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Chamariz

Como ler uma infocaixa de taxonomiaChamariz
Serinus serinus (Madrid, Spain) 001.jpg
Arquivo:Gulhämpling - Serinus serinus. Ystad-Sweden-2012.ogg
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante Predefinição:Cat-artigo
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Serinus
Espécie: S. serinus
Nome binomial
Serinus serinus
Linnaeus, 1766
Distribuição geográfica
Laranja, verão; verde, todo o ano; azul, inverno
Laranja, verão; verde, todo o ano; azul, inverno

O chamariz, milheirinha-europeia, serrazina ou grasina (Serinus serinus) é um pequeno pássaro da família Fringillidae.

Descrição

É comum em toda a Europa, encontrado em parques, jardins e matas de coníferas. Plumagem malhada de castanho escuro e amarelo. No verão, o amarelo intensifica-se, e a cabeça fica quase completamente amarela. O juvenil não possui amarelo, apenas riscas de castanho e branco. Mede cerca de 11 a 12 cm de comprimento,[1][2] e pesa de 8,5 a 14g.[2] O bico é curto e de cor clara, a cabeça é grande, o dorso, o manto e os flancos são listrados de escuro; o uropígio é amarelo vivo no macho e amarelo-esverdeado na fêmea; no macho a testa, os lados do pescoço, e o peito são amarelo-limão enquanto na fêmea são branco-amarelados.[1][3]

Distribuição

Outrora um pássaro tipicamente mediterrânico, tem-se expandido por toda a Europa, chegando à Suécia e Inglaterra, a norte, à Ucrânia, Balcãs e Ásia Menor, a leste, e a Marrocos, a sul. Na Península Ibérica é comum em todas as estações do ano.[4] Reproduz-se por toda a Europa ( com excepção das Ilhas Britânicas e da maior parte da Fino-Escandinávia), para leste até ao Báltico, oeste da Rússia e Bielorrússia, para sul até às ilhas do Mediterrâneo, à Turquia (norte, oeste, e centro-sul), à Geórgia central, às Canárias, ao norte de África, ao Líbano e a Israel; passa o inverno no sul e sudoeste da Europa, no norte de África e no Iraque.[5]

Taxonomia

Descrito por Linnaeus, em 1766, na Suíça, com o nome de Fringilla Serinus. Sem subespécies.[5]

Habitat

O chamariz frequenta jardins, parques, pomares, pequenos bosques, de preferência com coníferas.[1][3] Gosta também das orlas dos bosques, das clareiras, plantações, terrenos cultivados. Podemos encontrá-lo em áreas urbanas, mas também em ravinas e gargantas com árvores e arbustos até altitudes de 2000-2500m.[2]

Alimentação

Alimenta-se principalmente de sementes, gomos, rebentos e alguns insetos,[2][3][6] como aranhas, afídios e larvas de traças.[2] Durante o inverno consome maioritariamente sementes de gramíneas, na primavera come rebentos tenros de arbustos e árvores como o ulmeiro e a bétula. No inverno encontra-se em grandes bandos, nos campos alimentando-se de sementes de dente-de-leão (Taraxacum officinale). Também come sementes de Capsella, Polygonum e Artemisia vulgaris.[4]

Fêmea


Nidificação

A fêmea constrói o ninho num ramo de uma conífera, árvore de fruto ou arbusto,[3][4] em forma de pequena taça, com ervas secas, musgos, líquenes, raízes, forrado com penugem vegetal, penas e pelos.[2][6] A postura consiste em 3 a 4 ovos esbranquiçados com pintas escuras, incubados pela fêmea durante 12 a 13 dias ; ambos os progenitores alimentam as crias, mas nos primeiros dias o macho alimenta a fêmea e as crias.[2][6] Os juvenis deixam o ninho com 15-18 dias e tornam-se independentes 9 a 10 dias depois.[2]

Comportamento

Pássaro muito enérgico, é dócil, apenas na época de acasalamento se torna mais agressivo e territorial. As aves meridionais são residentes. O voo é rápido e ondulado.[3] Possui um canto repetitivo e prolongado, áspero e com um ritmo rápido, lembrando vidro a partir.

Filogenia

Foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.[7][8][9]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 Svensson, L.; Mullarney, K.; Zetterström, D. (2009). Guia de Aves – Guia de Campo das Aves de Portugal e da Europa, 2ª ed., setembro 2012, Assírio & Alvim, Porto, Portugal. ISBN 978-972-0-79214-3. Pp. 382-383.
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 Oiseaux-birds European serin Consultado em 27 de Novembro de 2013
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 Oiseaux.net serin cini Consultado em 27 de Novembro de 2013
  4. 4,0 4,1 4,2 Pajaricos.es verdecillo Consultado em 27 de Novembro de 2013
  5. 5,0 5,1 The Internet Bird Collection European serin Consultado em 2 de Dezembro de 2013
  6. 6,0 6,1 6,2 Pajaricos.es verdecillo Consultado em 27 de Novembro de 2013
  7. Zamora, J; Moscoso J, Ruiz-del-Valle V, Ernesto L, Serrano-Vela JI, Ira-Cachafeiro J, Arnaiz-Villena A (2006). «Conjoint mitochondrial phylogenetic trees for canaries Serinus spp. and goldfinches Carduelis spp. show several specific polytomies» (PDF). Ardeola. 53(1): 1–17 
  8. Arnaiz-Villena, A.; Arnaiz-VillenaA.; Alvarez-Tejado M.; Ruiz-del-Valle V.; García-de-la-Torre C.; Varela P.; Recio M. J.; Ferre S.; Martinez-Laso J. (1999). «Rapid Radiation of Canaries (Genus Serinus)» (PDF). Mol. Biol. Evol. 16: 2–11 
  9. Arnaiz-Villena, A.; Ruiz-del-Valle V.; Areces C. (2012). «El Origen de los Canarios» (PDF). Ornitología Práctica. 53: 3-11 

Ligações externas

Commons
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Fotos

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