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Carcass

Carcass
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Carcass, 2016
Informação geral
Origem Liverpool, Inglaterra
País  Reino Unido
Gênero(s) Grindcore, death metal, goregrind, death metal melódico, death 'n' roll
Período em atividade 1985-1996
2007-atualmente
Gravadora(s) Sony
Earache
Integrantes Bill Steer
Jeffrey Walker
Daniel Wilding
Ex-integrantes Ken Owen
Sanjiv
Mike Hickey
Carlo Regadas
Daniel Erlandsson
Michael Amott
Tom Draper
Ben Ash

Carcass é uma banda de metal extremo do Reino Unido formada em 1985, usualmente considerada a criadora do estilo goregrind e também do death metal melódico. Seus discos Necroticism - Descanting the Insalubrious (1991) e Heartwork (1993) costumam figurar nas listas de melhores discos de death metal da história.[1] No ano de 2007, seus ex-integrantes reuniram-se por tempo indeterminado, para a realização de algumas apresentações e uma turnê mundial.[2] Em 2013 gravaram seu álbum de retorno, chamado Surgical Steel, que estreou marcando presença nas paradas musicais do mundo todo.[3]

História

Formação (1985–1988)

O guitarrista Bill Steer em show com o Carcass.

Formado em 1985, em Liverpool, o Carcass contava com Bill Steer (guitarra), Jeff Walker (baixo), Ken Owen (bateria) e Sanjiv (vocal). Um ano depois, Sanjiv (vocal) saiu da banda e não houve mais notícias. O único material onde ele participa é a primeira demo do grupo, Flesh Ripping Sonic Torment. Ao passo disto, o guitarrista Bill Steer foi para o Napalm Death, outra banda de Grindcore. Mas Steer não abandonou o Carcass, ele considera o Napalm Death era seu trabalho paralelo. Esses acontecimentos resultaram em um período de inoperância na banda. O período foi curto, e para provar que o Carcass estava novamente à ativa, em 1987, sem o vocalista Sanjiv, o conjunto começa a trabalhar como um trio. Os vocais mais urrados e guturais ficavam por conta de Bill Steer, e o baixista Jeff Walker cuidava dos vocais "gritados".

Em 1988, o Carcass lança seu primeiro álbum intitulado Reek of Putrefaction. A capa, que dispensa comentários, trazia fotos de pessoas mortas, corpos em decomposição, mutilados e despedaçados. Este disco se tornaria um clássico do grindcore, por sua inovação. No entanto, a qualidade da gravação deste disco deixa bastante a desejar, vindo a melhorar no segundo disco.

Na lacuna de tempo entre o lançamento Reek e o segundo álbum, Ken Owen adquiriu um bumbo duplo para o seu kit de bateria, permitindo então o uso de pedal duplo para a composição das novas músicas. Jeff Walker afirma que esta foi uma das principais razões para que Bill Steer levasse a banda mais a sério e deixasse o Napalm Death, para se dedicar integralmente ao Carcass.

Mudança de estilo (1989–1992)

Symphonies of Sickness, o segundo álbum, teve uma produção melhor, com a ajuda de Colin Richardson. Este álbum apresenta uma estrutura mais similar ao death metal, com passagens de riffs mais complexos e solos de guitarra mais lentos.[4] Na segunda metade da turnê do Symphonies um segundo guitarrista já se apresentava na banda, Michael Amott, que viria a integrar permanentemente o grupo. Seu trabalho já é notado no segundo Peel Sessions e no terceiro álbum já havia sua contribuição em criações.

Jeff Walker e Ben Ash durante show do Carcass na Alemanha em 2014.

Necroticism - Descanting the Insalubrious mostrou composições mais intrincadas, além de solos de guitarra e produção melhorados. Apesar da adição de Amott, Steer ainda fazia todas as funções de guitarra rítmica, com Amott apenas contribuindo com solos e um riff.[5] Carcass deu novamente suporte ao álbum com inúmeros shows, enquanto fazia parte da tour 'Gods of Grind' da Earache junto a Cathedral, Entombed e Confessor na Europa e nos Estados Unidos.

