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Carneiro Vilela

Carneiro Vilela
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Auto-retrato de Carneiro Vilela.
Nome completo Joaquim Maria Carneiro Vilela
Nascimento 9 de abril de 1846
Recife
Morte 1 de Julho de 1913
Recife
Nacionalidade Brasil Brasileira
Cidadania Predefinição:PEb Pernambucana

Joaquim Maria Carneiro Vilela (Recife, 9 de abril de 1846 — Recife, 1º de julho de 1913[1]), popularmente conhecido como Carneiro Vilela, foi um escritor pernambucano, autor do renomado romance A emparedada da Rua Nova, escrito em folhetins entre 1909 e 1912.

Biografia

Filho do político Joaquim Vilela de Castro Tavares[2][3], foi romancista, comediógrafo, poeta e jornalista e também foi advogado, ilustrador, pintor paisagista e secretário de Governo[4]. Em 1866 foi nomeado bibliotecário, além de exercer o cargo de juiz.

Na companhia de outros escritores, fundou a Academia Pernambucana de Letras e fez parte d’ A Escola do Recife, movimento que surgiu em 1870 e que trazia idéias revolucionárias em filosofia, direito e literatura. Também fundou o "Jornal Oriente" (1866), "A América Ilustrada" (1871) e a revista caricata e humorística "O João Fernandes" (1886)[1].

Escreveu cerca de quatorze romances utilizando o folhetim então em voga nos jornais de seu estado. Dotado de grande capacidade, chegava a escrever três folhetins por dia.

Segundo Luís Delgado: "Era um homem versátil e andejo". Foi autor de romances, crônicas, comédias, artigos e poemas. Além disso, ainda pintava quadros e fazia cenários teatrais.

Seu polêmico romance naturalista, A emparedada da Rua Nova, provocou tanta polêmica na época, que pensou-se posteriormente tratar-se de um caso verídico, entre a sociedade recifense, o dramático caso narrado no livro. Um abastado comerciante, Jaime Favais, enganado pela mulher e enlouquecido pela gravidez da filha solteira, lava com sangue e desvario a sua "honra". A obra já está na quarta edição de publicação e, graças a Lucilo Varejão Filho, foi recentemente reeditada na coleção Grandes Mestres do Romance Pernambucano.

Obras

  • Inah, 1879, romance
  • Iara, 1880, romance
  • Noêmia, 1894, romance
  • A menina de luto, 1871, romance
  • Os mistérios do Recife, 1975, romance
  • Os mistérios da Rua da Aurora, 1891, romance
  • O esqueleto, 1875, romance
  • O amor, A mulher de gelo, Perfil do século XIX, entre 1871 e 1875, romances
  • A gandaia, 1899, romance
  • Drama íntimo, 1900, romance
  • Quadros da vida, 1901, romance
  • Os filhos do governador, 1907, romance
  • A emparedada da Rua Nova, entre 1909 e 1912

Referências

  1. 1,0 1,1 biografia Carneiro Vilella Fundação Joaquim Nabuco
  2. Dicionário Brasiliana USP
  3. Dicionário Portuguez Livro no Google Books
  4. Livro de Joaquim Maria Carneiro Vilela Tribuna do Paraná
  • COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global.
  • LIMA, Fátima Maria Batista de. Um Olhar sobre a Cidade n’A Emparedada da Rua Nova de Carneiro Vilela. Recife: Dissertação de Mestrado em Teoria da Literatura UFPE, 2005.
  • PESSOA, Ângelo Emílio da Silva . Sociologia da hipocrisia ou breves considerações sobre um centenário romance recifense: A emparedada da rua nova. Saeculum (UFPB), v. 20, p. 34-48, 2009.

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