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Cassandra

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Busto de Cassandra, da autoria de Max Klinger.

Cassandra (em grego: Κασσάνδρα) é uma personagem da mitologia grega, uma dos dezanove filhos do rei Príamo e da rainha Hécuba de Troia, sendo, portanto, irmã de Heitor, Páris, Polixena e dos demais filhos do casal real. É uma personagem de destaque na Guerra de Troia por prevê-la e alertar a sua família e o povo sobre as suas previsões de destruição, sendo entretanto, desacreditada e considerada louca, devido a um desentendimento com o deus Apolo, que a amaldiçoou. Consequentemente, Troia é vencida e destruída pelos gregos.

Cassandra é descrita por Íbico como de "olhos verdes".[1]

História

A mitologia grega conta como Cassandra e o seu irmão gémeo, Heleno, ainda crianças, foram ao Templo de Apolo brincar. Os gémeos brincaram até ficar demasiado tarde para voltarem para casa, e assim, foi-lhes arranjada uma cama no interior do templo. Na manhã seguinte, a ama encontrou as crianças ainda a dormir, enquanto duas serpentes passavam a língua pelas suas orelhas. A ama ficou aterrorizada mas as crianças estavam ilesas. Como resultado do incidente os ouvidos dos gémeos tornaram-se tão sensíveis que lhes permitiam escutar as vozes dos deuses.

Cassandra tornou-se uma jovem de magnífica beleza, devota servidora de Apolo. Foi de tal maneira dedicada que o próprio deus se apaixonou por ela e ensinou-lhe os segredos da profecia. Cassandra tornou-se uma profetisa, mas quando se negou a dormir com Apolo, ele, por vingança, lançou-lhe a maldição de que ninguém jamais viesse a acreditar nas suas profecias ou previsões.

Cassandra passa a ser considerada como louca ao tentar comunicar à população troiana as suas inúmeras previsões de catástrofe e desgraça.

A falta de credibilidade nas previsões e profecias de Cassandra levou à queda e consequente destruição de Troia, quando esta viu frustradas as suas sucessivas tentativas de implorar a Príamo que ele destruísse o cavalo de madeira (Cavalo de Troia) engendrado por Ulisses para a conquista de Troia pelo seu interior.

Ájax e Cassandra
Solomon Joseph Solomon, 1886

Com a cidade já tomada pelos gregos, Cassandra refugia-se no templo de Atena, onde é descoberta e violada pelo brutal Ájax, filho de Ileu (a deusa haveria de vingar-se do guerreiro, posteriormente). Na partilha do butim de guerra, ela é dada a Agamenon, que a leva em seu navio, na viagem de volta à Micenas, onde ele seria assassinado por Egisto, amante da rainha Clitemnestra, esposa de Agamenon. Depois disso, Cassandra foi à Cólquida, de onde saiu com Zakíntio, para que fosse fundada uma nova cidade, pois ele alegava ter recebido uma mensagem dos deuses para que fundasse, com alguma mulher que também pudesse ser sacerdotisa, como Cassandra fora. De acordo com a placa de número 183, no Museu de Arqueologia de Atenas, ao que tudo indica, Cassandra não foi morta em Troia ou em Micenas, como muitos acreditam, mas sim realmente ajudou na fundação da nova cidade, dando descendência de trinta gerações depois a Agaton, o autor da placa com pedido escrito aos deuses.

Referências

Bibliografia

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  1. autores, Varios (5 de agosto de 2016). Lírica griega arcaica (poemas corales y monódicos, 700-300 a.C.) (em español). [S.l.]: RBA Libros 

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