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Mata-mata

Nota: Se procura pela planta, veja Matamatá; se procura pelo jogo de bilhar de mesmo nome, veja Mata-mata (jogo); se procura pelo modo de jogo multijogador, veja Mata-mata (jogos eletrônicos); se procura pela brincadeira infantil, veja Queimada (jogo); se procura por uma forma de competição esportiva, veja Sistema eliminatório
Como ler uma infocaixa de taxonomiaMata-mata
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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante Predefinição:Cat-artigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudines
Família: Chelidae
Subfamília: Chelinae
Género: Chelus
Espécie: C. fimbriatus
Nome binomial
Chelus fimbriatus
Schneider, 1783

A mata-mata (Chelus fimbriata), também escrito mata mata, ou matamatá, é uma espécie de cágado de água doce pertencente à família Chelidae. Encontrada predominantemente nas águas doces da América do Sul, na bacia do Amazonas e do Orinoco, é um animal carnívoro que se alimenta de invertebrados aquáticos e peixes.

Descrição

Close-up da cabeça de uma mata-mata.

A mata-mata tem uma aparência bem diferente dos demais cágados. Tem uma carapaça marrom (castanha) ou preta e pode medir até 44.9 cm. A couraça é reduzida, estreita, sem articulações, encurtada na frente e reta atrás.

A cabeça também é bastante distinta, triangular, grande, extremamente achatada. Tem numerosas abas de pele. Tem dois barbilhos no queixo e dois adicionais barbilhos filamentosos na mandíbula. O focinho é longo e tubiforme. A mandíbula superior não é nem curva nem chanfrada.

Cabeça, pescoço, rabo e membros são marrons acinzentados nos adultos. O pescoço é bastante longo, maior que a vértebra dentro da carapaça, e é franjado com pequenas abas de pele ao longo dos dois lados, assemelhando-se a um galho de árvore.

Cada pata dianteira tem cinco garras com membranas natatórias. Machos têm couraças côncavas e rabos compridos e longos.

Não é classificado no CITES.o.

Habitat e Ecologia

O C. fimbriata é uma espécie tropical de várzea altamente aquática, igualmente em áreas florestais e em habitats de savana fluvial, ocorrendo em muitos rios da Amazônia e no Rio Orinoco, prefere rios lentos, lagos calmos, pântanos e brejos. Seu habitat compreende o norte da Bolívia, leste do Peru, Equador, leste da Colômbia, Venezuela, as Guianas e o norte e centro do Brasil.

Dieta

Alimenta-se por sucção, é considerada uma espécie preferencialmente piscívora, havendo também registros de consumo de pequenos roedores, aves, sapos e girinos, mas as mandíbulas são incapazes de mastigar e a presa é engolida inteira.

Comportamento

Prefere águas rasas onde possa alcançar a superfície para respirar. Pode segurar a respiração por muito tempo, ficando imóvel no fundo. Prefere rastejar no fundo a nadar e, sempre que possível, evita expor-se à luz do sol. Caso perceba um predador à espreita, ela fica submersa e imóvel, com suas abas esquisitas ajudando-a a se camuflar na vegetação cercante, até que um peixe chegue perto. Então a mata-mata impulsiona sua cabeça para fora e abre sua enorme boca o máximo que puder, criando uma pressão que suga a presa para dentro da boca. Ao fechar a boca, a água é expelida lentamente, e o peixe é engolido inteiro. A presa precisa ser do tamanho apropriado para a tartaruga; mata-matas não conseguem mastigar muito bem devido à anatomia de sua boca.

Reprodução

Os machos exibem-se para as fêmeas estendendo seus membros, baforando a cabeça em direção à fêmea com a boca semiaberta, e movendo as abas laterais da cabeça. A ninhada ocorre de Outubro até Dezembro na Amazônia superior. De 12 a 28 ovos de 35 mm de diâmetro, frágeis e esféricos, são depositadas num ninho. Os animais recém-nascidos são mais coloridos que os adultos, com tons de rosa e vermelho na cara e no casco.

Distribuição Geográfica[2]

Países de sua distribuição: Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Bolívia, Equador, Guiana Francesa, Guiana e Trinidade e Tobago. Alguns autores relatam que a espécie ocorre no Suriname, entretanto, não encontramos registros de ocorrência para este país.

Distribuição no Brasil: espécie Amazônica que tem distribuição nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Acre, Mato Grosso, Amapá, Maranhão, Tocantins e divisa oeste do estado de Goiás.

Referências

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  1. Turtle Taxonomy Working Group [van Dijk, P.P., Iverson, J.B., Rhodin, A.G.J., Shaffer, H.B., and Bour, R.]. 2014. Turtles of the world, 7th edition: annotated checklist of taxonomy, synonymy, distribution with maps, and conservation status. In: Rhodin, A.G.J., Pritchard, P.C.H., van Dijk, P.P., Saumure, R.A., Buhlmann, K.A., Iverson, J.B., and Mittermeier, R.A. (Eds.). Conservation Biology of Freshwater Turtles and Tortoises: A Compilation Project of the IUCN/SSC Tortoise and Freshwater Turtle Specialist Group. Chelonian Research Monographs 5(7):000.329–479, doi:10.3854/ crm.5.000.checklist.v7.2014.
  2. FERRARA, Camila Rudge (2017). [FERRARA, C. R.; FAGUNDES, C. K.; MORCATTY, T. Q.; VOGT, R. C.. Quelônios Amazônicos Guia de identificação e distribuição. Manaus: Wildlife Conservation Society, 2017. «Quelônios Amazônicos Guia de identificação e distribuição»] Verifique valor |url= (ajuda): 62. Consultado em 11 de abril de 2022 

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