O EP The Tools of the Trade foi lançado em 1992 para coincidir com a "Gods of Grind" tour.

Popularidade e fim (1993–1996)

O quarto disco da banda, Heartwork, foi lançado no fim de 1993. Representou uma mudança radical no som para muitos fãs, eliminando os vocais brutais de Steer e as letras de gore clínicas.[6] Novamente, Steer gravou todas as bases de guitarra, dessa vez por Amott ter perdido seu passaporte na Índia (impossibilitando-o de volta a tempo para a Inglaterra para gravar). As estruturas das canções, enquanto ainda contendo partes musicalmente complexas, eram mais simples, em alguns casos usando a fórmula verso/refrão/verso.

Após o lançamento de Heartwork, o Carcass assinou contrato global com a Columbia Records, que esperava por sucesso comercial, sugerindo até para Jeff Walker mudar seu estilo de canto. Michael Amott deixou a banda depois que Heartwork foi gravado, e foi substituído temporariamente por Mike Hickey, que mais tarde deu lugar a Carlo Regadas.

Durante o verão de 1994, Walker remixou a faixa "Inside Out" para um álbum remix de Die Krupps, embora a versão tenha ficado razoavelmente fiel à original com exceção dos samples de bateria de Owen em Heartwork substituindo os originais de Die Krupps, e adicionais mixagens de Walker e Colin Richardson nos estúdios Parr Street (onde Heartwork foi gravado).

Carcass durante show em Portugal em 2010.

O Carcass então começou a compor canções para estrear por sua grande gravadora. Durante a turnê britânica de dezembro de 1994, o Carcass apresentou duas canções dentre suas novas composições - "Edge of Darkness" e "Firmhand", ambas mostrando serem canções mais diretas do que as gravações anteriores. Por volta dessa época, "Edge of Darkness" foi gravada para sessões do BBC Radio 1 Rock Show - uma sessão que pode ser encontrada em coletâneas posteriores.

No fim de 1994, 17 canções já estavam prontas e a banda usou uma quantia de $200,000 para gravar um novo álbum, novamente com Colin Richardson, nos estúdios Rockfield em Monmouth, South Wales, no início de 1995. No período de 6 semanas de gravação a gravadora começou a retirar o apoio, afirmando que o Carcass não estava pronto para gravar, e necessitava escrever mais músicas. Esse aviso foi ignorado, e como Terry Date foi sugerido para mixar o disco, a banda continuou. Na época, Jeff Walker falou em um entrevista à Metal Hammer Magazine inglesa que o álbum tinha uma pegada mais próxima ao rock clássico, com bateria, baixo e guitarras à la Thin Lizzy, em comparação às anteriores produções de "guitarras de multi-camada". Isso tudo degradou-se devido à falta de vontade de Bill Steer de fazer as demoradas camadas de guitarra (que, mais uma vez, teve Steer tocando toda a guitarra base) por causa de sua perda de interesse no heavy metal.

Durante as sessões de gravação de Swansong, o Carcass foi convidado a remixar uma faixa de Björk - "Isobel". Não era uma remixagem propriamente dita, mas sim uma regravação deixando os vocais originais de Björk. Toda a guitarra base foi feita por Steer, e a faixa saiu em março de 1996 no single "Hyperballad" de Björk.

Reunião (2007-presente)

Em 2006 Jeff Walker concedeu entrevistas admitindo a possibilidade de uma reunião do Carcass até 2007. Segundo ele, Michael Amott quer muito a volta da banda. Tudo dependeria de uma posição de Bill Steer, uma vez que Ken Owen não participará mas não se opôs à ideia de ser substituído por outro baterista.

Em setembro de 2007 Michael Amott disse a uma revista sueca que ele, Bill Steer e Jeff Walker se reuniram para ensaiar músicas antigas da banda, contando com o baterista do Arch Enemy Daniel Erlandsson no lugar de Ken Owen.[7] O objetivo era tocar em festivais de verão europeus de 2007 mas isso não foi possível. No mês seguinte a banda foi confirmada na edição de 2008 do festival alemão Wacken Open Air.[8]

Após mudanças na formação, em 2013 eles gravaram um novo disco intitulado Surgical Steel.

Integrantes

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