Busby Berkeley | |
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Nome completo | William Berkeley Enos |
Nascimento | 29 de novembro de 1895 |
Morte | 14 de março de 1976 (80 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] |
Ocupação | Diretor de cinema Coreografo |
Atividade | 1901–1971 |
Indicações | |
1938 — Varsity Show —Oscar de melhor coreografia 1937 — Gold Diggers of 1937 —Oscar de melhor coreografia 1936 — Gold Diggers of 1935 —Oscar de melhor coreografia |
William Berkeley Enos, mais conhecido como Busby Berkeley (Los Angeles, 29 de novembro de 1895 - Palm Springs, 14 de março de 1976) foi um coreógrafo e cineasta estadunidense.
Coreógrafo prestigiado, Berkeley dominou o cinema musical nas décadas de 1930 e 1940, e foi responsável por lançar no cinema o comediante Eddie Cantor, e pela consagração de astros como Dick Powell, Ginger Rogers e Esther Williams, além de Carmen Miranda que também teve parte de sucesso ligada às suas coreografias. Seus filmes na época da grande depressão econômica salvaram da falência a hoje poderosa Warner Bros. Pictures. Mais tarde, ele faria célebres musicais na MGM e criou para a cantora Doris Day o seu último filme, Billy Rose's Jumbo já na década de 1960.
Berkeley tornou-se conhecido pelos seus truques com efeito caleidoscópio, que consiste em movimentar a câmera lentamente partindo do detalhe ate o conjunto, principalmente nas cenas de dança.[1]
Biografia
Nascido em Los Angeles em 1895, Busby Berkeley teve uma ativa carreira que incluía a organização de shows para percorrer acampamentos do Exército durante a Primeira Guerra Mundial, e depois trabalhara como ator, contra-regra, diretor de dança e coreógrafo na Broadway.[2] Embora ele não fosse um dançarino profissional, Samuel Goldwyn o contratou em 1930 para dirigir números de danças e filmes musicais na MGM. Trabalhou para a Warner Bros. de 1933 a 1939, com ocasionais incursões na Broadway. Suas criações tanto para o palco como para a tela frequentemente lembravam suas primeiras experiências como organizador de paradas para o Exército dos Estados Unidos e seu serviço na Força Aérea. Suas coreografias incluíam imagens de formações simétricas, frequentemente vistas do alto.[3]
Em sua fase mais criativa, foi responsável pela coreografia dos musicais Rua 42 (1933), Belezas em Revista (1933) e Cavadoras de Ouro,[4] além de trabalhar no clássico O Mágico de Oz de 1939 e Entre a Loura e a Morena, o seu primeiro filme colorido, feito em 1943 e estrelado por Alice Faye e Carmen Miranda.[5]
Fora das telas, a sua vida era igualmente dramática. Berkeley brigou com Judy Garland depois de se mudar para o estúdio rival, a MGM, e foi excluído da direção de Louco por Saias (1943) depois de desentendimento com Garland.[6] Em termos pessoais, foi casado por seis vezes e em 1935 teve de lidar com um escândalo devido a um acidente de viação que levou à morte de duas pessoas e a cinco feridos, tendo algumas testemunhas afirmado em tribunal que coreografo "cheirava a álcool".[7]
Em 1971, quando o interrogaram sobre os segredos da sua arte, Berkeley respondeu: "Nunca perguntem os porquês, as causas e razões de um número à Berkeley. Eu próprio não sei. I kept you entertained, didn't I?"[8]
Morte
Berkeley morreu em 14 de março de 1976 em Palm Springs, Califórnia, aos 80 anos de idade de causas naturais.[9] Está enterrado no Desert Memorial Park em Cathedral City, Califórnia.[10]
Legado
Andy Warhol, um dia lhe chamou de "o maior artista americano deste século"; Gene Kelly que disse "Ele fez tudo"; Bob Fosse lembrou que Berkeley era o "autor do mais consciente imaginário que jamais existiu no cinema".
