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Compatibilismo (externalismo e autoconhecimento)

De acordo com o externalismo, o conteúdo mental é relativo ao ambiente. Diferenças naquilo que se dá fora da cabeça podem levar a diferenças naquilo que se passa na mente. Mas, se é assim, como uma pessoa pode saber o que pensa? Esse é o problema do compatibilismo entre externalismo e conhecimento de si.

Filósofos como Paul Boghossian, Michael McKinsey e Jessica Brown levantaram dúvidas acerca da compatibilidade. Filósofos como Sydney Shoemaker, Tyler Burge, John Heil e Donald Davidson defendem a compatibilidade. O debate continua aberto.

Uma dessas tentativas compatibilistas é apresentada por Tyler Burge, em Individualism and Self-knowledge. O autor defende que existe um autoconhecimento básico, isto é, a capacidade de cada um de saber que está pensando sobre algo, mesmo que não saiba ao certo no que está pensando. O autoconhecimento básico envolve os chamados pensamentos de primeira e segunda ordem.

Os pensamentos de primeira ordem, como quando S pensa “a água está limpa”, são acompanhados por aqueles de segunda ordem, nesse caso, S saber que pensa que a água está limpa.

Mesmo que fosse o caso da Terra Gêmea , e S ao se referir à água pensasse se tratar de água da Terra e não de água gêmea, fazendo, portanto, um juízo errado, sem ter conhecimento do que de fato se referia, ainda assim S saberia que estava pensando sobre algo (teria consciência de seu pensamento, ainda que não estivesse correto sobre o conteúdo de tal pensamento).

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