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Castelinho do Flamengo

Predefinição:Info/Museu/Wikidata O Castelinho do Flamengo, que abriga o centro cultural Oduvaldo Vianna Filho, é uma construção tombada pela prefeitura do Rio de Janeiro, no Brasil e um ponto turístico e cultural do bairro do Flamengo. Tombado em 1983 pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), devido ao seu valor histórico[1][2].

Histórico

Originalmente projetado pelo arquiteto italiano Gino Copede e executado pelo arquiteto brasileiro Francisco dos Santos, iniciou suas obras em 1916 e finalizado em 1918 para se tornar a residência do comendador Joaquim da Silva Cardoso, um dos fundadores e presidente do atual Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro, e de sua esposa Carolina. Joaquim era um rico construtor português, à época foi responsável por várias construções de palacetes para a sociedade carioca[3][4][5].

Alguns anos depois, a edificação foi transferida para um novo proprietário, Avelino Fernandes, e serviu como residência de sua família, sua esposa Dona Rosalina Feu Fernandes e a sua filha Maria de Lourdes Feu Fernandes. Foi palco de várias grandiosas e memoráveis festas nesta época[6][4].

O casal faleceu em 1932 e em 1964, o casarão já consta como propriedade do senador Mendonça Martins, que ao morrer, o deixa como herança para cinco herdeiros. O prédio ficou abandonado enquanto resolviam alguns empecilhos jurídicos, o inventário demorou dez anos para ser concluído[7].

Em virtude disso, a edificação foi várias vezes invadida e ocupada por moradores de rua. Um grupo de universitários tentaram também transformar o edifício em um centro de ciências e tecnologia[6].

Finalmente, na década de 1980 o imóvel foi tombado com os esforços do escritor Pedro Nava, na época Presidente do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural, em conjunto com o ex-Prefeito Julio Coutinho[6].

Atualmente é um centro de cultura, com uma videoteca que dispõe de mais de 1 500 títulos em acervo e de catorze cabines individuais para vídeo e tevê a cabo. No segundo andar, está o auditório Lumiére, com capacidade para quarenta lugares e mais duas salas para cursos e workshops e uma sala para exposições; na torre (quarto andar), há o espaço coringa, uma sala de leitura de textos dramatizados.

Arquitetura

Vitrais do Castelinho do Flamengo
Fachada Castelinho do Flamengo

O Castelinho do Flamengo foi construído em estilo eclético, misturando diversas características como a arquitetura italiana, o art noveau, neobarroco, rococó, neogótico francês e entre tantos outros[2]. O arquiteto italiano Gino Copede fez seu trabalho sem vir ao Rio, enviando as plantas para o arquiteto Francisco dos Santos executar o trabalho[5].

Possui três pavimentos e um terraço coberto por um torreão com dois estágios de mirante. Há também um edifício anexo, com uma garagem no pavimento térreo e cômodos na parte superior do sobrado[8].

É decorado por vitrais, azulejos, esculturas de anjos e divindades, paredes com frisos, colunas, portas com janelas de cristal, adornos em terracota e escadaria de madeira em seu interior. O pavimento nobre possui gradis com abelhas estilizadas e estuques com figuras humanas[5].

A fachada é ricamente decorada com rostos femininos e em seus cantos, estão dispostas cabeças de felinos que merecem atenção[5].

Também merece destaque seu portão de ferro em forma de borboleta[9][7].

Seu telhado é composto por telhas francesas[7].

Restauração

Após tombamento do imóvel, para tornar um centro cultural foi necessário restaurar a construção, principalmente a parte interior. As obras de restauração custaram um milhão e duzentos mil dólares[6].

Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho

O Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho ocupa a propriedade atualmente e oferece aos seus visitantes[4]:

  • Sala Vianinha - exibe uma exposição permanente de Oduvaldo Vianna Filho, com fotos, pôsters de algumas de suas peças e filmes
  • Midiateca - através de um cadastro, o visitante pode consultar gratuitamente seu acervo de cerca de 750 títulos
  • Auditório - pequeno auditório com quarenta lugares
  • Espaço - possui três pequenas galerias e três salas para debates e oficinas

Referências

  1. «Rio de Janeiro - Castelinho do Flamengo -ipatrimônio» (em português). Consultado em 21 de abril de 2021 
  2. 2,0 2,1 «100 anos - O "Castelinho" do Flamengo». RS Peixoto Arquitetura (em português). 15 de agosto de 2018. Consultado em 21 de abril de 2021 
  3. «Um roteiro assustador pelo Brasil com 9 lugares rodeados pelo sobrenatural. Vai encarar? – Glamurama». Um roteiro assustador pelo Brasil com 9 lugares rodeados pelo sobrenatural. Vai encarar? – Glamurama (em português). 17 de março de 2019. Consultado em 17 de março de 2019 
  4. 4,0 4,1 4,2 «rioecultura - Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho [Castelinho do Flamengo]». www.rioecultura.com.br. Consultado em 21 de abril de 2021 
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 «Design Rio: Castelinho do Flamengo, eclético nas formas e nas lendas». O Globo (em português). 27 de março de 2016. Consultado em 21 de abril de 2021 
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 Lucena, Felipe (18 de julho de 2015). «História do Castelinho do Flamengo». Diário do Rio de Janeiro (em português). Consultado em 21 de abril de 2021 
  7. 7,0 7,1 7,2 «rioecultura - Coluna Patrimônio Histórico [Leonardo Ladeira] Castelinho do Flamengo». www.rioecultura.com.br. Consultado em 21 de abril de 2021 
  8. «Design Rio: Castelinho do Flamengo, eclético nas formas e nas lendas». O Globo (em português). 27 de março de 2016. Consultado em 21 de abril de 2021 
  9. Redação, Da. «Castelinho do Flamengo: história desde 1918». Descubra a Essência do Rio | Agenda Bafafá (em português). Consultado em 21 de abril de 2021 

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