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Freguesia | ||||
Cercal | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | Cercalense | |||
Localização | ||||
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Coordenadas | ||||
Região | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região | |||
Município | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | António Albino (PCP-PEV) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 136,40 km² | |||
População total (2011) | 3 362 hab. | |||
Densidade | 24,6 hab./km² | |||
Código postal | 7555 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Nossa Senhora da Conceição |
Cercal[1] é uma freguesia portuguesa com sede na vila de Cercal do Alentejo pertencente ao município de Santiago do Cacém, com 136,40 km² de área e 3 362 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 24,6 hab/km².
Foi sede de concelho entre 1836 e 1855. Era constituída pelas freguesias de Cercal, Colos e Vila Nova de Milfontes. Tinha, em 1849, 3 255 habitantes.
A povoação sede da freguesia foi elevada a vila em 16 de agosto de 1991,[2] tendo a sua designação sido alterada de Cercal para Cercal do Alentejo.
Estando situada a menos de 15 quilómetros das praias do Litoral Alentejano, possui um clima temperado, o que lhe permite ter uma das mais diversificadas faunas e floras de todo o Sudoeste Alentejano.
População
População da freguesia de Cercal [3] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
2 145 | 2 211 | 2 446 | 2 763 | 3 194 | 3 885 | 5 180 | 6 430 | 9 048 | 6 487 | 5 334 | 4 866 | 4 177 | 3 882 | 3 362 |
No censo de 1864 pertencia ao concelho de Odemira, distrito de Beja, tendo passado para o de Santiago do Cacém por decreto de 21/09/1875. No censo de 1940 figura Cercal do Alentejo
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 451 | 478 | 1 962 | 991 | 11,6% | 12,3% | 50,5% | 25,5% | |
2011 | 342 | 284 | 1 741 | 995 | 10,2% | 8,4% | 51,8% | 29,6% |
Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%
Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%
Economia
Actividade mineira
No século XIX deu-se um desenvolvimento da exploração mineira, nomeadamente na década de 70, com a descoberta de novos minérios, como barita, manganés e manganite. A maior exploração nesta zona foi, no entanto, de ferro, existindo cinco minas deste tipo de extracção: Cerro da Fonte, Santa de Cima, Toca do Mocho, Serra da Mina, Serra das Tulhas e Serra de Rosalgar. Todavia, estas minas findaram a sua actividade em 2000.
Cercal do Alentejo apresentava reservas indispensáveis de minerais ferrosos, úteis a diversas indústrias metalúrgicas e metalomecânicas.
De acordo com análises efectuadas, os jazigos desta zona mineira poderão ter sido formados a partir de soluções superficiais descendentes. Geralmente, tanto o manganés como a barita diminuem em profundidade. Por vezes notavam-se misturas do minério ferro manganífero com quartzo, barita ou xistos.
A mina do Cercal na Serra do Cercal, onde se obtinha ferro e manganés, terminou após um período de actividade de cerca de quarenta anos, devido ao desmantelamento do alto forno siderúrgico do Seixal, considerada a única unidade consumidora dos minérios. Nesta mina explorava-se esporadicamente barita como subproduto.
A barita é comummente encontrada como ganga em depósitos de minérios metálicos de origem epitermal ou mesotermal (depósitos produzidos por processos químicos de concentração. Em corpos rochosos, a concentração é efectuada pela introdução de espécies externas à rocha – alteração epigenética – por ascensão de águas quentes de origem magmática. Depósitos epitermais – deposição e concentração a profundidade ligeira, temperatura de 50 a 200 °C, pressão moderada; depósitos mesotermais - deposição e concentração a profundidade intermédia, temperatura de 200 a 300 °C, pressão elevada.)
A separação das gangas pode usualmente ser feita de uma forma fácil, mas nos casos em que o minério aparece associado com as gangas, a separação tem de ser mais cuidada e obrigará a uma fragmentação de grau bastante elevado. A ganga é quase completamente formada pela barita, sendo um produto vendável e aparentemente de fácil colocação no mercado interno. Na Serra das Tulhas, situada no maciço montanhoso da Serra do Cercal, há registos de um filão mineralizado com hematites e limonites manganíferas, onde se notava também ganga quartzosa e abundante barita.
Fisicamente, o minério da mina da Serra das Tulhas era semelhante ao das concessões da Serra da Mina e da Toca do Mocho – era maciço, não muito compacto e de dureza média. Por vezes aparecia duro e esponjoso, mas nas regiões onde o teor em manganés se elevava bastante, tornava-se um pouco terroso.
Sob o ponto de vista químico, pode-se afirmar que o minério era francamente bom. A sílica poucas vezes ultrapassava os 5%, sendo que a alumina também não apresentava teores elevados. Quanto ao ferro, o teor era normalmente de 50% e o manganés tinha teores que iam desde 6 a 13%, o que valorizava muito o minério.
Localidades da freguesia
- Aldeia do Cano
- Cercal do Alentejo
- Casas Novas
- Catifarras
- Charnequinha
- Silveiras
- Portelinha
- Sonega
- Boavista
- Boavista dos Curralões
- Foros da Pouca Farinha
- Geralda / Castanheirinha
- Nascedios
- Portela do Salgadinho
- Quinta da Boavista
- Quinta do Lago
- Retiro do Pontão
- Tanganheira
- Teimosas
- Toca do Mocho
- Vale Manhãs
Património Arquitetónico
Património Arquitetónico referido no SIPA:[4]
- Casa da Herdade do Reguenguinho
- Chafariz da Rua de Aldegalega
- Ermida de Nossa Senhora da Bica / Capela da Bica Santa
- Igreja Paroquial do Cercal / Nossa Senhora da Conceição
- Monte em Charnequinhas
Referências
- ↑ Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro, Reorganização administrativa do território das freguesias
- ↑ Diário da República n.º 187/1991, Série I-A de 1991-08-16
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ SIPA