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Castelo Kisimul

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Castelo Kisimul, Escócia.

O Castelo Kisimul (em inglês: Kisimul Castle; em gaélico escocês: Caisteal Chiosmuil) é uma fortificação localizada na ilha de Barra, em Castlebay, na Escócia.

Erguido sobre aquela pequena ilha rochosa, constitui-se num dos mais antigos castelos da Escócia, tendo a particularidade de nunca ter caído em mãos inimigas. Foi objeto de numerosas alterações arquitetónicas entre os séculos XV e XVII, após o que foi abandonado até ser vendido em 1838. Durante um século, as suas instalações degradaram-se devido à ação combinada dos elementos naturais e do homem. Em 1937 foi adquirido aos antigos proprietários, sofrendo intervenção de consolidação e restauro até 1970. Desde então constitui-se em uma atração turística. Foi o único castelo significativo que sobreviveu até aos nossos dias nas Ilhas Ocidentais, tendo sido o assento dos chefes do clã MacNeil.

Toponimia

O castelo de Kisimul é chamado Kisimul Castle em inglês e Caisteal Chiosmuil em gaélico escocês.[1] Também é chamado Kiessimul Castle, Kiessamul Castle, Castle Bay, Castlebay,[2] Chisimul Castle[3] ou ainda Kismull Castle.[4] Deu assim o nome de Castlebay à baía onde se situa, assim como deu o nome ao principal assentamento da ilha de Barra.[1] Também é chamado de "castelo no mar", em inglês Castle in the Sea.[5]

O nome gaélico Chiosmuil vem dos termos cios, que designa impostos, e mul, que designa um tertre,[3] significando assim "o lugar onde os impostos foram pagos"[3] e também "o castelo do rochedo da pequena baía"[6] ou "o rochedo na baía".[1]

Geografia e clima

O castelo de Kisimul está a nordoeste do Reino Unido e da Escócia, a Sul das Hébridas Exteriores.[3] Eleva-se sobre um ilhéu rochoso situado no meio da baía de Castlebay, a sul da ilha de Barra.[3][4] No pátio interior do castelo, e sob edifícios, um espesso solo de 1,2 metros contém vestígios arqueológicos, sendo os mais antigos da Pré-história.[2] O clima, comum ao resto da Escócia, é do tipo oceânico.[7] Caracteriza-se por uma precipitação elevada de 1500 mm anuais, e por temperaturas frescas que oscilam em média de 4 a 10,5ºC.[7]

História

Primeira ocupação da ilha

Em 2001 foram feitas buscas arqueológicas, pela Historic Scotland, no pátio interior do castelo e na antiga prisão no rés-do-chão da torre.[2] Estas últimas permitiram descobrir uma ocupação esporádica da ilha ao longo da Pré-história, no Neolítico ou na idade do bronze.[2] Restos de cerâmica, cereais e sílex foram os elementos encontrados pelos arqueólogos em dezenas de escavações feitas no pátio do castelo.[2] Contudo, esses achados não permitem determinar a natureza e duração da ocupação da ilha.[2]

Construção

Vista da entrada do castelo.

O clã MacNeil estabelece-se na ilha de Barra durante o século XI, conforme a tradição do clã.[8][6] Naill de Barra, o 21º chefe, inicia a construção do castelo por volta de 1039, o que faz dele um dos mais antigos castelos da Escócia.[3] Outra tradição coloca a construção por volta de 1427, quando Gilleonan MacNeil se torna o primeiro senhor do clã.[1][6] Essa segunda data explica porque a maioria das construções datam do século XV.[2][6][9]. O castelo teria também sido precedido por uma capela dedicada a São Cieran.[1] As escavações arqueológicas de 2001 levaram à descoberta de um objeto decorativo em ouro datando do início do século XI, uma prova da antiguidade da ocupação da ilha.[2] O castelo pertenceria a uma série de fortificações defensivas medievais contra as incursões escandinavas desse lado da Escócia.[9]

O local, uma ilha rochosa no meio de uma baía, foi escolhido por razões estratégicas: totalmente rodeada por água, é muito mais fácil a defender porque só se pode aceder com embarcações.[3] Além de que o castelo dispõe de suas próprias reservas de água doce, retiradas de dois poços[3] cuja água provém de um lençol freático[6]. Essa água é indispensável para a vida quotidiana e para aguentar um cerco quando a única água disponível na proximidade é salgada.[3] Uma galera é amarrada, protegida por um muro e pronta a ir ao encontro de eventuais atacantes.[4] Disponível para leitura em [2] (em inglês).[8] O castelo permaneceu impenetrável desde a sua construção apesar das numerosas tentativas de apropriação.[3][1]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 «Undiscovered Scotland - Kisimul Castle (Caisteal Chiosmuil)». Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 «Royal Commission on the Ancient and Historicals Monument of Scotland - Barra, Kiessimul Castle». Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 3,8 3,9 «Clan MacNeil Net - History Pages, Kisimul Castle». Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  4. 4,0 4,1 4,2 David MacGibbon (1887). The Castellated and Domestic Architecture of Scotland from the twelfth to the eighteenth century. [S.l.]: Robarts - University of Toronto. 668 páginas 
  5. «Historic Scotland - Kisimul Castle, Overview». Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 «Historic Scotland - Kisimul Castle, About the Property». Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  7. 7,0 7,1 «Met Office - Scotland 1971–2000 averages». Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  8. 8,0 8,1 «The Internet guide to Scotland - Kisimul Castle». Consultado em 16 de janeiro de 2011  (em inglês)
  9. 9,0 9,1 Geoffrey Stell (2006). Castle Tioram: A statement of cultural significance. [S.l.: s.n.] 101 páginas . Disponível para leitura em [1] (em inglês)

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Ligações externas

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