Em filosofia e lógica, contingência é o modo de ser daquilo que não é necessário, nem impossível - mas que pode ser ou não. Em outros termos, é a característica atribuída ao ente cuja existência é tida como não necessária mas, ao mesmo tempo, não impossível - isto é, a sua realidade não pode ser demonstrada nem negada em termos definitivos. Diz-se que são contingentes as proposições que não são necessariamente verdadeiras nem necessariamente falsas.
Há quatro classes de proposições, algumas das quais se sobrepõem:
- proposições necessariamente verdadeiras ou Tautologias, que devem ser verdadeiras, não importa quais são ou poderiam ser as circunstâncias. Geralmente o que se entende por "proposição necessária" é a proposição necessariamente verdadeira:
- 2 + 2 = 4
- Nenhum solteiro é casado
- proposições necessariamente falsas ou Contradições, que devem ser falsas, não importa quais são ou poderiam ser as circunstâncias:
- 2 + 2 = 5
- Ana é mais alta e é mais baixa que Beto
- proposições contingentes, que não são necessariamente verdadeiras nem necessariamente falsas:
- Há apenas três planetas
- Há mais que três planetas
- proposições possíveis, que são verdadeiras ou poderiam ter sido verdadeiras sob certas circunstâncias:
- 2 + 2 = 4
- Há apenas três planetas
- Há mais que três planetas
Todas as proposições necessariamente verdadeiras e todas as proposições contingentes também são proposições possíveis.
Ver também
Referências
- FERRATER MORA, J. Diccionario de Filosofia. Conceito de contingéncia (em castelhano)
- SHERMER, Michael. Glorious Contingency, Metanexus Net