O coco é uma dança de roda e ritmo da região Nordeste do Brasil. De origem remota, surgiu nos engenhos de açúcar da antiga Capitania de Pernambuco (atuais estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba), com influências dos batuques africanos e dos bailados indígenas. A primeira referência que se tem sobre o coco data da segunda metade do século XVIII.[1][2]
Características
"Coco" significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras simples. Com influências africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino. Recebe várias nomenclaturas diferentes, como pagode, zambê, coco de usina, coco de roda, coco de embolada, coco de praia, coco do sertão, coco de umbigada, e ainda outros o nominam com o instrumento mais característico da região em que é desenvolvido, como coco de ganzá e coco de zambê. Cada grupo recria a dança e a transforma ao gosto da população local.[3][4][5][6]
O som característico do coco vem de quatro instrumentos (ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos (que são usados para imitar o barulho do coco sendo quebrado). A sandália de madeira é quase como um quinto instrumento, talvez o mais importante deles. Além disso, a sonoridade é completada com as palmas.[2]
Artistas notáveis
Ver também
Referências
- ↑ «Coco». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 17 de abril de 2019
- ↑ 2,0 2,1 «Coco (dança)». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 17 de abril de 2019
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 424.
- ↑ *Dança do coco alagoano Arquivado em 22 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine.
- ↑ *Coco de roda
- ↑ *Mesmo sem origem definida, ritmo musical é tradição nordestina