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Cléon

Nota: Se procura pela comuna francesa, consulte Cléon (França)

Cléon (em Predefinição:Língua com nome; ? — Anfípolis, 422 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um demagogo, político e estratego (general) ateniense, protagonista da Guerra do Peloponeso. Foi o primeiro representante dos comerciantes na política ateniense, embora fosse um aristocrata.

Foi adversário de Péricles. Quando os lacedemônios e seus aliados do Peloponeso, sob a liderança do rei Arquídamo,[1] somando sessenta mil soldados,[2] invadiram a Ática e devastaram o território,[1] e Péricles defendeu a estratégia de deixá-los cortarem as árvores, porque árvores crescem rápido, mas pessoas não,[2] Cleon foi dos principais opositores, utilizando a raiva da população para conseguir a liderança.[3]

Em 430 a.C., após a fracassada expedição de Péricles contra Epidauro no Peloponeso e quando a cidade era devastada pela peste,[4] Cléon encabeçou a oposição ao regime de Péricles, acusando-o de má administração do dinheiro público. Périclés foi considerado culpado, e teve que pagar uma multa cujo valor varia, conforme a fonte, entre quinte e cinqueta talentos,[5] mas logo foi reabilitado e Cléon passou ao segundo plano.

A morte de Péricles em 429 a.C. deixou o caminho livre para Cléon que, por alguns anos, foi a figura mais proeminente de Atenas. Embora grosseiro e mal-educado, tinha um dom natural para a oratória, além de uma voz potente, e sabia exatamente como tocar os sentimentos do povo, incitando-o à guerra - e exaurindo os recursos do Estado.

Era a favor de uma guerra intransigente contra Esparta. Em 427 a.C. propôs exterminar todos os homens e escravizar mulheres e crianças da cidade rebelde de Mitilene.

Cléon é particularmente lembrado pela batalha de Esfactéria, uma das maiores vitórias atenienses, em 425 a.C.. Foi principalmente por sua determinação em humilhar Esparta que se perdeu, nessa ocasião, a oportunidade de concluir uma paz honrosa.

Cléon morreu durante a tentativa de reconquistar a cidade de Anfípolis, que havia sido tomada pelos espartanos em 424 a.C., comandados pelo general Brásidas, também morto na mesma batalha. Após a morte de ambos abriu-se o caminho para a Paz de Nícias, em 421 a.C..

Referências

  1. 1,0 1,1 Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Péricles, 33.3
  2. 2,0 2,1 Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Péricles, 33.4
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Péricles, 33.6
  4. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Péricles, 35.3
  5. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Péricles, 35.4
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