Trabalhos
- A Connecticut Yankee (1927) (Broadway) (coreógrafo)
- Whoopee! (1928) (Broadway) (coreógrafo)
- Whoopee! (1930) (coreógrafo)
- Kiki (1931) (coreógrafo)
- Palmy Days (1931) (coreógrafo)
- Flying High (1931) (coreógrafo)
- The Kid from Spain (1932) (coreógrafo)
- Night World (1932) (coreógrafo)
- She Had to Say Yes, 1933) (diretor)
- 42nd Street (1933) (coreógrafo)
- Gold Diggers of 1933 (1933) (coreógrafo)
- Footlight Parade (1933) (coreógrafo)
- Roman Scandals (1933) (coreógrafo)
- Fashions of 1934 (1934) (diretor/coreógrafo)
- Wonder Bar (1934) (designer de números musicais)
- Dames (1934) (diretor/coreógrafo)
- Gold Diggers of 1935 (1935) (diretor)
- In Caliente (1935) (diretor/coreógrafo)
- I Live For Love (1935) (diretor)
- Gold Diggers of 1937 (1936) (diretor/coreógrafo)
- Stage Struck (1936) (diretor)
- The Singing Marine (1937) (diretor/coreógrafo)
- Hollywood Hotel (1937) (diretor)
- Varsity Show (1937) (diretor)
- Gold Diggers in Paris (1938) (diretor/coreógrafo)
- Men Are Such Fools (1938) (diretor)
- Comet Over Broadway (1938) (diretor)
- They Made Me a Criminal (1939) (diretor)
- Fast and Furious (1939) (diretor)
- Broadway Serenade (1939) (diretor)
- The Wizard of Oz (1939) (diretor de "If I Only Had a Brain")
- Babes in Arms (1939) (diretor)
- Strike Up the Band (1940) (diretor)
- Forty Little Mothers (1940) (diretor)
- Ziegfeld Girl (1941) (diretor)
- Babes on Broadway (1941) (diretor)
- Lady Be Good (1941) (diretor)
- For Me and My Gal (1942) (diretor)
- Cabin in the Sky (1943) (diretor da sequência "Shine")
- Girl Crazy (1943) (diretor de "I Got Rhythm")
- The Gang's All Here (1943) (diretor)
- Cinderella Jones (1946) (diretor)
- Romance on the High Seas (1948) (coreógrafo)
- Take Me Out to the Ball Game (1949) (diretor)
- Annie Get Your Gun (1950) (diretor sem créditos)
- Two Weeks with Love (1950) (coreógrafo)
- Call Me Mister (1951) (coreógrafo)
- Two Tickets to Broadway (1951) (coreógrafo)
- Million Dollar Mermaid (1952) (coreógrafo)
- Small Town Girl (1953) (coreógrafo)
- Easy to Love (1953) (coreógrafo)
- Rose Marie (1954) (coreógrafo)
- Billy Rose's Jumbo (1962) (coreógrafo)
- No, No, Nanette (1971) (supervisor de pordução) (Broadway)
Referências
- ↑ (1976-3-17). «Busby Berkeley (1895-1976)». Jornal do Brasil [S.l.: s.n.]
- ↑ GIA KOURLAS (9 de janeiro de 2009). «The Dance Master With Kaleidoscope Eyes». The New York Times. Consultado em 9 de março de 2018
- ↑ Montero, Martha Gil. "Carmen Miranda a Pequena Notável". Ed. Record. (Consultado em 4 de agosto de 2016).
- ↑ Derek Malcolm (16 de março de 2016). «Busby Berkeley, patron saint of movie camp, is dead - archive». The Guardian. Consultado em 9 de março de 2018
- ↑ «Ryan Gosling pode viver Busby Berkeley, que dirigiu Carmen Miranda». Uol. 20 de março de 2014. Consultado em 19 de janeiro de 2015
- ↑ «Ryan Gosling vai trabalhar em filme sobre coreógrafo Busby Berkeley». Folha de S. Paulo. 20 de março de 2014. Consultado em 27 de novembro de 2014
- ↑ «CineCartaz: Sifonia das Estrelas». Público. Consultado em 9 de novembro de 2015
- ↑ «Ryan Gosling pode viver Busby Berkeley, que dirigiu Carmen Miranda». Uol. 20 de março de 2014. Consultado em 19 de janeiro de 2015
- ↑ Johns, Howard, (2004). Palm Springs Confidential: Playground of the Stars. Fort Lee, New Jersey: Barricade Books. ISBN 1-56980-297-1.
- ↑ Brooks, Patricia; Brooks, Jonathan (2006). "Chapter 8: East L.A. and the Desert". Laid to Rest in California: a guide to the cemeteries and grave sites of the rich and famous. Guilford, CT: Globe Pequot Press. pp. 240–2. ISBN 978-0762741014. OCLC 70284362.
Ligações externas
- Busby Berkeley. no IMDb.