Este artigo baseia-se em uma fonte. (Fevereiro de 2022) |
Base Aérea do CachimboPredefinição:Info/topo/imagem | ||||
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Campo de Provas Brigadeiro Velloso | ||||
ICAO: SBCC | ||||
Características | ||||
Tipo | Militar | |||
Administração | Força Aérea Brasileira | |||
Localização | Novo Progresso, PA Brasil | |||
Inauguração | 1954 (70 anos) | |||
Coordenadas | ||||
Altitude | 537 m (1 762 ft) | |||
Website oficial | Página oficial | |||
Mapa | ||||
Localização da base no Brasil | ||||
Pistas | ||||
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!colspan="2" style="text-align:center; background:#9DD7FB; background:#8BDAA5; padding-top:6px; padding-bottom:2px;" | Notas |-
| colspan="2" style="text-align:center; text-align:left;" | Dados do DECEA[1]
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| colspan="2" style="text-align:right; background-color: #" |
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O Campo de Provas Brigadeiro Velloso é uma base da Força Aérea Brasileira (FAB), localizada na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso no Pará, com área de 21,6 mil km² e perímetro de 653 km, sendo comparável, em tamanho, ao estado de Sergipe. Fica localizado bem próximo da BR-163 (Rodovia Cuiabá-Santarém), com entrada na altura do km 16,9.
História
A unidade foi criada com o objetivo principal de servir de base de apoio para a operação de aeronaves no tráfego de ligação entre a região norte e a região sudeste, pelo interior. Anteriormente, o trajeto só podia ser realizado de maneira segura seguindo pelo litoral, em um percurso muito mais longo. A inauguração oficial foi em 20 de janeiro de 1954, com a presença do presidente da república Getúlio Vargas e do ministro da aeronáutica Nero Moura.
Posteriormente, o decreto nº 83.240, de 7 de março de 1979 destinou as glebas Cachimbo, Gorotire e Curuaés para constituírem uma área destinada ao desenvolvimento de ensaios de armamentos, artefatos bélicos, experimentos, testes, treinamentos e outras manobras de interesse das Forças Armadas do Brasil.
Em 18 de agosto de 1979 foi inaugurado o novo Aeroporto do Cachimbo, com pista de 2.602 metros de comprimento.
O Campo de Provas de Cachimbo foi criado em 7 de março de 1983, sendo subordinado ao Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA).
À partir de 1984, iniciou-se, em total sigilo, a construção no local de uma base subterrânea com o objetivo de desenvolver testes nucleares. O sigilo foi necessário pois havia o medo de que a publicidade da informação provocasse uma corrida armamentista no continente, haja vistas que a Argentina também desenvolvia pesquisas nesse sentido.[2] Em 1986 o governo admitiu a utilização do local para o testes nucleares mas negou veementemente a produção de armas.[3]
Em 1990 o então presidente Fernando Collor de Mello simbolicamente joga uma pá de cal no local de testes e o governo isenta a aeronáutica de toda a responsabilidade em relação às pesquisas nucleares[4].
O nome da unidade foi alterado para Campo de Provas Brigadeiro-do-Ar Haroldo Coimbra Velloso em 17 de janeiro de 1995, para homenagear o primeiro responsável pela implantação da base.
Em 30 de julho de 1997 o nome foi alterado novamente para a sua forma atual, Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV).
Presença no noticiário
O campo de provas esteve presente no noticiário nacional e internacional nas seguintes ocasiões:
- Em 8 de agosto de 1986 o jornal Folha de S. Paulo tornou pública a intenção do governo brasileiro em utilizar a área base como local de testes nucleares.[5] Em desenvolvimentos seguintes, o governo admite a realização de testes, mas afirma não ter feito a bomba.[6] Dando continuiade a cobertura, dois repórteres do jornal Folha de S. Paulo foram retidos na base, sob a acusação de invadirem local proibido.[3]
- Em 19 de setembro de 1990, quando o presidente Collor lançou uma pá de cal simbólica num poço que, supostamente, serviria para testes de artefatos nucleares[4].
- Em 29 de setembro de 2006, quando um jato executivo Embraer Legacy avariado fez um pouso de emergência na base, após uma colisão em pleno ar com um Boeing 737-800 da companhia brasileira Gol que acabou por cortar a asa do jato comercial que cumpria o voo Gol 1907 que, por sua vez caiu na selva causando a morte de todos os 154 ocupantes.
Referências
- ↑ «Publicação Auxiliar de Rotas Aéreas (ROTAER)» (PDF) (em português). Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). 2016. Consultado em 1 de outubro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 1 de outubro de 2016
- ↑ Pages, Digital. «Folha de S.Paulo - Edição de 10/08/1986». acervo.folha.uol.com.br (em português). Consultado em 2 de abril de 2017
- ↑ 3,0 3,1 Pages, Digital. «Folha de S.Paulo - Edição de 11/08/1986». acervo.folha.uol.com.br (em português). Consultado em 2 de abril de 2017
- ↑ 4,0 4,1 Pages, Digital. «Folha de S.Paulo - Edição de 19/09/1990». acervo.folha.uol.com.br (em português). Consultado em 2 de abril de 2017
- ↑ Pages, Digital. «Folha de S.Paulo - Edição de 08/08/1986». acervo.folha.uol.com.br (em português). Consultado em 2 de abril de 2017
- ↑ Pages, Digital. «Folha de S.Paulo - Edição de 09/08/1986». acervo.folha.uol.com.br (em português). Consultado em 2 de abril de 2017