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Chico Canta

Chico Canta
Álbum de estúdio de Chico Buarque
Lançamento 1973
Gênero(s) MPB
Duração 30:13
Idioma(s) Português
Formato(s) LP, CD
Gravadora(s) Phonogram/Philips (Universal Music)
Produção Roberto Menescal
Cronologia de Chico Buarque
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Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo
(1972)
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Sinal Fechado
(1974)

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Predefinição:Críticas profissionais Chico Canta (originalmente lançado como Calabar) é um álbum do músico brasileiro Chico Buarque lançado no ano de 1973.

Álbum

O disco conta com arranjos do músico Edu Lobo e é a trilha sonora da peça Calabar: o Elogio da Traição, de Chico Buarque e do poeta moçambicano Ruy Guerra. O conceito da peça e do disco baseia-se na história de Domingos Calabar, personagem histórico que se aliara aos holandeses contra os portugueses na época do Brasil Holandês.

O nome do disco, a princípio, seria Chico Buarque Canta Calabar, nome que logo foi vetado devido à sigla CCC e sua relação com a organização Comando de Caça aos Comunistas.[1]

Sua primeira tiragem – que seria retirada das lojas por ordem do Regime Militar poucos dias após o lançamento – tinha o título de Calabar e apresentava como capa o nome da peça na parede de um muro.

O trabalho ainda seria lançado pouco tempo depois com uma capa branca, apenas com o nome do cantor, sem qualquer publicidade, obtendo vendagens tímidas. Em virtude de tal fato, a gravadora Philips lançou no ano posterior uma nova e definitiva capa com o rosto do cantor e um novo título, Chico Canta.

O álbum, assim como a peça teatral, teve diversos trechos censurados. Na visão da Censura, Chico (que possui ascendência neerlandesa) e Ruy apresentaram um trabalho provocativo, simpático à colonização batava contra o domínio colonial português, e que, metaforicamente, poderia incitar os brasileiros a se revoltarem contra a ditadura militar dominante no país à época.

Para Chico, Calabar poderia remeter de certa forma a Carlos Lamarca, capitão que em 1969 desertara do Exército Brasileiro e engessara as trincheiras guerrilheiras contra a Ditadura Militar.[2]

Duas canções tiveram as letras integralmente proibidas, “Ana de Amsterdam” e “Vence na Vida Quem Diz Sim”, de modo que acabaram sendo lançadas apenas em seus arranjos instrumentais. “Barbára” teve cortada a frase (“no poço escuro de nós duas”), por abordar uma relação lésbica. “Não Existe Pecado...” teve a frase ("Vamos fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor") substituída por ("Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor").

Na canção “Fado Tropical”, que possui um trecho declamado por Ruy Guerra, a frase (“além da sífilis é claro”) foi excluída, ao aludir ao “sangue português” de um dos personagens da peça[3].

Musicalmente, o disco apresenta um vigoroso trabalho de arranjos por Edu Lobo, com a inclusão de novidades como sintetizadores, guitarra elétrica e cordas, e o lançamento de algumas das melhores canções do repertório de Chico Buarque como “Ana de Amsterdam”, “Cala a Boca, Bárbara” e “Não Existe Pecado ao Sul do Equador” (esta última regravada em 1978 pelo cantor Ney Matogrosso para o tema de abertura da telenovelaPecado Rasgado” da TV Globo).

Faixas

Predefinição:Lista de faixas

Ficha Técnica

Coordenação Geral: Ruy Guerra

Direção de Produção: Roberto Menescal

Direção de Estúdio: Sérgio M. de Carvalho

Arranjos: Edu Lobo

Regência: Mário Tavares

Capa: Regina Vater

[[Ficheiro:Predefinição:Esboço-álbum/Imagem|x30pxpx|alt=Ícone de esboço]] Este sobre um álbum Predefinição:Esboço-álbum/Artista é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Referências

  1. «"Marco da Censura, Calabar faz 40 anos com nova montagem"». oglobo.globo.com . Página acessada em 17 de julho de 2013.
  2. «"Calabar e Chico Canta"». ipsislitteris.opsblog.org. Consultado em 11 de agosto de 2013. Arquivado do original em 10 de março de 2013  Página acessada em 4 de agosto de 2013
  3. «"A música e a Censura da Ditadura Militar"». virtualia.blogs.sapo.pt  Página acessada em 20 de julho de 2013

Ligações externas

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