A Confissão de Fé da Guanabara foi o primeiro escrito protestante no Brasil e de todo o Continente Americano.
História
A Confissão foi redigida para responder aos questionamentos de Nicolas Durand de Villegagnon, apelidado pelo pastor Pierre Richier, em 1561, de "Caim das Américas".
O documento foi redigido em cerca de doze horas numa prisão na ilha de Serigipe (atual Ilha de Villegagnon), por Jean du Bordel (ou Bourdel), com o auxílio de Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon. Contém dezessete artigos, refletindo a doutrina calvinista. Após a sua finalização, os seus autores foram executados. Não está claro se Jacques Le Balleur teve envolvimento na redação da Confissão, já que a data exata de sua fuga não é conhecida.
A Confissão de fé da Guanabara foi redigida depois de 4 de janeiro e antes de 9 de fevereiro; a data exata costuma ser referida como sendo 17 de janeiro de 1558.
A sua história é relatada no capítulo "Tragédia na Guanabara", de autoria ainda não desvendada, mas supostamente escrito por Jean de Léry. Outras teses indicam o nome do pastor Pierre Richier e o do próprio Jean Crespin, editor de livros, como possíveis autores; a autoria de Léry é fundamentada, entre outros, por Frank Lestringant – e publicado no livro História dos Mártires, de Jean Crespin.
No dia 24 de março de 2007, foi inaugurado um monumento na Ilha de Villegagnon, para rememorar o acontecimento.[1]
Texto
Ver também
- Cinco Solas
- Contrarreforma
- Controvérsias no protestantismo
- História do cristianismo
- Invasões francesas no Brasil
- Protestantismo no Brasil
Bibliografia
- Paulo Anglada. Sola Scriptura. A Doutrina Reformada das Escrituras. São Paulo: Editora Os Puritanos, 1998.
Referências
- ↑ Infoescola. Ilha de Villegagnon, Felipe Araújo. (7/9/2016).
- ↑ Ribeiro Branco, Luis Alexandre. Manual Litúrgico e Eclesiástico. Lulu.com, página 34, 2014. ISBN 9781312091658 (06/09/2016).
- ↑ Monergismo. A Confissão de Fé de Guanabara, por: Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon. (06/09/2016).