o Comando do Corpo de Fuzileiros, do qual passaram a estar dependentes todas as unidades de fuzileiros, dando uma autonomia substancial àquela força.

A 15 de Março de 1985 foi agraciado com o grau de Membro-Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e a 25 de Abril de 1999 com o grau de Membro-Honorário da Ordem da Liberdade.[4]

A 1 de Junho de 2000 o Contingente do Corpo de Fuzileiros (Moçambique) foi feito Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.[5]

De momento o corpo dos fuzileiros portugueses conta com 1200 activos.

Galeria

Fuzileiros depois de abordagem a um navio.
Fuzileiros Navais portugueses desfilam no 14 de Julho de 2007 nos Campos Elíseos em Paris
Elementos do Destacamento de Ações Especiais do Corpo de Fuzileiros.
Marinheiros de uma das Forças expedicionárias de Infantaria de Marinha, prontos para embarcar para Angola em 1907
Bandeira do Batalhão de Marinha enviado para Angola em 1914 para combater na Primeira Guerra Mundial

Notas

  1. Fonseca, Henrique A., "O Corpo de Fuzileiros", Revista da Armada nº 60, setembro de 1976
  2. "Sou servida mandar criar um corpo de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores debaixo da denominação de Brigada Real da Marinha (...)" (Alvará de 28 de Agosto de 1797.)
  3. Fonseca, Henrique A., "O Corpo de Marinheiros", Revista da Armada nº 44, maio de 1975
  4. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Corpo de Fuzileiros". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de maio de 2013 
  5. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Contingente do Corpo de Fuzileiros (Moçambique)". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de maio de 2013 

Ligações externas

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