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Cantiga de ninar

Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre cantiga de ninar. Para o livro da escritora Leïla Slimani, veja Canção de Ninar (Livro).

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Cantiga de ninar por François Nicholas Riss.

Cantigas de ninar[1], intituladas de cantigas de embalar em Portugal, são canções infantis, de cariz popular, que as pessoas entoam para fazer os bebês ou crianças adormecerem tranquilamente.

Caracterização

Nina-nana é o tom ritmado da voz de quem embala a criança e é também o nome que se dá à "cantiga de acalentar". Leite de Vasconcelos distingue três tipos de cantigas: as de berço (ou embalar), as de acalentar e as complexas que servem tanto para embalar como para acalentar.

Normalmente os temas das cantigas de embalar abordam temas religiosos como anjos, pais ausentes, entidades míticas do sono e entidades assustadoras de crianças (bicho-papão e a cuca mencionada da obra de Monteiro Lobato).

O Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira registra o vocábulo cuca significando bicho-papão, papa-gente, tutu, bitu, boitatá, papa-figo. A cuca (chamada "côca" em algumas regiões do Brasil) é um bicho imaginário frequentemente usado para fazer medo às crianças que não querem dormir.

No Brasil, dentre as mais conhecidas canções de ninar estão o Dorme nenem (folclore do Nordeste do Brasil, recolhido por Luís da Câmara Cascudo) e o Boi da cara preta (outro folclore[2]).

Em Portugal, as bandas sonoras com cantigas de embalar da série televisiva Boa noite, Vitinho! (na RTP) marcaram toda uma geração de crianças e jovens. Entre os autores, letristas e compositores mais conhecidos neste tipo de registo musical estão José Barata-Moura (com João Pestana) e Renato Carrasquinho (com O Barquinho Encantado).

Ver também

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Bibliografia

  • FIGUEIREDO, Candido. Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. Lisboa: Livraria Bertrand, 1940.
  • HOLANDA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa.
  • MACHADO, Silvia de Ambrosis Pinheiro. Canção de ninar brasileira: aproximações. 2012. Tese (Doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. [1].
  • MAIOR, Mario Souto. Cantigas de Ninar: Origens remotas. Boletim da Comissão Catarinense de Folclore, Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina. 1993-1994.
  • VASCONCELOS, J. Leite. Canções do Berço.

Ligações externas

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  1. Outras denominações: acalanto; nana-nenê; dorme-nenê; canção ou cantiga de berço, de makuru, de ninar, de embalar, de acalentar, para adormecer menino (MACHADO, 2012, p. 12).
  2. CAYMMI, Stella (2001). Dorival Caymmi: O Mar e o Tempo. São Paulo: Ed. 34. p. 191 

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