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Carlos Latuff

Predefinição:Info/Artista plástico Carlos Henrique Latuff de Sousa[1] (Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1968) é um chargista e ativista político brasileiro. Latuff iniciou sua carreira como ilustrador em 1989, numa pequena agência de propaganda situada no centro do Rio de Janeiro. Tornou-se cartunista depois de publicar sua primeira charge num boletim do Sindicato dos Estivadores, em 1990, e permanece trabalhando para a imprensa sindical até os dias de hoje. Desde 2019 é chargista do portal Brasil 247.[2]

Com o advento da Internet, Latuff deu início ao seu ativismo artístico, produzindo desenhos copyleft para o movimento zapatista. Após uma viagem aos territórios ocupados da Cisjordânia, em 1999, tornou-se um simpatizante da causa palestina, no contexto do conflito israelo-palestino e passou a dedicar boa parte do seu trabalho a esse tema. Tornou-se antissionista durante esta viagem e hoje ajuda a propagar ideais antissionistas.[3]

Tem trabalhos espalhados por todo o mundo.[3] É de sua autoria a primeira charge brasileira participante do Concurso Internacional de Caricaturas sobre o Holocausto, organizado em 2006, pelo jornal iraniano Hamshahri em resposta às caricaturas de Maomé, publicadas na Dinamarca. O concurso deu lugar a uma exposição de 204 obras vindas de todo o mundo, no Museu de Arte Contemporânea de Teerã. Latuff obteve o segundo lugar, com um desenho que retrata um palestino em desespero diante do muro da Cisjordânia, usando o uniforme dos prisioneiros de campos de concentração nazistas. No uniforme, aparece o Crescente, um símbolo muçulmano, em vez da Estrela de David, símbolo do judaísmo, que era usada pelos prisioneiros judeus nos campos de concentração nazistas.

Em 2009, Latuff visitou acampamentos da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) no estado de Rondônia a convite do próprio movimento, tendo convivido com os camponeses. A estadia o rendeu homenagens por parte da organização e o levou a produzir charges voltadas para a questão agrária.[4][5]

As grandes manifestações de protesto de 2011, que se espalharam por todo o mundo árabe - a "Primavera Árabe" -, repercutiram no trabalho de Latuff, que quase diariamente produzia charges sobre eventos associados a esses movimentos. O SCAF, a Líbia e a OTAN são alguns dos temas frequentes de seu trabalho. Seus trabalhos sobre a "Primavera Árabe" tornaram-se importantes para os povos que viveram e vivem esses acontecimentos, sendo comum encontrar reproduções de caricaturas de Latuff em cartazes exibidos nas mãos de manifestantes nas ruas, tanto no Mundo Árabe como em outras regiões do mundo.[6] exposto pelos meios de comunicação brasileiros e internacionais. "É um trabalho autoral, mas não se trata da minha opinião. É preciso que seja útil para os manifestantes, e que eles possam usar aquilo como uma ferramenta," explica o chargista.[7] "Charge incomoda", resume.[3]

Antissemitismo

O Concurso Internacional de Caricaturas sobre o Holocausto, o qual Latuff participou em 2006, foi criticado pela imprensa ocidental e considerado como um concurso de viés anti-semita.[8]

Por causa de seu apoio à causa palestina e por constantemente assimilar os sionistas com os nazistas, Latuff foi considerado o 3º maior anti-semita do mundo, pela ONG Simón Wiesenthal.[9] Ele posteriormente alegou que se tratava apenas de antissionismo.[10]

O jornal britânico The Guardian já criticou Latuff por fazer caricaturas com esteriótipos étnicos pejorativos de judeus e israelenses.[11]

Referências

  1. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas nome
  2. Redação Brasil 247, Carlos Latuff, Brasil 247, 25 de março de 2022
  3. 3,0 3,1 3,2 "Charge incomoda", diz brasileiro que retratou Primavera Árabe. Terra, 12 de agosto de 2011
  4. Nº 61, AND (janeiro de 2010). «O artista que serve ao povo». A Nova Democracia. Consultado em 16 de dezembro de 2020 
  5. Latuff, Carlos (novembro de 2009). «Os palestinos da Amazônia». A Nova Democracia. Consultado em 16 de dezembro de 2020 
  6. Latuff inspirando os manifestantes mundo afora contra os sionistas. Maria Frô, 14 de Janeiro de 2009
  7. Cartunista brasileiro, astro da primavera árabe, 'esboça' Líbia do futuro. Por Júlia Dias Carneiro. BBC Brasil, 24 de agosto, 2011.
  8. «Folha de S.Paulo - Brasileiros são premiados em concurso anti-semita - 03/11/2006». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 5 de dezembro de 2020 
  9. «ONG israelense: cartunista brasileiro é 3º "mais antissemita do mundo"». Terra (em português). Consultado em 5 de janeiro de 2019 
  10. «"Governo israelense não representa o povo judeu", diz cartunista listado como antissemita». operamundi.uol.com.br (em português). Consultado em 5 de dezembro de 2020 
  11. «Cartoon symbols of the Israeli-Palestinian conflict». the Guardian (em English). 19 de dezembro de 2008. Consultado em 5 de dezembro de 2020 

Ligações externas

Commons
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