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Convento da Boa Hora

Predefinição:Monumento A Igreja e o antigo Convento de Nossa Senhora da Boa Hora está situada em Lisboa, na freguesia da Ajuda, sendo atualmente também conhecida por Igreja da Boa-Hora, Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e Igreja Paroquial da Ajuda. O Convento e a Igreja foram construídos no séc. XVIII, após o terramoto de 1755, ficando situado no Largo da Boa-Hora (Lisboa). O plano da obra foi elaborado por Eugénio dos Santos e segue a linha da arquitetura religiosa Pombalina, com um estilo mais sóbrio.

Em 1834, com a extinção das ordens religiosas, o convento foi desocupado e em 1892 instalaram no local o Hospital Militar de Belém.[1]

A Igreja do convento passou nesta época a Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda e foi extensamente remodelada nos anos 70 do século XIX. Trata-se de uma Igreja de apenas uma nave, decorada com tetos pintados e painéis de azulejo, estes últimos representam cenas da vida de Santo Agostinho assim como os quatro Evangelistas.[1]

História

A Igreja faz parte de um complexo conventual fundado, em 1758, sobre um antigo convento de frades dominicanos e entregue à Ordem dos Agostinhos Descalços. O antigo Convento da Boa Hora é um edifício barroco, com uma fachada principal harmoniosa e de grande impacto urbanístico. As obras fundamentais decorreram na 2ª metade do séc. XVIII, de acordo com um plano de Eugénio dos Santos, traduzindo uma arquitectura religiosa pombalina. Após a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o antigo convento foi adaptado a outras funções, acolhendo desde 1892 o Hospital Militar, enquanto que a igreja passou a Paroquial da freguesia de Nossa Senhora da Ajuda, tendo sido praticamente reconstruída na década de 70 do séc. XIX. 

Arquitectura

Este complexo conventual apresenta planta quadrada, definida pela articulação de três alas rectangulares com o corpo da igreja em torno do claustro, a fechar o quadrado. A igreja, de planta rectangular, apresenta nave única para a qual abrem capelas laterais e a capela-mor. A sua fachada principal, estruturada em dois níveis, surge verticalmente dividida por pilastras lisas em cinco panos murários, com torre sineira adossada e encimada por cruz. Tem acesso por uma escadaria monumental que ocupa o espaço público que lhe é fronteiro, interrompendo o passeio adjacente ao plano de fachada do quarteirão. Permite a ligação do nível da rua aos três arcos de entrada na galilé subindo mais de 2m. A zona central, ao nível do piso térreo é assim sobrelevada, enquanto que o segundo piso surge rasgado por três janelões rectangulares. O coroamento é feito por painel quadrangular exibindo emblema mariano, ladeado por aletas e rematado por frontão triangular.

No interior da igreja destacam-se painéis de azulejos historiados com cenas da vida de Santo Agostinho, telas pintadas de temática religiosa atribuídas a Bento Coelho de Oliveira e a Botovi e, ainda, várias imagens. As antigas dependências conventuais estendem-se contiguamente à igreja, para Este, organizadas em dois níveis animados pela abertura de janelas rectangulares de emolduramento simples. Tanto a igreja como o antigo convento encontram-se classificados como Monumento de Interesse Público.[1][2]

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Referências

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